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Investimentos do BNDES em empresas foi fator decisivo para lucro de R$ 1,3 bi

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O desempenho das empresas em que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem investimentos, por meio de sua subsidiária BNDES Participações (BNDESPAR), foi um fator decisivo para o lucro líquido de R$ 1,34 bilhão, registrado no primeiro semestre deste ano, de acordo com a superintendente da Área de Controladoria da instituição, Vania Borgerth. O resultado foi divulgado hoje (14/08). “Foi um primeiro semestre bastante positivo comparado ao mesmo período do ano passado”, disse. No primeiro semestre de 2016, o BNDES teve prejuízo de R$ 2, 17 bilhões.

O BNDES não fez provisão para perda e o resultado obtido com dividendos e juros sobre capital próprio nesses investimentos mostra que o desempenho das empresas tem se recuperado nos últimos tempos. Segundo Vania, as condições melhoraram de forma considerável do primeiro semestre do ano passado para cá. O comportamento da Bolsa de Valores e do mercado contribuiu para o resultado. Além de as empresas nas quais a BNDESPAR tem participações não terem demandado novas perdas nesse primeiro semestre de 2017, a superintendente disse que o BNDES também teve um desempenho bem mais favorável que o ocorrido no primeiro semestre de 2016.

JBS

O resultado financeiro do BNDES não inclui os papéis da JBS, porque a BNDESPAR decidiu fazer o teste de impairment (cálculos para verificação do valor recuperável) somente no segundo semestre, o que deverá ocorrer em setembro. De acordo com o balanço, a participação do banco na JBS ficou abaixo do custo contábil em R$ 1,2 bilhão, que é a diferença entre o valor contabilizado e o valor de bolsa na data de 30 de junho.

Vania explicou que as participações na JBS estão no balanço da BNDESPAR, que só elabora balanço com processo completo de auditoria na posição de dezembro de cada ano, ao contrário do BNDES que, “por ser banco, encerra as demonstrações contábeis, com auditoria completa, tanto para a posição de junho, como para a posição de dezembro”.

Provisionamento

O BNDES fez provisão para risco de crédito complementar dos clientes de R$ 1,4 bilhão. Esse valor se insere na provisão para o primeiro semestre deste ano, da ordem de R$ 4,8 bilhões. “Se eu não tivesse feito essa provisão complementar, minha provisão teria sido de cerca de R$ 3,4 bilhões”, disse Vania. A medida foi adotada em setembro do ano passado e já é praticada pelos bancos comerciais, explicou. A superintendente ressaltou que para a carteira de crédito do BNDES superior a R$ 600 bilhões, a provisão complementar de R$ 1,4 bilhão “não chega a fazer cosquinha”. O estoque de provisão acumulada até 30 de junho constituída na carteira alcança R$ 17,11 bilhões.

Vania lembrou que o nível de provisionamento até junho do ano passado era baixo em relação ao mercado. Em função da “crise séria” registrada no país em 2016, com a qual o mercado ainda está lidando com seus efeitos ao longo de 2017, as empresas que estão na carteira do banco estão sofrendo dificuldades. Logo, a percepção de risco dessa carteira aumenta, disse Vania. “Quando a nossa área de crédito vai renovar a classificação de risco dos clientes, o que ela faz periodicamente, é natural que um cliente tenha sido rebaixado em função das próprias circunstâncias de mercado. Isso não quer dizer que esse cliente, se recuperando, a gente não possa reverter essa provisão constituída no futuro”.

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