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Lucro da Ambev cai 20% no 1º tri, para R$ 2,3 bi, mas ação sobe 2,6%

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A Ambev (BOV:ABEV3) divulgou hoje números abaixo do esperado pelo mercado no primeiro trimestre. O lucro de R$ 2,3 bilhões ficou 20% acima do registrado no mesmo período do ano passado, mas 16% abaixo do consenso do mercado.  A receita líquida atingiu R$ 11,2 bilhões, aumento de 8% na comparação anual e em linha com o esperado. O volume consolidado cresceu 3,4%.

Apesar da queda no lucro, os papéis da Ambev têm alta na B3 hoje, de 2,69%, enquanto o índice cai 1,92%.

Além do lucro, outro desvio em relação às projeções foi o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ou Lajida), indicador do fluxo de caixa da empresa. O Ebitda ajustado ficou em R$ 4,3 bi, o que representa queda em relação ao primeiro trimestre de 2016 e 10% abaixo do consenso de mercado.

Segundo a corretora XP, o resultado do primeiro trimestre mostra um cenário ainda desafiador para a empresa, principalmente devido à recuperação lenta dos volumes de vendas de bebidas e à pressão nos custos. “Esperamos que a tendência de recuperação se inicie em meados do segundo semestre”, diz a corretora.

Os principais destaques do balanço, segundo a XP, foram o volume consolidado no Brasil, que cresceu 2,6% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2016, mas o resultado segue pressionado. O Ebitda brasileiro apresentou queda de 24% na comparação anual, atingindo R$ 2,4 bilhões. A pressão se deu por conta do forte aumento no CPV/hl (custo por volume produzido), em função do impacto cambial e inflacionário no período, além de uma base de comparação difícil.

A expectativa da empresa para o primeiro semestre de 2017 ainda é de um CPV/hl (excluindo depreciação e amortização) de dois dígitos, mas com crescimento consideravelmente mais baixo no segundo trimestre. Com relação às outras operações, o Ebitda na América Central e Caribe subiu 7,8% e, na América do Sul, 20,5%. No Canadá, o aumetno foi de 17,5%. A Ambev fechou o trimestre com dívida de R$ 5,1 bilhões, e posição de caixa líquido de R$ 2,1 bilhões.

Já a corretora Coinvalores considerou o resultado fraco, pela queda de 2,8% no faturamento, de 17,3% no Ebitda e de 20% no lucro se comparados com o mesmo período do ano anterior.  Este resultado negativo, segundo a corretora, reflete os aumentos de impostos estaduais, que se tornaram efetivos em fevereiro do ano passado além dos maiores  custo que foram afetados por impactos de variação cambial e inflação.

Outro problema enfrentado pela Ambev em seu faturamento em cerveja no Brasil foi a sua estratégia de reforçar a comercialização em embalagens retornáveis e de preço mais acessível. Somadas cervejas e bebidas não-alcoólicas, as operações brasileiras da Ambev como um todo registraram alta de 2,6% no volume de bebidas vendido no primeiro trimestre ou 27,494 milhões de hectolitros.

Já o BTG Pactual destaca os números abaixo do esperado pelo banco, 24% no caso do lucro e 11% no Ebitda. As receitas cresceram 8%, para R$ 11,6 bilhões, com volumes mais fortes no Brasil (+3%) e boa combinação de volume/preço nos demais países. Mas a margem Ebitda caiu 6,8 pontos, para 38.7%, com preços mais baixos, muito promocionais no trimestre, enquanto o custo unitário que saltou 23%.

Apesar de a empresa não divulgar a fatia de mercado de cerveja no Brasil, o BTG estima que ela deve ter atingido 68% a 69%, de volta ao topo, o que historicamente indicaria o momento de a empresa voltar a aumentar preço, o que levaria a melhoras de margem e crescimento do lucro. “Ainda assim, vemos poucos sinais de virada uma vez que o tradeoff volume/preço continua limitando o crescimento de receita no Brasil, que é o maior driver de geração de valor”, diz o BTG. O banco calcula que a ação da Ambev é negociada a 23.5 vezes seu lucro projetado para este ano, bem acima da média histórica e com pouco espaço para revisões positivas. O BTG reiterou recomendação de manter (neutro) para o papel.

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