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Na quinta reunião de 2017, Copom reduz Taxa Selic para 9,25% ao ano

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Pela sétima reunião consecutiva, o Banco Central (BC) resolveu reduzir os juros básicos da economia brasileira. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) diminuiu, nesta quarta-feira, 26 de Julho de 2017, a Taxa Selic de 10,25% para 9,25% ao ano.

A decisão não surpreendeu os analistas, que já esperavam pela diminuição da taxa básica de juros em um ritmo tão intenso quanto o definido nas duas últimas reuniões, que culminaram a com redução da taxa de 12,25% para 11,25%, na terceiro reunião do ano; e de 11,25% para 10,25% ao ano, na quarta reunião de 2017.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan Goldfajn (Presidente), Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.

Em comunicado divulgado logo após o fim da reunião, o Copom destacou o cenário básico da economia atual, detalhado a seguir:

O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom permanece compatível com estabilização da economia brasileira no curto prazo e recuperação gradual. O recente aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia impactou negativamente índices de confiança dos agentes econômicos. No entanto, a informação disponível sugere que o impacto dessa queda de confiança na atividade tem sido, até o momento, limitado;

O cenário externo tem se mostrado favorável, na medida em que a atividade econômica global tem se recuperado gradualmente, sem pressionar as condições financeiras nas economias avançadas. Isso contribui para manter o apetite ao risco em relação a economias emergentes. Além disso, houve arrefecimento de possíveis mudanças de política econômica em alguns países centrais;

O comportamento da inflação permanece favorável com desinflação difundida, inclusive nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. Até o momento, os efeitos de curto prazo do aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia não se mostram inflacionários nem desinflacionários;

As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus recuaram para em torno de 3,3% para 2017 e para 4,2% para 2018 e encontram-se em torno de 4,25% para 2019 e 4,0% para 2020.

No cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio extraídas da pesquisa Focus, as projeções do Copom recuaram para em torno de 3,6% para 2017 e 4,3% para 2018. Esse cenário supõe trajetória de juros que alcança 8,0% ao final de 2017 e mantém-se nesse patamar até o final de 2018. 

Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros em um ponto percentual, para 9,25% a.a., sem viés. O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2018, é compatível com o processo de flexibilização monetária.

O Copom ressalta que a extensão do ciclo de flexibilização monetária dependerá de fatores conjunturais e das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira. O Comitê entende que a evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia (principalmente das fiscais e creditícias) é importante para a queda das estimativas da taxa de juros estrutural.  Essas estimativas continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo.

O Copom ressalta que a manutenção das condições econômicas, até este momento, a despeito do aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia, permitiu a manutenção do ritmo de flexibilização nesta reunião. Para a próxima reunião, a manutenção deste ritmo dependerá da permanência das condições descritas no cenário básico do Copom e de estimativas da extensão do ciclo. O ritmo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação.

Os juros básicos permaneceram estacionados em 14,25% por nove reuniões seguidas, entre julho de 2015 e outubro de 2016. Nas duas últimas reuniões do ano anterior, a Taxa Selic foi reduzida em 0,25 ponto percentual, para 14,00% ao ano em 19 de outubro e para 13,75% em 30 de novembro.
Na primeira reunião de 2017, o corte foi ampliado para 0,75%, estabelecendo os juros básicos em 13,00% ao ano. Na reunião seguinte, a segunda do ano, o corte de 0,75% foi mantido, fazendo com os juros alcançarem o patamar de 12,25% ao ano. Já na terceira reunião de 2017, o corte foi ampliado para um ponto percentual e a Selic atingiu o patamar de 11,25%. Por fim, na quarta reunião, mais um corte de um ponto percentual, fazendo com que o juros atingissem os 10,25%.
A Selic é o principal instrumento do BC para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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