ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for default Cadastre-se gratuitamente para obter cotações em tempo real, gráficos interativos, fluxo de opções ao vivo e muito mais.

Com 5,14% no mês, NTN-B longa supera Ibovespa e acumula 10,93% no ano e 64% em 12 meses

LinkedIn

A queda dos juros voltou a valorizar os papéis do Tesouro no mercado. Os papéis antigos com vencimento mais longo foram os que tiveram as maiores variações, caso das Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B), corrigidas pela inflação mais juros. As NTN-B com juros pagos no vencimento com vencimento em 2035 acumularam em fevereiro ganho de 5,14%, elevando o ganho no ano para 10,9,3% e, em 12 meses, para 64,22%. O retorno, superior ao do Índice Bovespa (BOV:IBOV), reflete o ganho com a queda das taxas, de 7,48% ao ano mais IPCA em 29 de fevereiro de 2016 para 5,76% em 29 de dezembro, para 5,50% no fim de janeiro e para 5,13% ao ano hoje.

Mas esses ganhos são contábeis Apenas se o investidor vender esse papel no mercado hoje eles se tornarão reais. Para quem continuar carregando o papel até o vencimento receberá exatamente os juros do ato da compra, ou seja, os 7,48% ao ano mais IPCA de 29 de fevereiro ou os 5,76% do fim de dezembro. Ou seja, o rendimento maior representa a antecipação do ganho que o investidor teria até 2035. Para quem pensa em se aposentar e se proteger da inflação com esses papéis, faz sentido continuar com o investimento, pois a tendência é de os juros reais caírem ainda mais caso o governo tenha sucesso nas reformas da Previdência e trabalhista.

O ganho das NTN-B, assim como dos papéis prefixados, as LTN, representa um ajuste contábil dos preços dos títulos aos juros do mercado. Os papéis são vendidos com um desconto no mercado em relação ao seu valor de resgate. Esse desconto é o juro que o investidor vai ganhar até o vencimento. Quanto maior o juro e o prazo, portanto, maior o desconto, e vice-versa. Assim, quando o juro sobe, o desconto dos papéis aumenta e o seu preço cai. Já quando o juro recua, como agora, o desconto é menor e o preço dos papéis tem de subir no mercado para compensar o ganho menor até o vencimento. Ou seja, o preço do papel sempre varia na direção contrária dos juros.

Outro fator que influencia o preço dos papéis é se o juro é pago no final ou no vencimento da aplicação. Se for pago no final, seu impacto é muito maior, pois ele será incluído em toda a vida do papel e descontada do valor atual. Já se os juros forem amortizados ao longo da vida do título, seu impacto no preço atual do papel é menor.

A grande expectativa é quais serão os juros reais brasileiros para os próximos anos. Essa taxa, hoje de 5% ao ano mais IPCA, depende de vários fatores, entre eles a capacidade do governo de controlar a inflação, o que depende da credibilidade do Banco Central e das contas públicas, que não podem pressionar os preços com gastos do governo ou impressão de dinheiro. O juro real depende também do risco-Brasil, que é quando os investidores externos cobram para aplicar aqui acima da taxa de juros americana. E também da própria taxa de juros dos EUA, pois se o juro lá for mais atrativo em relação ao risco Brasil, pode atrair recursos para lá.

A revisão da meta de inflação de 4,5% para 4% prevista para ocorrer este ano também pode aumentar a credibilidade da política monetária do governo, e permitir um juro real mais baixo. Qual será a nova taxa, porém, será uma coisa definida pelos mercados de acordo com a credibilidade do governo brasileiro, o atual e o que for eleito em 2018.

Abaixo, a rentabilidade dos papéis do Tesouro.

 

Títulos Vencimento Em 30 dias Mês Anterior No ano 12 meses Compra Venda
Prefixado 01/01/2018 1,06 1,09 2,6 18,05 10,34
Prefixado 01/01/2019 1,39 1,51 3,55 25,12 9,92
Prefixado 01/01/2020 9,93 10,05
Prefixado 01/01/2021 2,27 2,38 5,8 38,24 10,2
Prefixado 01/01/2023 3,42 3,53 8,01 52,56 10,29 10,41
Pré Juro Semestral 01/01/2021 1,96 2,05 5,14 31,91 10,14
Pré Juro Semestral 01/01/2023 2,67 2,75 6,38 39,3 10,32
Pré Juro Semestral 01/01/2025 3,38 3,38 7,47 46,47 10,31
Pré Juro Semestral 01/01/2027 3,49 3,67 7,87 52,06 10,24 10,36
Tesouro Selic 07/03/2017 0,86 0,86 1,95 13,89 0,01
Tesouro Selic 01/03/2021 0,71 0,71 1,8 13,48 0,09
Tesouro Selic 01/03/2023 0,06 0,1
Tesouro IPCA+ 15/05/2019 1,31 1,1 2,63 13,66 5,39
Tesouro IPCA+ 15/08/2024 2,95 2,59 5,5 26,71 5,22 5,34
Tesouro IPCA+ 15/05/2035 5,14 6,24 10,93 64,22 5,13 5,25
Tesouro IPCA+ 15/05/2045 5,13 5,25
IPCA+ Juros Semestrais 15/05/2017 0,64 0,6 1,68 11,82 6,45
IPCA+ Juros Semestrais 15/08/2020 1,55 1,17 3,08 14,85 5,44
IPCA+ Juros Semestrais 15/08/2024 2,44 2,1 4,6 22,56 5,37
IPCA+ Juros Semestrais 15/08/2026 2,8 2,17 5,36 24,38 5,26 5,38
IPCA+ Juros Semestrais 15/05/2035 3,7 3,93 7,36 36,85 5,15 5,27
IPCA+ Juros Semestrais 15/05/2045 4,33 4,9 8,84 43,8 5,3
IPCA+ Juros Semestrais 15/08/2050 4,41 5,16 9,44 46,96 5,14 5,26

Fonte: Tesouro Direto.

O post Com 5,14% no mês, NTN-B longa supera Ibovespa e acumula 10,93% no ano e 64% em 12 meses apareceu primeiro em Arena do Pavini.

Deixe um comentário