As mudanças nas projeções para a economia brasileira a partir da piora da crise política brasileira devem manter o dólar em um nível mais alto e elevar as taxas de juros de longo prazo, o que deve afetar algumas ações mais do que outras, avalia a equipe de análise do Santander em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (18).
A corretora do banco entende que os investidores com um perfil mais conservador devem diminuir as posições em ações dos setores a seguir:
1 – Estatais como Petrobras (BOV:PETR4) e Banco do Brasil (BOV:BBAS3)
2 – Alta alavancagem financeira como Gol (BOV:GOLL4), Rumo (BOV:RAIL3) e Cemig (BOV:CMIG4)
3 – Exposição da dívida ao dólar como Sabesp (BOV:SBSP3)
Por outro lado, o fortalecimento do dólar na comparação com o real irá ajudar as seguintes companhias:
1 – Empresas do setor de papel e celulose: Suzano (BOV:SUZB5) e Klabin (BOV:KLBN11)
2 – Setor de bens de capital: Iochpe Maxion (BOV:MYPK3) , Tupy (BOV:TUPY3) e Weg (BOV:WEGE3)
3 – Derivados de commodities, como Braskem (BOV:BRKM5).
“Apesar do forte impacto no cenário político brasileiro, acreditamos que a economia brasileira esteja num melhor formato se comparado a 12 meses atrás (inflação comportada, BC em processo de afrouxamento monetário e primeiros sinais de recuperação em setores como comércio e indústria), o que nos leva a crer que o momento atual não deveria representar o início de uma nova desaceleração econômica”, avalia o Santander.