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IPP: Apenas 17 das 24 atividades industriais brasileiras apresentaram aumento de preços em Março de 2017

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Em março de 2017, apenas dezessete das vinte e quatro atividades industriais avaliadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para elaboração do Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresentaram variações positivas de preços em relação ao mês imediatamente anterior.

Entre as 24 atividades investigadas, 17 apresentaram variações positivas de preços, contra 10 no mês anterior. As quatro maiores variações foram: indústrias extrativas (3,44%), refino de petróleo e produtos de álcool (-3,25%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (2,96%) e impressão (1,78%). Já as maiores influências vieram do refino de petróleo e produtos de álcool (-0,34 ponto percentual), alimentos (-0,16 ponto percentual), outros produtos químicos (0,16 ponto percentual) e indústrias extrativas (0,12 ponto percentual).

Clique aqui para saber mais detalhes sobre a performance do IPP em março de 2017.

Entre as atividades que, no indicador acumulado no ano (comparação de março de 2017 contra dezembro de 2016), tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram: metalurgia (7,15%), fumo (-4,58%), minerais não-metálicos (-4,52%) e alimentos (-4,31%). Já os setores de maior influência foram: alimentos (-0,92 ponto percentual), metalurgia (0,53 ponto percentual), outros produtos químicos (0,29 ponto percentual) e veículos automotores (0,09 ponto percentual).

Na análise do indicador acumulado nos últimos doze meses, as quatro maiores variações de preços ocorreram em indústrias extrativas (48,43%), metalurgia (13,53%), impressão (11,91%) e outros equipamentos de transporte (-10,41%). Os setores de maior influência foram: indústrias extrativas (1,23 ponto percentual), metalurgia (0,97 ponto percentual), alimentos (0,76 ponto percentual) e outros produtos químicos (-0,34 ponto percentual).

Confira a seguir, todos os produtos analisados na atividade apresentaram variação negativa de preços no mês, bem como no acumulado do ano.

Indústrias extrativas

Em março, os preços do setor variaram, em média, 3,44%, resultado que segue a -5,06% de fevereiro. O acumulado no ano foi de 0,22%, contra -3,11% até fevereiro. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a variação foi de 48,43%, vale dizer que este resultado é obtido levando em conta o terceiro menor número-índice da série, o de março de 2016 (56,29). Em termos de influência, vale apontar que ‘minérios de ferro’ impacta positivamente o indicador nas três comparações feitas (mensal, acumulado no ano e em 12 meses), enquanto ‘óleos brutos de petróleo’ impacta negativamente tanto no mensal, quanto no acumulado no ano.

Alimentos

Em março, os preços do setor variaram -0,77%, terceiro recuo consecutivo. Com o resultado de março, a variação acumulada no primeiro trimestre do ano foi de -4,31%. O resultado negativo de março só foi superado pelo de março de 2013, -5,23%, numa série cujo acumulado em março foi positivo em quatro anos (2010, 2012, 2015 e 2016) e também negativo em quatro anos (2011, 2013, 2014 e 2017). Já o resultado da comparação entre março de 2017 e março de 2016 foi de 3,76%. Em relação a este indicador, entre março de 2016 e março de 2015 a variação foi de 11,72% e, entre dezembro de 2016 e dezembro de 2015, de 8,79%.

Entre os produtos com maior variação de preços, dois apresentaram variação positiva, ‘iogurte’ e ‘bombons e chocolates com cacau’. No caso do primeiro, há um movimento espalhado entre as empresas de elevação de preços em março, o que se tem repetido ao longo dos anos. Os preços de ‘bombons e chocolates com cacau’ foram elevados por conta do mercado externo, segundo a justificativa de empresas importantes, mas também por conta da venda de páscoa. Apesar desses dois aumentos, os outros dois produtos, ambos derivados da soja, tiveram variações negativas de preços. Estes mesmos produtos foram destaque entre os quatro mais influentes, que somaram -0,71 ponto percentual em -0,77%. Os quatro produtos são: ‘óleo de soja refinado’, ‘açúcar refinado de cana’, ‘açúcar cristal’, ‘óleo de soja em bruto, mesmo degomado’. Destes, ‘açúcar refinado de cana’ foi o único cuja variação de preços positiva, coerente com o período de pré-safra da cana-de-açúcar. Por outro lado, a safra da soja explica a queda de seus derivados e, no caso do ‘açúcar cristal’, a baixa de estoques de muitas usinas explica em parte o movimento.

Refino de petróleo e produtos de álcool

Em março, os preços do setor recuaram 3,25% em média. O acumulado foi de 0,80%. Na comparação anual, a variação é de 2,68%.

Os quatro produtos de maior influência no resultado mensal impactaram -3,28 ponto percentual em -3,25%. Os produtos mais influentes foram os de maior contribuição no cálculo do índice: ‘óleo diesel e outros óleos combustíveis’, ‘álcool etílico (anidro ou hidratado)’, ‘gasolina automotiva’ e ‘naftas’. A variação média de todos eles foi negativa em março.

Outros produtos químicos

A indústria química no mês de março apresentou uma variação média de preços, em relação a fevereiro, de 1,69%, retomando o processo de recuperação de preços iniciado em setembro de 2016 e interrompido apenas em fevereiro de 2017. O processo não foi suficiente para reverter o resultado negativo dos últimos 12 meses (-3,39%), mas no ano resultou na segunda maior elevação de preços da pesquisa (3,15%).

A queda na comparação anual está ligada aos resultados dos preços internacionais e aos custos da matéria-prima importada, ambos com influência da apreciação do real em relação ao dólar de 15,6% nos últimos 12 meses e 6,7% somente nos três primeiros meses do ano. Também registrou-se a influência do movimento dos preços dos derivados de petróleo, especialmente dos movimentos de mais longo prazo da nafta, além dos resultados dos preços da amônia no ano.

Os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior (‘propeno (propileno) não saturado’, ‘polipropileno’, ‘estireno’ e ‘adubos ou fertilizantes à base de NPK’) representaram um resultado positivo em 1,18 ponto percentual no resultado de variação de 1,69% no mês, ou seja, os demais 28 produtos contribuíram positivamente com 0,51 ponto percentual.

Metalurgia

A comparação dos preços do setor, considerando março de 2017 contra fevereiro de 2017, revela a continuidade na elevação de preços registrados desde novembro de 2016, alcançando uma variação média positiva em 1,40%. Em relação aos resultados no acumulado do ano, a atividade alcançou uma variação de 7,15% (maior variação entre as atividades da pesquisa), acumulando nos últimos 12 meses uma variação positiva de 13,53%, atrás apenas das indústrias extrativas.

Entre os destaques, tanto em termos de variação quanto de influência, na comparação com o mês anterior, aparecem: ‘alumínio não ligado em formas brutas’ e ‘lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono’, ambos com elevação de preços, além de ‘bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras’, este último, no entanto, com resultados negativos. Considerando apenas o indicador de variação, tem-se ainda o produto ‘relaminados de aço’.

Os quatro produtos destacados em termos de influência, mês contra mês anterior, representaram 1,21 ponto percentual de 1,40%; e este grupo é composto pelos três produtos anteriormente mencionados e mais ‘bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos’.

Veículos automotores

Em março, a variação observada no setor foi de 0,07%, quando comparada com o mês imediatamente anterior. Esta foi a oitava variação positiva seguida da atividade, que vem exibindo resultados positivos no indicador mensal desde agosto de 2016. Com isso, a variação acumulada no ano alcançou 0,85%. Este é o menor resultado acumulado nos três primeiros meses do ano desde 2013. A título de comparação, em março de 2016, o acumulado era de 1,76%. Nos últimos 12 meses, o setor acumulou uma variação de 2,96%.

Entre os quatro produtos de maior influência no indicador mensal, os que tiveram impacto positivo no índice foram ‘carrocerias para ônibus’ e ‘automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência’, sendo este último o produto de maior peso na atividade. Já os produtos que tiveram impacto negativo foram ‘caixas de marcha para veículos automotores’ e ‘limpadores de para-brisas’.

Em relação ao indicador anual, os quatros produtos de maior influência neste índice foram: ‘automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência’, ‘caminhão diesel com capacidade superior a 5t’, ‘chassis com motor para ônibus ou para caminhões’ e ‘motores diesel e semi-diesel para ônibus e caminhões’.

 

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