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O aumentos dos impostos sobre os combustíveis levou o mercado a refazer os cálculos sobre as empresas mais bem posicionadas no setor. Afinal, o governo aplicou alíquotas diferentes para a gasolina, diesel e etanol. Este último, aliás, começou também a valer para os distribuidores, que até então não eram taxados.

Os analistas de mercado concordam que o efeito será massivo, mas que os produtores e distribuidores de etanol têm a ganhar. Veja a tabela das mudanças:

Impostos

“Embora o anúncio tenha sido claramente motivado pela necessidade do governo de atingir o déficit fiscal em vez de criar uma política de combustível a longo prazo mais clara (mais simplificada), em termos da economia do etanol, acreditamos que os efeitos práticos são positivos”, avaliam os analistas Thiago Duarte e Vito Ferreira do BTG Pactual.

O analista Pedro Medeiros do Citi ressalta que a mudança na estrutura fiscal deve ser totalmente repercutida nos preços no varejo, beneficiando indiretamente os produtores de etanol.

“O atual preço do produtor de etanol de R$1,20/l poderia ser elevado em 16%. Vemos grandes chances de os preços do etanol atingirem plenamente a mudança de imposto à medida em que o Brasil se aproxima do período de entresafra, uma vez que a concorrência típica durante a safra tende a manter os preços do etanol abaixo da gasolina”, calcula Medeiros.

Ultrapar

O Citi projeta um “enorme ganho” não recorrente para a empresa no terceiro trimestre, porém negativo no médio prazo. O analista estima uma mudança no consumo de combustível, com potenciais ganhos de participação de mercado, que são pilares importantes na tese de investimento da Ultrapar.

“O aumento do diferencial de preços entre etanol e gasolina poderia gerar maiores vendas de etanol em comparação à gasolina, o que poderia afetar a evolução da expansão da margem na UGP a médio prazo devido ao mix de vendas. A curto prazo, a UGP pode se beneficiar de uma valorização de seu estoque de combustível, promovendo um grande lucro não recorrente no trimestre”, ressalta.

Petrobras

A mudança nos impostos é vista como marginalmente negativa para a Petrobras, informa o Citi. “Em nossa opinião, a Petrobras precisa que o consumo de combustível no Brasil se recupere para manter seu prêmio atual de preço no diesel, conforme o combustível importado de terceiros cresce. O prêmio de preço da Petrobras para a importação na gasolina foi menor, e as importações de gasolina já caíram”, diz Medeiros.

Para ele, o impacto na gasolina pode ser negativo caso a mudança no consumo para o etanol seja grande o suficiente para fazer a Petrobras pensar em exportar o produto com uma margem muito menor. “No entanto, o impacto seria marginal hoje. Mantemos nossa recomendação de compra para a Petrobras”, destaca.

São Martinho e o açúcar

O BTG lembra que as medidas do governo também devem atingir positivamente as finanças da São Martinho e da Adecoagro, com um impacto no Ebitda de aproximadamente 5% e 7%, respectivamente. O impacto viria do efeito sobre os preços do açúcar, que também sofreriam uma revisão para cima como reflexo do etanol mais caro.

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