O BTG Pactual divulgou nota negando que tenha participado da compra de participação do Banco PanAmericano (BOV:BPAN4) pela Caixa Econômica Federal. A operação é alvo de uma ação da Polícia Federal hoje batizada de Conclave, que investiga prejuízos causados aos cofres públicos e a investidores.
Segundo o BTG, a PF pediu documentos da compra de participação do PanAmericano ocorrida em 2011, que já estavam disponíveis no Banco Central. O BTG explica que não houve compra de ações da Caixa, mas sim do controlador do banco, o Grupo Silvio Santos.
Na ação, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, pediu a quebra de sigilo do ex-presidente do BTG, André Esteves, e do ex-conselheiro do PanAmericano e irmão de Sílvio Santos, Henrique Abravanel.
A Caixa informou por meio de nota que colabora com as investigações.
Os recibos de ações (units) do BTG caem 3,85% na B3, enquanto as ações preferenciais (PN, sem voto) do Banco Pan, novo nome do PanAmericano, perdem 5,56%.

Abaixo, a nota do BTG:

O BTG Pactual, tendo em vista notícias divulgadas na manhã de hoje sobre uma operação da Polícia Federal relativa à aquisição de ações do Banco Panamericano pela Caixa Participações – CAIXAPAR em 2009, esclarece que:
(i) O BTG Pactual não foi parte ou teve qualquer envolvimento na compra de participação do Banco Panamericano pela CAIXAPAR em 2009;
(ii) Foi requisitado ao BTG Pactual apresentar documentos referentes ao seu investimento no Banco Panamericano, realizado em 2011. Esses documentos já estavam disponíveis no Banco Central do Brasil;
(iii) A operação do BTG Pactual foi feita em 2011 com o então controlador, Grupo Silvio Santos, cuja venda foi definida no contexto das dificuldades enfrentadas pelo Banco Panamericano à época. Assim, não houve qualquer compra, pelo BTG Pactual, de ações de emissão do Banco Panamericano de titularidade da CAIXAPAR.