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Desembolsos do BNDES caem 16% no primeiro bimestre

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Os desembolsos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no primeiro bimestre deste ano somaram R$ 10 bilhões, dos quais R$ 5,3 bilhões foram liberados em fevereiro. Em comparação ao acumulado janeiro/fevereiro do ano passado, houve retração de 16%. Segundo informou hoje (21) a instituição, por meio de sua assessoria de imprensa, no Rio de Janeiro, o resultado ainda é reflexo da redução de investimentos observada na economia.

O BNDES observou, entretanto, que já é sentida uma diminuição no ritmo de redução dos desembolsos desde o segundo semestre de 2016. De janeiro a junho do ano passado, as liberações de recursos do banco caíram 42%, em relação ao mesmo período de 2015, enquanto no segundo semestre, a queda foi de 28%. Na avaliação do banco, o resultado do primeiro bimestre de 2017 confirma essa tendência.

Agropecuária foi o único setor que mostrou elevação dos desembolsos no bimestre (11%), totalizando R$ 2,3 bilhões e participação de 23,3% nas liberações do BNDES no período. Para a infraestrutura, foram desembolsados R$ 3,40 bilhões, correspondendo a 34% do total, com queda de 10% comparativamente a igual período anterior.

A maior redução de gastos foi sentida na indústria (47%). Foram empregados para esse setor R$ 1,88 bilhão. Também o setor de comércio e serviços experimentou recuo de 1% nas liberações, que atingiram nos dois primeiros meses do ano R$ 2,42 bilhões. Apesar da retração observada, três subsetores na área de infraestrutura apresentaram elevação acentuada nas liberações. São eles telecomunicações (270%), transporte ferroviário (85%) e energia elétrica (48%).

Regiões

As regiões Centro-Oeste e Nordeste mostraram alta de 37% e 25% nos desembolsos do BNDES no bimestre, respectivamente. Para as demais regiões, os recursos liberados caíram 38% (Sul), 31% (Norte) e 19% (Sudeste).

Por porte de empresa, as grandes companhias tiveram o maior recuo (19%), seguidas pelas micro, pequenas e médias empresas, com queda de 10% no volume empregado. Em contrapartida, as liberações para médias empresas subiram 29% em relação ao mesmo bimestre de 2016, refletindo o aumento do limite de faturamento no enquadramento de empresas nesse segmento de R$ 90 milhões para R$ 300 milhões, conforme estabelecido em janeiro, nas novas políticas operacionais do banco.

Melhoria

Na análise de técnicos do BNDES, a alta capacidade ociosa na indústria ainda não favorece a tomada de crédito para investimentos no setor, mas já podem ser vistos alguns sinais de melhoria. A linha de crédito para máquinas e equipamentos – Finame – teve alta de 35% nas aprovações no bimestre em relação ao mesmo período de 2016. A aprovação é a etapa que precede os desembolsos.

Do mesmo modo, as consultas de projetos da indústria para empréstimo pelo banco, que representam a fase inicial do processo, aumentaram 64%. “Ainda que incipientes, os dois indicadores apontam para a retomada da demanda por crédito do BNDES para investimentos com a recuperação gradual da economia”, indicou a instituição. O BNDES acredita que, caso se confirme a conjuntura econômica mais favorável ao longo do ano, haverá recuperação da demanda por recursos do banco.

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