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Empresas não financerias se beneficiarão mais da queda dos juros, mas investimento vai demorar

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As companhias brasileiras do setor não financeiro que têm grande exposição à dívida denominada em reais serão as que mais se beneficiarão da queda nas taxas de juros, mas os investimentos de um modo geral permanecerão paralisados, avalia a empresa de avaliação de risco americana Moody’s Investors Service em relatório. A despesa geral com juros destas companhias terá uma redução, permitindo que elas tenham acesso a crédito com custo menor no mercado local ao longo do tempo.

A queda nas taxas de juros ajudará a aliviar a liquidez de algumas companhias, o que facilitará uma redução nos custos de dívida ou até mesmo na dívida absoluta. No entanto, os investimentos corporativos seguirão limitados até 2018.

“Uma melhora significativa na qualidade de crédito depende de uma recuperação sustentada na demanda”, afirma Barbara Mattos, vice-presidente da Moody´s. “Nós esperamos que a combinação de desalavancagem com recuperação bastante gradual da demanda impeça uma expansão sustentada do investimento corporativo durante 2017-18”, acrescenta.

O relatório “Non-Financial Companies – Brazil: Resumption of Investments Will Lag Interest-Rate Decline” afirma que as companhias com grandes componentes de dívida em reais ou dívida indexada às taxas diárias de juros Selic ou CDI serão as que mais se beneficiarão no curto prazo. Todas elas devem ter uma vantagem no curto prazo com a queda nas taxas de juros.

Além disso, qualquer redução nas taxas de juros será estendida aos consumidores individuais à medida que os níveis de endividamento das famílias recuam gradualmente, liberando recursos para gastos no varejo e com serviços.

Uma maior disponibilidade de renda beneficiará primeiro itens de baixo valor e aqueles não discricionários, como alimentos, enquanto aquisições que dependem de crédito, tais como as de imóveis, veículos, passagens aéreas e bens duráveis, se recuperariam em um segundo momento. Além disso, uma demanda mais forte por bens duráveis, veículos e construção oferecerá benefícios significativos para siderúrgicas e fabricantes de bens de capital. 

Já os grandes exportadores de commodities com dívida denominada em dólar e receitas que dependem das dinâmicas dos mercados globais não experimentarão benefício imediato de juros mais baixos no Brasil. Além disso, a maioria das grandes exportadoras depende de fontes de captação diversificadas para investimentos, observa a Moody’s.

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