As ações da Petrobras (BOV:PETR4) e do Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) seguem como as preferidas das corretoras em março, conforme levantamento feito pelo Portal do Pavini com 12 instituições que enviaram suas sugestões para o mês. Em relação a fevereiro, chama a atenção a saída de Suzano Papel PNA (BOV:SUZB5) da lista de preferidas, que pode ser um reflexo da queda do dólar. Permanece, porém, como representante do setor exportador de celulose, a unit (recibo de ações) da Klabin, com três indicações. Há também uma menor concentração de indicações neste mês do que em fevereiro, com muitas empresas com três sugestões ou menos, sugerindo uma maior diversificação das corretoras para março, diante das fortes altas já registradas neste mês para os papéis da bolsa brasileira.

É o que diz a Guide Investimentos, que segue com uma “visão construtiva e positiva em bolsa”, principalmente no médio prazo, dado o avanço das reformas políticas econômicas ainda em curso. “Neste momento, vale ressaltar: continuamos com tais perspectivas, a despeito de riscos políticos (como a Lava Jato, por exemplo) e um cenário externo permeado de incertezas”, destaca a corretora.

A trajetória a partir de agora, porém, pode ser um pouco mais tortuosa, por isso, “seletividade deve fazer sentido nesse momento”, resume a Guide.

O momento para escolher ações, pelo menos, é bom, em meio a uma realização de lucros que jogou o Índice Bovespa para baixo dos 66 mil pontos, depois de chegar perto dos 70 mil.

No setor de commodities, além de Petrobras, Gerdau e Vale aparecem entre as mais indicadas. Já o setor financeiro tem forte presença, com Banco do Brasil, BM&FBovespa, e Itaú. A bolsa deve se beneficiar do aumento dos volumes e de empresas buscando abrir seu capital ou emitindo mais papéis com a alta dos preços das ações, além do potencial de ganho com a fusão com a Cetip, avalia o Santander.

Abaixo, as 12 ações mais indicadas pelos analistas e as indicações de cada corretora:

O Bradesco segue otimista com o mercado de ações brasileiro, e levanta alguns pontos que poderiam não só apoiar os níveis atuais do Índice Bovespa como permitir novas valorizações. Entre eles está a queda do prêmio de risco brasileiro, que faz com que as ações se tornem mais atrativas, mesmo quando comparadas com a renda fixa. As taxas de juros estão caindo com maior intensidade, e a curva de juros deve em breve sinalizar para uma Selic abaixo de 9% ao ano. E as microreformas estão em andamento, e devem se acelerar principalmente por meio da venda de ativos e privatização.

Este pode ser, ainda um mês turbulento para a bolsa brasileira, pois começam a aparecer as primeiras propostas de mudanças no texto da Previdência enviado ao Congresso, o que deve resultar em discussões mais fortes ao longo deste mês. A capacidade do governo em negociar o mínimo de mudanças com os parlamentares será um termômetro importante do que se poderá esperar do ajuste fiscal, alerta o Bradesco. No exterior, o banco espera maior inflação nos Estados Unidos e novos aumentos de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano).

Com esse cenário o Bradesco optou pela maior seletividade, combinando ações ligadas a setores exportadores com as de setores sensíveis aos cortes de juros e micro reformas, como setor elétrico, concessões e Petrobras. E algumas empresas mais sensíveis à economia doméstica, como bancos e empresas de consumo.

Boa parte do otimismo do mercado com a bolsa está ligado à queda da taxa básica de juros. O Citibank alerta, porém, que apesar de o mercado já acreditar que a recessão acabou, o banco segue preocupado com o crescimento do PIB. Mas o banco reviu para baixo sua estimativa para os juros, de 10% para 9,25% no fim deste ano, e está otimista com a reforma da Previdência, que pode ser aprovada este ano, antes do início da corrida presidencial de 2018.

Confira abaixo as carteiras recomendadas das 12 corretoras:

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