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Desemprego ainda deve crescer até o 3º tri; taxa pode bater 13,9%

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Os dados da Pnad Contínua de março mostram a continuidade do processo de ajuste do mercado de trabalho brasileiro. O desemprego chegou a 13,7% no trimestre encerrado em março, 2,8 pontos percentuais acima da do mesmo trimestre do ano passado. Isso apesar dos sinais de recuperação da economia no primeiro trimestre. A explicação dada pelos economistas é que o emprego reage de maneira mais lenta à retomada da economia.

Primeiro as empresas ajustam sua produção aos níveis mais baixos da economia, reduzindo o número de funcionários. Depois, param de demitir e, quando a recuperação começa, esperam um pouco, aproveitando a capacidade ociosa que a recessão provocou. Somente depois, quando os estoques foram vendidos e é preciso aumentar a produção é que as empresas voltam a contratar e o emprego volta a crescer. Mas quando isso vai acontecer?

Para o departamento econômico do Bradesco, o ajuste do mercado de trabalho será menos intenso nos próximos meses, devendo se encerrar até o terceiro trimestre deste ano, respondendo de forma defasada à recuperação da economia. “Assim, esperamos uma redução do ritmo de queda da ocupação nos próximos meses, bem como saldos de emprego formal do Caged cada vez menos negativos, realizados os ajustes sazonais”, diz o banco. “Por fim, devemos observar continuidade do crescimento dos rendimentos reais, em virtude da desaceleração da inflação.”

A mesma visão tem a Rosenberg Associados. Para a consultoria, a expectativa é de continuidade da piora da taxa de desocupação nos próximos meses ainda, atingindo 13,9% no segundo trimestre ou 13,7% sem efeitos sazonais. No terceiro trimestre, a taxa recuará ligeiramente, para 13,6%. Com isso, na média do ano, o desemprego ficará em 13,5%, um número ainda bastante elevado.

Já a MCM Consultores destaca que os dados da PNAD Contínua referentes ao primeiro trimestre reforçam a deterioração do mercado de trabalho, com mais pessoas procurando emprego, ao mesmo tempo em que há menos espaço para ocupações “precárias”, que por algum tempo atenuaram a queda da ocupação. A taxa de desemprego segundo a consultoria, deve permanecer em elevação até a metade deste ano, encerrando 2017 com média de 13,3%.

Mais gente trabalhando por conta própria

Segundo o Bradesco, o recuo da ocupação foi novamente amenizado pela aceleração do crescimento do emprego por conta própria no primeiro trimestre, ao passo que o emprego formal ampliou sua retração no período. Nos últimos três meses, a ocupação por conta própria subiu 3,0% em termos anualizados, ante alta de 1,4% nos últimos seis meses.

O banco destaca que esse tipo de emprego é equivalente a cerca de 25% da ocupação total. Em contrapartida, após a surpresa bastante negativa com o saldo de emprego com carteira assinada do Caged de março, a ocupação formal intensificou seu ritmo de recuo, ao oscilar de um declínio de 4,1% nos últimos  três meses para outro de 3,3%.

O Bradesco observa que o rendimento médio nominal acelerou entre fevereiro e março, ao passar de uma alta interanual de 7,0% para outra de 7,3%, movimento semelhante ao apresentado pelo salário médio dos admitidos do Caged. Apesar dessa aceleração, o banco acredita que os ganhos de rendimento em termos nominais seguirão moderados diante da continuidade da desinflação. O rendimento médio real habitual alcançou R$ 2,095,00 no primeiro trimestre, o correspondente a uma elevação interanual de 2,5%, também refletindo a forte descompressão da inflação.

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