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Itaú eleva expectativa de crescimento do 1º tri de 0,5% para 1,4% e espera reformas

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O Departamento Econômico do Banco Itaú (BOV:ITUB4) elevou a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, soma de riquezas produzidas pelo país) de crescimento de 0,5% para 1,4%. Apesar da alta, o banco manteve a projeção de 1% para o ano todo de 2017, por enquanto. “O ritmo e a consistência da retomada dependem do avanço das reformas”, alerta o banco, referindo-se especialmente à da Previdência, que será essencial para o governo cumprir a meta de ajuste fiscal e o teto de gastos.  Hoje, no Boletim Focus do Banco Central (BC), o mercado já reviu para cima sua estimativa para o PIB deste ano, de 0,40% para 0,43%. O Itaú é um dos mais otimistas para 2018, com uma projeção de crescimento do PIB acima de 4%.

Agricultura puxa o crescimento

O crescimento maior que o esperado tem por base a forte contribuição da produção agropecuária, o efeito estatístico mais favorável da produção industrial e a estabilização dos serviços. A mudança metodológica das séries de vendas do varejo e da receita real de serviços feita pelo IBGE, segundo o Itaú, é pouco relevante para o trimestre.

Segundo o banco, como a alta é influenciada por fatores pontuais e concentrados no primeiro trimestre, o banco achou por bem manter a projeção de 1,0% para 2017. “O ritmo e a consistência da retomada dependem do avanço das reformas”, diz o relatório do Itaú. O banco espera também que o PIB do quarto trimestre de 2016 seja revisado para melhor, de -0,9% para -0,6%.

A melhora do resultado, segundo o banco, decorre principalmente da contribuição positiva do PIB agropecuário, beneficiado por altas projetadas de 16% da safra de soja e de 46% da safra de milho em relação a 2016. “Estimamos que a maior parte da contribuição positiva seja no primeiro trimestre, dada a metodologia usada pelo IBGE para distribuir a produção de cada safra entre os trimestres”, diz o banco.

O PIB da indústria também deve contribuir positivamente no primeiro trimestre, acredita o Itaú. Apesar da estagnação observada nos dois primeiros meses do ano (queda de 0,2% e alta de 0,1%, respectivamente, após ajustes sazonais) e da projeção para março (queda de 0,7%), a forte alta observada em dezembro de 2016 garante um efeito  estatístico positivo que afeta o primeiro semestre deste ano.

O Itaú projeta ainda contribuição próxima de zero do setor de serviços, com estabilização da receita real de serviços.

Mudanças metodológicas são pouco relevantes

O IBGE atualizou a metodologia das séries das pesquisas mensais do comércio (PMC) e de serviços (PMS) a partir de 2017. A estratégia adotada envolveu o encadeamento da série anterior na nova série, definindo o nível de ambas a partir de comparações com o ano de 2014.

A primeira divulgação com a nova metodologia, referente ao mês de janeiro de 2017, levou a resultados abaixo das expectativas, tanto nas vendas do varejo quanto na receita real de serviços. As vendas no varejo (conceito restrito) recuaram 7% na comparação anual, ao passo que a mediana das expectativas era um recuo de 4,3%. Já a receita real de serviços recuou 7,3% na comparação anual, muito abaixo da mediana das expectativas (queda de 4,5%).

Com os dados de fevereiro, o IBGE verificou a necessidade de recalcular o ano-base da pesquisa (2014), o que levou a revisões para cima nos resultados de janeiro. O resultado bruto das vendas do varejo (conceito restrito) foi elevado em 6,2 pp e o da receita real de serviços foi elevado em 4,1 pp (ver tabela).

O resultado aproximou as séries das expectativas para a primeira divulgação. De qualquer modo, a mudança da base mantém alguma incerteza sobre o quanto do resultado é causado pelo encadeamento e quanto representa a dinâmica efetiva do mês de janeiro.

Cenário para 2017 mantido em 1,0%

O Itaú espera que o efeito estatístico do PIB para 2017 vai pular de -1,1% para 0,5%. Além do crescimento positivo no primeiro trimestre, a divulgação deve levar a uma revisão do ajuste sazonal do trimestre anterior, de -0,9% para aproximadamente -0,6%.

Por isso, o banco manteve o cenário para 2017 em 1,0%. A justificativa é que as condições que levam a um pico de crescimento no primeiro trimestre não voltam a ocorrer no trimestre seguinte. Primeiro, a contribuição do PIB agropecuário vai ser menor. Segundo, ao contrário do primeiro trimestre, o efeito estatístico da produção industrial deve ser desfavorável – as projeções preliminares da produção industrial de março e abril são -0,7% e -0,8%, respectivamente.

“Em suma, aguardamos sinais de uma recuperação mais disseminada para que o PIB do segundo trimestre também seja positivo e que o crescimento projetado para o ano fique acima de nosso cenário atual”, diz o Itaú. “O avanço das reformas será fundamental para levar a esse cenário”.

 

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