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Moody’s rebaixa rating da Cemig alertando para dificuldades de refinanciamento de dívidas

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A Moody´s  rebaixou de B1/Baa1.br para B2/Ba1.br nas escalas global e nacional brasileira, respectivamente, os ratings seniores sem e com garantia atribuídos às subsidiárias da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig): Cemig Geração e Transmissão S.A (Cemig GT) e Cemig Distribuição S.A (Cemig D). A Moody´s também rebaixou os ratings de emissor da Cemig Distribuição de B1/Baa1.br para B2/Ba1.br. A perspectiva para os ratings segue negativa.

Como parte desta ação de rating, a Moody´s atribuiu ratings corporativos de B2/Ba1.br (nas escalas global e nacional brasileira, respectivamente) à Cemig e atribuiu ratings de emissor B2/Ba1.br para a Cemig GT. Além disso, a agência retirou os ratings de emissor B1/Baa1.br da Cemig, bem como os ratings corporativos B1/Baa1.br da Cemig GT.

Segundo a Moody’s, o rebaixamento reflete a percepção da agência sobre “os crescentes riscos de refinanciamento que a Cemig enfrenta em um contexto de vencimento significativo de dívidas no curto prazo e da limitada liquidez da companhia”. As pressões sobre a liquidez de curto prazo da Cemig serão intensificadas pelas obrigações relacionadas a um contrato de venda de opções de ações da Light, de aproximadamente R$ 1,6 bilhão, que devem ser pago até novembro.

O rebaixamento, segundo a Moody’s, também reflete a expectativa de que a geração de fluxo de caixa livre da companhia permanecerá negativa nos próximos 12 a 18 meses, adicionando pressões sobre a necessidade da Cemig em executar seu plano de vendas de ativos e refinanciar os vencimentos de suas dívidas.

Os ratings B2/Ba1.br continuam a ser suportados pela : (i) sólida posição de mercado da Cemig, relevância econômica assim como o relacionamento de longa data com bancos domésticos que, a Moody´s acredita, podem facilitar a estratégia de refinanciamento de dívida da companhia; (ii) a carteira de ativos ampla e diversificada que pode ser vendida para gerar caixa ou utilizada como garantia pela Cemig para a obtenção de novos financiamentos incluindo ações listadas, e não dadas como garantia, da Transmissora Aliança de Energia Elétrica e da Light S.A detidas pela Cemig; e (iii) a expectativa da Moody´s de melhora gradual no desempenho operacional e da geração de fluxo de caixa em consequência de uma revisão tarifária favorável à Cemig Distribuidora no próximo ano bem como da lenta queda nas taxas de juros domésticas e da recuperação gradual da economia brasileira.

Já a perspectiva negativa reflete os significativos riscos de execução relacionados aos planos da companhia em refinanciar e vender ativos para lidar com os vencimentos de dívida de curto prazo e outras obrigações.

Segundo a Moody’s, em 2016, a Cemig viu uma pronunciada deterioração em seu desempenho operacional, uma consequência do forte declínio nas vendas de energia, de um ajuste tarifário negativo que afetou o negócio de distribuição e de baixas contábeis (impairments) na participação patrimonial da companhia em novos projetos.

O fraco desempenho operacional da Cemig, segundo a agência, traduziu-se em métricas financeiras frágeis. O caixa gerado nas operações antes de capital de giro (CFO pre WC, na sigla em inglês) sobre dívida caiu para 17,4% em 2016 de 25,5% em 2015, enquanto a cobertura de juros medida pelo mesmo indicador recuou para 2,4 vezes, de 3,9 vezes em 2015.

A Moody´s observa que durante o primeiro trimestre de 2017 o desempenho da companhia melhorou visivelmente. As receitas e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ou Lajida) cresceram cerca de 8% e 71% respectivamente. No entanto, a Moody’s espera que o Ebitda e a geração de fluxo de caixa operacional da Cemig encerrem este ano basicamente em linha com os números de 2016 e resultem em geração de fluxo de caixa livre negativa em 2017.

Venda de ativos de R$ 6,6 bi

A Cemig anunciou um programa de venda de ativos de R$ 6,6 bilhões. A companhia pretende concluir pelo menos metade deste programa até o segundo semestre de 2018. Embora a Moody´s reconheça os esforços da Cemig de procurar vender ativos, a agência considera que o prazo e o valor da venda destes ativos são incertos neste momento. A Moody´s destaca que muitas das negociações de venda de ativos estão apenas em estágio inicial ou ainda nem começaram, o que resulta em fonte de receitas incerta no curto prazo.

Liquidez fraca com R$ 4,3 bi vencendo este ano

O perfil de liquidez da Cemig é fraco. Em 31 de março de 2017, a companhia tinha um cronograma de vencimento de R$ 4,3 bilhões em dívidas em 2017 e R$ 3,9 bilhões ao longo de 2018, o que se compara a uma posição de caixa e equivalentes de caixa de apenas R$ 1,7 bilhão (incluindo caixa e aplicações financeiras de curto prazo).

Geração de caixa negativa

A Moody´s antecipa que a geração de fluxo de caixa livre da companhia será negativa em 2017 e apenas neutra em 2018, o que é determinado pelas expectativas de lenta recuperação no desempenho operacional e o impacto de investimentos maiores no segmento de distribuição. A geração de fluxo de caixa livre negativa em 2017 fará com que a Cemig dependa de refinanciamento de dívida e venda de ativos para cumprir com o serviço de sua dívida nos próximos 12 a 18 meses.

Bancos podem ajudar

A Moody´s espera que o relacionamento de longa data da Cemig com os bancos locais e federais dê suporte à estratégia de refinanciamento da companhia, ainda que a custos mais elevados. A Moody´s também espera que a Cemig consiga monetizar sua participação não dada como garantia nas companhias listadas em bolsa Taesa e Light para pagar os próximos vencimentos de dívida, caso o plano de refinanciamento de longo prazo falhe.

 

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