ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for charts Cadastre-se para gráficos em tempo real, ferramentas de análise e preços.

Após dois anos de desenvolvimento, Bradesco lança o banco digital Next

LinkedIn

Após dois anos em gestação na Cidade de Deus – conjunto de edifícios que abriga a sede do Bradesco, em Osasco -, o projeto Next, um novo banco 100% digital, chegará ao mercado nesta segunda-feira, 5, ao lançar seu aplicativo na AppStore e Google Play. O projeto é o mais recente movimento do banco em um cenário agitado para o setor, marcado pela chegada de várias fintechs – startups da área financeira – e pela expansão das corretoras independentes, culminando na aquisição de 49,9% da XP pelo Itaú, em um negócio de R$ 5,7 bilhões, no mês passado.

Em seu projeto, o Bradesco (BOV:BBDC4) tentou garantir que a cultura do Next não fosse “contaminada” pelos vícios de um grande banco, ao criar uma estrutura independente para o novo negócio. O vice-presidente executivo da instituição, Maurício Minas, diz que os 100 funcionários do Next – que funciona num andar de um dos edifícios da sede do Bradesco – têm um perfil diferente do geralmente encontrado em instituições financeiras.

Para colocar o projeto em pé, o Next muniu-se de uma equipe multidisciplinar que incluiu antropólogos, cientistas sociais e matemáticos. “Era importante que entendêssemos o comportamento das pessoas e pudéssemos gerar a inteligência para estabelecermos um diálogo com o público jovem e conectado”, explica Minas. “O banco foi criado do zero, em dois anos.”

Como o time do Next é relativamente pequeno, o banco digital usará a estrutura de apoio do Bradesco – pequenos times foram formados na instituição para dar suporte ao Next. Embora tenha operação independente e uma linha de comunicação própria com seus clientes, o banco digital vai ofertar produtos financeiros do Bradesco. A instituição não revela o quanto investiu especificamente no Next, mas a reportagem apurou que foram cerca de R$ 120 milhões. O vice-presidente da instituição lembra, porém, que o projeto foi viabilizado graças a investimentos feitos no Bradesco, entre eles um aporte de US$ 1 bilhão no setor de tecnologia.

Estilo

Para fazer frente a startups financeiras que já viraram referência, como a NuBank, especializada em cartão de crédito, o Next aposta em um leque completo de serviços bancários oferecidos sem necessidade de o cliente comparecer a uma agência ou assinar qualquer documento. O Next também incentivará o cliente a definir metas financeiras que pretende cumprir, como a aquisição de um determinado bem.

O acompanhamento desses objetivos se dará por meio de uma ferramenta que fará a gestão automática dos gastos do usuário, de forma semelhante ao app Guia Bolso. Apesar de ser um banco, o Next tentará se inserir na vida do cliente em outros momentos – assim, espera se tornar essencial ao cliente. A oferta de descontos é focada no público mais jovem, com parcerias já firmadas com Uber, iFood e Cinemark. Para ter acesso às vantagens, o usuário terá de acessar essas plataformas pelo Next.

Desafios

O diretor de inovação da Accenture, Guilherme Horn, afirmou que foi acertada a decisão do Bradesco de criar uma estrutura independente para tocar o projeto Next – desta forma, evitou-se a criação de uma “filial” da instituição. Ao se apresentar como um banco completo, no entanto, o Next concorrerá tanto com serviços financeiros especializados – como corretoras e fintechs – quanto com líderes de mercado, incluindo o próprio Bradesco. “O Next cria um produto novo que pode canibalizar o Bradesco.

E é assim que deve ser: se toda a empresa tiver medo de fazer isso, a inovação não vai acontecer nunca”, diz Pedro Waengertner, presidente da aceleradora de startups Ace. É no dia a dia da operação, no entanto, que o Next poderá ganhar ou perder o jogo. Uma fonte do setor financeiro, que pediu anonimato, afirma que estabelecer a relação próxima que startups como o NuBank têm com os consumidores é difícil. Na opinião de Waengertner, resta saber se a execução do dia a dia do Next vai refletir, no fim das contas, o estilo matricial dos grandes bancos ou o pensamento “fora da caixa” típico das startups de sucesso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

https://www.linkedin.com/company/moneytimes

Deixe um comentário