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FGV diz que taxa de câmbio está perto do equilíbrio ou desvalorizada

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O real voltou a se valorizar em julho, mas a moeda brasileira ainda está perto do equilíbrio ou ligeiramente depreciada em relação a outras moedas do exterior, o que garante a competitividade das exportações brasileiras. É o que mostra estudo do Centro de Macroeconomia Aplicada (CEMAP) da Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou hoje sua estimativa de desalinhamento de câmbio para o mês de julho.Um desequilíbrio na taxa pode favorecer as importações e prejudicar as exportações no caso de um real valorizado ou incentivar as exportações e encarecer as importações se estiver muito desvalorizado.

A discussão é muito complexa pois não existe um consenso que determine com exatidão qual a taxa de câmbio ideal de um país. E, dependendo do setor, o mesmo valor para o dólar (ou cesta de moedas) pode ser bom ou ruim.

Valorização em julho

O câmbio real efetivo voltou a se valorizar no mês de julho com a queda do dólar, quebrando a tendência de desvalorização que vinha acontecendo desde fevereiro deste ano. No que tange as estimativas de desalinhamento, embora a média dos modelos continue em território de sobrevalorização em relação aos seus fundamentos – em cerca de 5,3% – a estimativa obtida a partir do modelo mais completo no qual a situação das contas externas foi explicitamente modelada é de -8%.

“Isto nos permite afirmar que estamos bastante próximos do câmbio de equilíbrio ou ligeiramente depreciados”, diz o estudo. Há uma clara tendência de melhoria dos fundamentos puxada pela melhoria do resultado das contas externas brasileiras, diz o CEMAP. “Não fosse a incerteza política que atuou fortemente no primeiro semestre no Brasil, teríamos observado, muito provavelmente, uma valorização da taxa de câmbio real efetiva brasileira”, diz o estudo.

Como é feito o cálculo

Existe um debate na literatura sobre quais variáveis determinam a taxa de câmbio real no longo prazo, explica o CEMAP.

As estimativas são baseadas na abordagem de fundamentos, obtidos a partir de um modelo econômico que leva em conta o papel dos estoques de ativos na determinação da taxa de câmbio de equilíbrio. Os modelos econométricos contêm as seguintes variáveis: a posição internacional de investimentos líquida como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), termos de troca relativo (TOT), balança de bens e serviços (TB) e indicador de preços relativos entre os setores produtores de bens transacionáveis – tradables – e não transacionáveis – nontradables – (BS).

Com tais variáveis, estima-se a taxa de câmbio de equilíbrio de longo prazo. Os desvios desta em relação à taxa de câmbio observada são os desalinhamentos cambiais.

A taxa de câmbio real de equilíbrio de longo prazo pode ser estimada a partir de um modelo econométrico de séries de tempo. A estimação é feita pela decomposição das séries em componentes transitórios e permanentes, após a análise de estacionariedade e de cointegração. O componente transitório está ligado ao desalinhamento e o componente permanente está ligado ao equilíbrio de longo prazo.

Mas o CEMAP deixa claro que a medida de desalinhamento cambial apresentada não deve ser utilizada como uma previsão da taxa de câmbio real. A existência de desalinhamento da moeda brasileira não implica necessariamente que haverá correções abruptas da taxa num futuro próximo em qualquer direção. A medida deve ser entendida como um equilíbrio que tende a prevalecer em períodos mais longos. Alterações não previstas dos fundamentos, como, por exemplo, alterações de termos de troca, na posição externa de investimentos, podem fazer com que a taxa de equilíbrio se altere.

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