O cenário político brasileiro não poderia ser mais incerto, mas os investidores e a bolsa de valores parecem cada vez menos preocupados com isso. Um ponto em defesa desta tese é a fila de companhias procurando abrir capital. Hoje, chegam à B3, o novo nome da bolsa, a resseguradora IRB Brasil e a companhia de energia Ômega Geradora.
Além disso, há excesso de liquidez nos mercados internacionais, o que também tem ajudado a impulsionar, por exemplo, as bolsas americanas. Na abertura de capital da IRB Brasil, os investidores estrangeiros ficaram com dois terços das ações, incluindo a participação de grandes fundos, como Capital Research, Fidelity, BlackRock, Wellington.
Uma das próximas pode ser a fabricante de alimentos Camil, que deve levantar 2 bilhões de reais. É esperado que apenas no mês de outubro os IPOs angariem ao menos 10 bilhões de reais com aberturas de empresas como a de tecnologia da informação Tivit, a companhia de energia Neoenergia e a BR Distribuidora, braço de distribuição de combustíveis da Petrobras. No mês, o Ibovespa teve alta de 4,13% e o bom momento compensou a fuga de investidores que pularam fora após a delação de Joesley Batista, em maio, e do tumulto subsequente em junho.
Desde o início de 2016 a bolsa já valorizou mais de 50%.
Fonte: Exame