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Analista responde - Telefônica - As táticas para mitigar mudanças regulatórias

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Analista: Felipe Silveira (CNPI)

01 JUN, 2017 / JORNALISTA RESPONSÁVEL: GRAZIELI BINKOWSKI /

A Telefônica Brasil detém a concessão de telefonia fixa no estado de São Paulo, e em vários Estados presta serviços de telefonia móvel, internet em banda larga e TV por assinatura. A história da empresa remete a julho de 1998, com a privatização do Sistema Telebrás, quando o governo vendeu todas suas ações ao setor privado, incluindo a TelespPar, que foi adquirida pelo grupo espanhol que fundou a Telefônica Brasil. Essa mesma TelespPar foi reestruturada tornando-se Telecomunicações de São Paulo S.A. (Telesp). Posteriormente, a Telefônica assumiu também o controle da Vivo, em 2010, quando comprou a participação da Portugal Telecom e se consolidou no Brasil. Em 2014, a companhia adquiriu a GVT, que possui operações, principalmente, no mercado de TV por assinatura e banda larga.

Quais são os fatores de crescimento da sua receita?

A expansão de seus negócios se dá através do aumento na base de usuários e na utilização dos serviços oferecidos pela companhia nos segmentos de telefonia móvel, fixa, banda larga e TV por assinatura. O mercado de telefonia fixa há algum tempo vem declinando, em virtude das maiores desconexões de linhas fixas, bem como pelo impacto da redução nas tarifas fixo-móvel (VCs). Já o mercado de telefonia móvel vinha, até 2011, com crescimento anual na casa de dois dígitos, mas, nos últimos anos, também mostrou sinais de arrefecimento. Os outros dois segmentos parecem ter boas perspectivas para os próximos anos. Tanto a banda larga quanto TV por assinatura têm sido veículos para incremento do tráfego de dados, ampliando o nível de receitas e margens das operadoras.

Qual é a sua situação financeira?

Embora o cenário setorial mantenha-se desafiador, em nossa visão, a companhia caracteriza-se por sua resiliência operacional com forte geração de caixa (margem EBITDA permanecendo acima de 30% em 2016) e baixo endividamento (indicador Dívida Líquida – R$ 4,1 bilhões – sobre EBITDA 2016 – R$ 14,0 bilhões – registrado em 0,29 vez). Mesmo levando-se em conta os pesados investimentos previstos, a situação financeira da Telefônica Brasil é bastante confortável.

Como a empresa está posicionada em seu setor?

De acordo com os dados da Anatel de março deste ano, o market share da Telefônica Brasil é de 30,5% em telefonia móvel, com 74,0 milhões de linhas ativas, 34,7% em telefonia fixa, com 14,4 milhões de acessos fixos, 28,1% em banda larga fixa, com 7,5 milhões de usuários, e 8,8% em TV por assinatura, com 1,7 milhão de pontos instalados. A companhia vem crescendo em telefonia fixa e banda larga, mantendo a participação de mercado em telefonia móvel e perdendo share marginalmente em TV por assinatura.

Quais são os fatores de risco da empresa?

Principalmente, regulatórios. A Anatel segue firmemente empenhada em manter o nível de concorrência e melhorar a qualificação do serviço prestado ao consumidor. Prova disto se deu pela redução compulsória nas tarifas de Uso de Rede (VU-M), e a tentativa de forçar as empresas ao compartilhamento de infraestrutura através de quedas graduais nessas tarifas ao longo dos próximos anos.

O que podemos esperar da(s) ações negociadas(s) na BM&FBovespa no médio e longo prazos?

Mesmo em meio ao processo de consolidação no Brasil, consideramos a companhia a top pick do setor em função de sua resiliência operacional e elevada distribuição de proventos. Além disso, ainda se espera captura de sinergias operacionais com a operação da GVT, contribuindo para elevar a rentabilidade da companhia. Hoje, vemos a Telefônica Brasil em bolsa com o perfil de investimento defensivo e, portanto, recomendamos a compra de suas ações em carteira que visam proventos. Entretanto, estamos revisando nossas projeções para a empresa, dessa forma, por ora, não atribuímos um preço alvo para as ações (BOV:VIVT4).

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