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IPCA: Energia elétrica influenciou bastante na aceleração da inflação em Maio de 2017

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA do mês de maio subiu 0,31% e mais do que dobrou quando comparado ao índice de 0,14% de abril, distanciando-se em 0,17 ponto percentual. Apesar da alta de um mês para o outro, esta é a taxa mais baixa para o mês de maio desde 2007 (0,28%). Sem o desconto que incidiu em abril, as contas de energia elétrica aumentaram 8,98%, liderando, com 0,29 ponto percentual, o ranking das principais contribuições do mês.

Responsável pela significativa parcela de 3,3% da despesa das famílias, a energia elétrica foi responsável pela alta do IPCA de 0,14% para 0,31%. Em abril, ocorreu queda de 6,39%, com os descontos aplicados por decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de modo a compensar os consumidores pela cobrança indevida, em 2016, do chamado Encargo de Energia de Reserva (EER) voltado a remunerar a usina de Angra III.

Os resultados, por região, se situaram entre 3,80% e 24,05%. De abril para maio, Goiânia registrou o menor aumento (3,80%), tendo em vista a redução de 19,93% na parcela referente à Contribuição de Iluminação Pública – CIP. Já na região metropolitana de Recife, com as tarifas reajustadas em 8,87% a partir de 29 de abril, a alta chegou a 24,05%.

Por conta da energia, Habitação ficou com o mais elevado resultado de grupo (2,14%), além da maior contribuição (0,32 ponto percentual), dominando o índice do mês e praticamente anulando os sobes e desces dos demais grupos de produtos e serviços.

Ainda nas despesas com Habitação (2,14%), destaca-se, também, os itens condomínio (0,75%) e taxa de água e esgoto (0,50%). Neste último, a influência veio da região metropolitana de Curitiba, onde as contas aumentaram 5,29% no mês, refletindo parte do reajuste de 8,53% em vigor a partir do dia 18 de maio, aliado à revisão na metodologia de cobrança por faixa de consumo.

Além de Habitação, os grupos com variações positivas situaram-se entre 0,08%, de Educação, e 0,98%, de Vestuário. Os remédios (0,82%), do grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,62%), também merecem destaque. Refletiram parte do reajuste anual que passou a valer a partir de 31 de março, variando entre 1,36% e 4,76%, conforme o tipo. Considerando o acumulado no ano, os remédios, que dominam 3,48% das despesas das famílias, estão 3,92% mais caros.

Entre os três grupos de produtos e serviços que apresentaram queda, Transportes (-0,42%) foi o que mais caiu. Isto por influência das passagens aéreas, 11,81% mais baratas do que em abril, configurando intensa contribuição negativa no índice do mês (-0,05 ponto percentual). Além disso, o preço do automóvel novo teve queda de 0,85% e o litro do etanol passou a custar 2,17% menos. Por outro lado, o preço do litro da gasolina subiu 0,33%, por influência, especialmente, das regiões metropolitanas de Porto Alegre e de Fortaleza, onde ocorreram fortes aumentos, 4,97% e 4,62%, respectivamente.

No grupo Alimentação e Bebidas, que responde por ¼ das despesas das famílias, a queda de 0,35% foi puxada pelos alimentos para consumo em casa (-0,56%), enquanto a alimentação fora ficou em 0,06%. Das 13 regiões pesquisadas, à exceção do Rio de Janeiro, onde os alimentos para consumo em casa tiveram variação de 0,19%, nas demais áreas houve queda, entre -0,21% (Recife) e -1,72% (Fortaleza).

Vários produtos importantes na mesa do brasileiro, a exemplo do arroz (-1,98%) e do frango inteiro (-1,32%), ficaram mais baratos de um mês para o outro. As frutas, com -6,55%, ficaram com a maior contribuição negativa no índice do mês (-0,07 ponto percentual).

Quanto aos alimentos cujos preços aumentaram de abril para maio, a cebola (7,67%), a batata-inglesa (4,28%) e o feijão-carioca (3,29%) figuram como destaques.

Na ótica dos índices regionais, os resultados ficaram entre os -0,13% registrados na região metropolitana de Belém e os 0,72% da região metropolitana de Recife. Em Belém, a queda foi impulsionada pelas carnes, mais baratas em 2,16%. Já em Recife, o aumento de 24,05% na energia elétrica se deu, além do retorno das contas aos valores sem desconto, devido à pressão do reajuste de 8,87% em vigor desde 29 de abril.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de abril a 31 de maio de 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de março a 28 de abril de 2017 (base).

Clique aqui e saiba mais detalhes sobre o IPCA de maio de 2017.

 

Variação em Maio de 2017 dos principais grupos de produtos e serviços que compõem a pesquisa de preços do IPCA.

Confira abaixo a variação mensal, a variação acumulada anual e a variação acumulada nos últimos doze meses dos preços médios dos principais grupos de produtos e serviços aferidos pela pesquisa do IBGE para o cálculo do IPCA de Maio de 2017.

Mês (%) Ano (%) 12 Meses (%)
Alimentação e Bebidas -0,35 0,47 2,36
Artigos de Residência -0,23 -0,72 -0,40
Comunicação 0,09 1,30 1,88
Despesas Pessoais 0,23 1,62 5,32
Educação 0,08 6,48 8,04
Habitação 2,14 2,63 4,07
Saúde e Cuidados Pessoais 0,62 3,56 7,84
Transportes -0,42 -0,34 1,84
Vestuário 0,98 0,84 2,35
Total 0,31 1,42 3,60

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