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No período acumulado entre os meses de Janeiro e Fevereiro de 2017, a saída de dólares na economia brasileira supera a entrada de recursos em US$ 908 milhões. Esse saldo é resultado de um ingresso total de US$ 100,623 bilhões e de uma retirada total de US$ 101,530 bilhões ao longo de quarenta dias úteis.
Este fluxo cambial negativo de US$ 908 milhões registrado no Brasil nos dois primeiros meses do ano é 88,39% melhor que o registrado no mesmo período do ano anterior. Nos dois primeiros meses de 2016, o fluxo cambial brasileiro ficou negativo em US$ 7,820 bilhões, resultado de um saldo comercial positivo de US$ 5,291 bilhões e de um saldo financeiro negativo de US$ 13,110 bilhões. Já no acumulado de 2017, o saldo comercial encontra-se positivo em US$ 5,633 bilhões, enquanto que o saldo financeiro está negativo em US$ 6,541 bilhões.
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A leve melhora no saldo comercial entre Janeiro e Fevereiro de 2017 (6,47%) decorreu, principalmente, do aumento nas exportações (10,03%) entre os dois primeiros meses de 2016 (US$ 24,092 bilhões) e o mesmo período de 2017 (US$ 26,509 bilhões). As importações, por sua vez, também aumentaram na comparação entre os dois períodos (11,03%), de US$ 18,802 bilhões entre Janeiro e Fevereiro de 2016 para US$ 20,876 bilhões em entre Janeiro e Fevereiro de 2017.
Já o saldo financeiro apresentou grande melhora (50,11%) entre Janeiro-Fevereiro de 2016 e 2017. A entrada de recursos no país através da compra de ativos financeiros brasileiros subiu 31,06% entre os dois meses iniciais de 2016 (US$ 56,551 bilhões) e os dois primeiros meses de 2017 (US$ 74,114 bilhões). Já a saída de recursos em decorrência da venda de ativos financeiros nacionais também subiu (15,78%): de US$ 69,661 bilhões em 2015 para US$ 80,654 bilhões em 2017.
Cálculo do Fluxo Cambial
O cálculo do fluxo cambial brasileiro, saldo entre a entrada e a saída de dólares do país, é composto por dois tipos de contas: a conta comercial, na qual são fechados os contratos de câmbio para operações de exportação e importação, e a conta financeira, que inclui as demais operações de câmbio, como os investimentos estrangeiros diretos, os recursos para aplicações financeiras, as remessas de lucros e dividendos e os empréstimos tomados no exterior.
