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“Para sair do atoleiro econômico é preciso mudar o governo”, diz Monica de Bolle

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“Para sair do atoleiro econômico é preciso mudar o governo”, diz Monica de Bolle

O Brasil voltou a ter o risco real de troca na presidência da República pouco mais de um ano após o impeachment de Dilma Rousseff, em um processo que alçou ao posto Michel Temer, agora denunciado por corrupção passivo pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot.

Enquanto os economistas e o mercado comemoravam, ao menos, o avanço das reformas, agora a única certeza é de que 2018 trará eleições em outubro, independentemente de quem estiver no comando.

Para falar sobre esta situação, o Money Times conversou com a economista e pesquisadora do Peterson Institute, Monica de Bolle. Segundo ela, o agravamento da crise política “haverá de paralisar tudo novamente, e Temer claramente já mostrou ser salvador de epiderme, não da pátria”, diz.

Veja abaixo a entrevista:

Se foi a política que nos colocou nesta situação econômica ruim – e nem a formação de uma equipe econômica vista como exemplar pelo governo Temer foi capaz de dar andamento às reformas – é possível pensar agora que só a política, com as eleições em 2018, poderá nos salvar e dar as condições necessárias para um crescimento sustentável?

Sim. Para sair do atoleiro econômico é preciso mudar o governo. Governos ilegítimos não conseguem fazer reformas – ou, quando conseguem, tais reformas não duram, pois, associadas ficam ao governo maculado que as pôs em andamento – caso da Argentina de Menem que no Kirschnerismo resultou.

.O mercado e muitos economistas começaram a esperar alguma melhora do ambiente econômico com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A confiança iniciou uma retomada, mas poucos bons dados “hard” da economia vieram à tona. A recuperação, nos dados, veio no primeiro trimestre com um pequeno crescimento. Já a confiança, mais uma vez, voltou a um processo de piora em junho como resultado da delação da JBS. Faz sentido esperar um novo aprofundamento da economia, assim como vimos no período de incertezas em meio ao impeachment?

Como escrevi para o Estadão, o Brasil se dividiu em pré-Joesley e pós-Joesley. Tudo o que ocorreu no pré-Joesley não sobreviverá no pós-Joesley. Sobretudo agora com as denúncias de Janot e as provas e evidências que serão apresentadas. O agravamento da crise política haverá de paralisar tudo novamente, e Temer claramente já mostrou ser salvador de epiderme, não da pátria. Mobilizará o Congresso para defendê-lo, não para passar as reformas que pregava antes do encontro escuso no Jaburu.

O anúncio de que o governo pensa em usar o FGTS como seguro-desemprego, ideia que ainda parece ser inicial, é um sinal de que o governo está buscando soluções “criativas” para um cenário em que a aprovação da reforma da Previdência fica apenas para um novo governo eleito?

Isso é sinal de desespero, reconhecimento tácito de que os riscos de não cumprir a meta em 2017 ficaram demasiado altos. O balão de ensaio do FGTS foi, por ora, enterrado. Mas, isso não significa que não vão ter outros arroubos de criatividade com o dinheiro alheio.

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Gustavo Kahil
27/06/2017 – 17:34

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