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Reação de bancos faz MP de intervenção na Oi ser adiada

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A publicação da medida provisória que vai modificar as regras para abrir espaço para intervenção da operadora Oi (BOV:OIBR4) foi adiada porque o texto incomodou os bancos, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Por isso, a edição deverá levar mais alguns dias, apesar de o ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, ter dito na segunda-feira que a MP seria publicada ontem.

A principal preocupação dos bancos seria que a intervenção na Oi, caso seja necessária, abra precedente que aumente o risco de crédito de outras concessionárias. Kassab afirmou que a MP será “genérica” – ou seja, abrirá espaço para intervenção em empresas que tenham concessão, autorização ou permissão para explorar serviços públicos em qualquer segmento.

Hoje, a lei de recuperação judicial só permite intervenção nos serviços concedidos. O caso não atende a Oi, que atua em telefonia fixa, celular, TV paga e internet – serviços com enquadramentos legais diferentes. Segundo Kassab, a MP não vai estabelecer prazos ou a definição de um interventor. “Esses detalhes não constam no texto. A intervenção, se acontecer – e esperamos que não aconteça – ficará sob a responsabilidade da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)”, disse.

A movimentação do governo para embasar legalmente uma intervenção na Oi é resposta à falta de acordo entre os acionistas da companhia e credores, como os detentores de títulos e os bancos públicos, entre eles Caixa e Banco do Brasil. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é dono de 4,53% da tele, cuja dívida é de R$ 65 bilhões.

A relevância da Oi para o mercado brasileiro levou o BNDES a dedicar boa parte de seus esforços atuais à busca de um acordo para reestruturar a tele, disse a diretora de mercado de capitais da instituição, Eliane Lustosa, ao Broadcast. Segundo a executiva, o tempo dedicado à Oi tem sido desproporcional à participação do banco na tele. Segundo uma fonte, a MP seria uma forma de forçar as partes envolvidas na Oi a buscar um consenso com mais afinco.

Último caso

Em entrevista ao Estado, Igor de Freitas, diretor da Anatel, disse ontem que, apesar de o terreno para a intervenção estar sendo preparado, uma solução de mercado, negociada entre acionistas e credores, seria a ideal. Segundo ele, o colapso da companhia é um risco sistêmico para o setor, pois a operadora tem a maior rede fixa do País e dá suporte de infraestrutura às concorrentes.

A Anatel tem acompanhado a operadora, fruto da fusão entre Oi e Portugal Telecom, desde 2013. Nos últimos meses, a agência passou a mapear os riscos de uma eventual falência da tele. A Anatel vem conversando com as outras operadoras para mapear caso esse cenário mais crítico se confirme. “Estamos preparados para o pior. Mas acreditamos que o juiz que cuida da recuperação judicial tem as melhores ferramentas para administrar esse conflito (de acionistas e credores). Não vamos interferir.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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