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Europa preenche GAP Trump

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Acertou em cheio quem esperava, no início deste ano, uma conturbada administração de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos. Uma série de escândalos e medidas polêmicas acompanha, até o momento, a trajetória de Donald Trump, em seus pouco mais de seis meses na Casa Branca.

A ousada meta de crescimento de 3% ao ano, o difícil objetivo de alcançar 1 trilhão de dólares de investimentos em infraestrutura e o insustentável pacote de reforma tributária (com significativo alívio fiscal), criou grande expectativa em Wall Street, mas pode ter influenciado o FED (Federal Reserve – Banco Central dos Estados Unidos) a acelerar o passo na sua estratégia de normalização da política monetária.

Desde o início deste ano a autoridade monetária norte-americana vem adotando uma postura mais hawkish, acelerando o ritmo de alta na Fed Funds (taxa básica de juros), além de detalhar o plano de redução de seu balanço de quase 4,5 trilhões de dólares. Essas estratégias contrastam com o viés dovish dos últimos anos e da própria filosofia da atual chair, Janet Yellen.

Os membros do Comitê de Política Monetária do FED negam que estejam agindo em antecipação às promessas de Trump, mas o fato é que o Banco Central dos Estados Unidos nunca esteve tão apressado com sua estratégia de normalização.

Todo esse movimento foi acompanhado de longe por Mario Draghi, presidente do BCE (Banco Central Europeu), que por sua vez soube agir estrategicamente, atraindo fluxo para Europa, sem chamar muita atenção.

Enquanto Yellen endurecia o seu discurso nos Estados Unidos, Draghi pedia paciência aos investidores, insistindo com seu forte programa de estímulos monetários. Enquanto Trump atraía os holofotes com sua gestão polêmica, líderes europeus se uniram para defender o status quo.

A estratégia tem dado certo. A eleição da França, considerada divisor de águas para o futuro do euro, terminou com uma vitória expressiva de Emmanuel Macron, um integracionista europeu pró-mercado.

Macron é um forte aliado para Angela Merkel (presidente da Alemanha, que também vai disputar eleições neste ano) e grande sensação em toda a Europa. O líder francês recebeu Trump nesta quinta-feira no Palácio do Eliseu e já conseguiu mais um feito importante: mudar a crença do presidente dos Estados Unidos a respeito do aquecimento global.

O líder norte-americano anunciou no mês passado a saída de seu país do acordo de Paris, provocando reações negativas em todo o planeta, apesar de a retirada não ter efeito imediato. Após conversa com Macron na tarde de hoje, Trump deu sinal de que voltou atrás em sua decisão ao sugerir que ainda pode mudar de ideia sobre a quebra do acordo de Paris.

Mas não é só no campo político que a Europa tem se destacado. A economia continua mantendo o ritmo de crescimento em torno de 0,5% ao ano. Não é o PIB ideal, mas por outro lado demonstra boa consistência e baixo risco de retorno à recessão (2011-2013 traumatizaram demais os europeus).

O Índice Gerente de Compras da zona do euro fechou o mês de junho aos 57,4 pontos, mantendo o processo de retomada de expansão da atividade manufatureira. As indústrias da zona do euro fecharam o primeiro semestre de 2017 no ritmo mais forte em mais de seis anos.

O bom momento de retomada da atividade industrial tende a criar impulso inflacionário e, com isso, ajudar o BCE dar mais um passo na redução do volume mensal de compras de ativos e abrir as portas para um aumento da taxa básica de juros em meados de 2018.

Mario Draghi tem demonstrado usar esta rota, mas de uma forma ainda muito cautelosa, o que tem agradado gestores de hedge funds do outro lado do Atlântico. Nos últimos meses, players norte-americanos tem se livrado com certa agressividade de suas posições em dólar para comprar euro.

EURUSD

O fluxo comprador em euro tornou a moeda na grande sensação do mercado de câmbio. O rompimento ascendente contra o dólar, seguido de pullback clássico, sobre a média móvel simples de 200 períodos diária, limpou as vendas remanescentes em euro, o que abriu espaço técnico para um upside maior.

Através do gráfico semanal pode-se notar que o euro já alcançou o seu primeiro objetivo de médio prazo, a linha de resistência de uma zona de congestão de pouco mais de dois anos. Com uma perna de alta mais íngreme e forte, o euro chega com força para tentar superar a longa congestão contra o dólar e se manter no radar do mercado de câmbio.

EURUSDWEEK

Ásia

A China voltou apresentar indicadores econômicos mais forte do que o esperado. As exportações em junho subiram 11,3% sobre o ano anterior e as importações saltaram 17,2%. A sequência de surpresas positivas na China tem respaldado a retomada de preços na bolsa de Xangai.

Após testar a mínima de 2017 no mês de maio, o mercado de ações local (gráfico no blog) voltou a trabalhar na ponta comprada, sustentado pela linha central de bollinger, sem grandes dificuldades para alcançar a máxima do ano aos 3,3k.

Brasil

O Ibovespa (BOV:IBOV) segue em trajetória ascendente, conseguindo se conectar novamente com o mundo bullish. Acima da linha central de bollinger e com o apoio da média móvel simples de 200 períodos diária, a bolsa brasileira superou sua principal linha de resistência de curto prazo localizada na faixa dos 64,2k, abrindo espaço para continuar comprada nas próximas semanas.

 BVSP

Novidade global

A BlackRock, uma das maiores gestoras do mundo, referência no mercado de fundos passivos, intensificou a briga com as gestoras de fundos ativos ao reduzir as taxas já consideradas baixas de alguns de seus ETFs.

Além disso, a BlackRock está inovando ao lançar dois fundos passivos (iShares Edge Investment Grade Enhanced Bond e o iShares Edge High Yield Defensive Bond) que acompanharão índices criados pela própria empresa, diminuindo, assim, sua dependência dos administradores de bolsa e/ou demais instituições financeiras.

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