Resultado da B3 mostra a “beleza da diversificação”, avalia Credit Suisse

O primeiro resultado da B3 (BOV:BVMF3) após a fusão entre a BM&FBovespa e a Cetip veio acima do esperado e mostra a “beleza da diversificação”, avalia o banco Credit Suisse em um relatório enviado a clientes neste domingo (14). O lucro líquido no primeiro trimestre chegou a R$ 209 milhões, queda de 56% em relação ao mesmo período de 2016. Já na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o recuo chegou a 80,6%.

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Apesar dos números menores, o Credit Suisse destaca que o valor superou as suas estimativas. A linha do balanço que mais chamou a atenção foi a geração de caixa (medida pelo Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que alcançou R$ 689 milhões. O montante é 7,3% superior ao visto um ano antes e 2,5% acima do esperado pelo banco.

“Os bons resultados vieram de uma combinação de um sólido desempenho de caixa com ações e do negócio de financiamento de veículos, parcialmente compensado por volumes modestos de derivativos (listados e balcão), atestando a maior resiliência da B3 após a fusão”, explicam Lucas Lopes, Marcelo Telles e Alonso Garcia.

Diversificação

O Credit Suisse também pontua que a decisão de publicar metas (guidance) para investimentos e gastos operacionais revela um perfil mais defensivo do negócio e melhora na eficiência. Isso, segundo o banco, pode se traduzir em uma expansão futura dos múltiplos. É por isso que a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) foi reiterada, apesar de o preço-alvo de R$ 20 estar abaixo do negociado atualmente (R$ 20,14).