ADVFN Logo

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for alerts Cadastre-se para alertas em tempo real, use o simulador personalizado e observe os movimentos do mercado.

Votação da TLP e Ibovespa acima de 71 mil pontos: o que acompanhar na semana

LinkedIn

Entre os destaques da semana que serão acompanhados de perto pelo mercado estão a possibilidade de votação da Taxa de Longo Prazo (TLP), que será usada nos empréstimos concedidos pelo BNDES; a divulgação do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, pelo IBGE; o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), usado na correção de aluguéis e contratos, referente a agosto; o resultado fiscal do governo central; e a taxa de desocupação, calculada também pelo IBGE, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), referente ao mês de julho.

Votação dos destaques e no Senado da TLP

A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da MP 777/2017, que cria a TLP, em substituição à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Pela proposta aprovada, a nova taxa deverá ser apurada mensalmente, e composta pela variação do IPCA e por uma taxa de juros prefixada, mais próxima dos juros de mercado. Hoje, a TJLP é calculada de forma arbitrária pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) com base nos juros internacionais dos papéis brasileiros e tem um grande desconto em relação aos juros do mercado. A diferença é bancada pelo Tesouro Nacional. Analistas do Itaú Unibanco destacam que a MP “atua na direção de reduzir os custos fiscais do Estado, e consequentemente, possíveis pressões por aumento de carga tributária.” Os próximos passos são a votação de destaques apresentados na Câmara ao texto original, e a votação no plenário do Senado, possivelmente nesta semana, a toque de caixa, já que a medida expira no próximo dia 6 de setembro.

Dificuldades fiscais

A estimativa do Banco Fator para o resultado primário do governo federal, que não inclui despesas com juros da dívida, a ser apresentado na terça-feira pela Secretaria do Tesouro Nacional, é de um déficit de R$ 17,93 bilhões. Se tal resultado se verificar, lembram consultores, o déficit acumulado em 12 meses atingirá R$ 179,6 bilhões, R$ 20 bilhões acima da meta fiscal revista na semana retrasada. Como a Receita anunciou que a arrecadação de impostos e contribuições em julho foi de R$ 109 bilhões, o banco mantém expectativa de grandes dificuldades no cumprimento da  meta de déficit sem a contribuição importante de receitas não recorrentes, como vendas de estatais.

PIB e inflação

Em relação ao desempenho do PIB, as estimativas confirmam que o primeiro trimestre foi muito influenciado pelo resultado favorável do setor agrícola, diz o Fator, segmento que deve perder peso no segundo trimestre. “Estimamos queda de 0,1% na comparação com o primeiro trimestre e de 0,2% na comparação interanual; no acumulado de 4 trimestres, a queda será de 0,8%. Mantemos a estimativa de alta de 0,4% para o ano.”
Ja para o IGP-M de agosto, que será conhecido na quarta-feira, o banco acredita que deve ter se encerrado a fase da deflação. Na comparação mês a mês, abril deste ano obteve a maior deflação registrada desde o início da série, em 1989, com o valor de -1.1%. Esta tendência deflacionária se manteve até julho, -0.72, com os preços ao produtor (IPA) recuando -1.63%.
Os produtos agropecuários do IPCA tiveram grande impacto nestes números, lembram os analistas do banco, ao cair de -1.63% de junho para -2.60%. Na comparação anual, deflações são registradas há dois meses, atingindo em julho  -1.67%. O Fator estima alta de 0.07% sobre o mês anterior, e -1.74% em relação a agosto de 2016.

Ainda em relação à inflação, de olho no boletim Focus, o banco avalia que a surpresa do IPCA-15 desta semana (+0,35% em agosto, abaixo dos 0,40% esperados pelo mercado), pode ter levado a revisões nas estimativas para o IPCA do mês fechado. As projeções poderão voltar para mais perto de 3,0% do que de 4,0% — com algum efeito possível sobre a expectativa para 2018.

Desemprego pode ainda ter pequena alta

Na quinta-feira será divulgado o valor para taxa de desocupação calculada pelo IBGE. Quebrando o constante crescimento que vinha se confirmando desde o segundo semestre de 2014, a taxa de registrou sua primeira queda em maio, de 0.3%, o que se repetiu na mesma proporção em junho, chegando ao valor de 13%.
“Nossas expectativas para o mês de julho, porém, são de um leve crescimento, para 13.3%, com elevação na População Economicamente Ativa (PEA) acima da alta da ocupação”, destaca a equipe do Fator. O banco alerta ainda que o crescimento do trabalho informal indica uma recuperação instável da atividade.

Sondagens da FGV: Serviços, Indústria e Construção

Além do IGP-M, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgará nesta semana, entre segunda e quarta-feira, os indicadores de confiança da Indústria, Construção e Serviço. O Índice de Confiança de Serviços é composto por quatro quesitos: Volume de demanda atual, Situação Atual dos negócios e expectativas sobre Volume de demanda (três meses) e Situação dos negócios (seis meses).
Os números referentes a julho, lembra o banco Fator, mostram leve retomada das baixas causadas pela crise política de maio e junho, tendência que pode se manter para os valores de agosto. A equipe ressalta, no entanto, que os indicadores do comércio e dos consumidores continuam a cair.

Crescimento dos EUA

No cenário internacional, é destaque a divulgação da segunda prévia do PIB americano para o segundo trimestre deste ano, pelo BEA (Bureau of Economic Analysis). A primeira fechou em alta de 2.6%, impulsionada pelo consumo pessoal de 2.8%, que representa aproximadamente 60% da atividade americana. Na quinta,  serão conhecidos valores do deflator do PCE (Personal Consumption Expenditures) — medida do consumo das famílias mensal compatível com a medição do PIB.
Para a equipe do Itaú Unibanco, do lado internacional, é importante ficar de olho na sondagem de atividade econômica do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) chinês de agosto, que será divulgada na quarta-feira. Na quinta, será a vez da inflação do consumidor de agosto da Zona do Euro. E, na sexta-feira, as atenções estarão voltadas para os dados de mercado de trabalho e os números de agosto da sondagem de atividade econômica do Instituto de Gerentes de Suprimentos (ISM, na sigla em inglês) dos EUA.

Bolsa: momento é bom, mas exige prudência

O economista-chefe do home broker Modalmais, Alvaro Bandeira, ressalta que a semana que passou continuou positiva para o mercado acionário local da B3, lembrando que dos últimos 10 pregões, apenas dois registraram queda até 24 de agosto. O Índice Ibovespa ultrapassou os 71.000 pontos, fato que não ocorria desde 2011.
Os mercados reverberaram notícias produzidas pelo governo sobre a privatização da Eletrobrás e mais 50 outras empresas, além das votações no Congresso da TLP. No exterior, o foco ficou concentrado no travamento do governo de Donald Trump e seus discursos e atitudes produzidas ao longo do período, um pouco mais comedidas.

Bandeira lembra, ainda, que a queda na taxa de juros induz os investidores a buscarem mais retorno em suas aplicações, procurando alternativas na renda variável, seja via fundos de ações e multimercados ou mesmo diretamente na B3.  “Claro que isso está diretamente correlacionado à melhora no ambiente econômico e, principalmente, no político; caso a situação se complique mais, o mercado pode dar uma travada com realizações.”

Cautela nas aplicações

Considerando os diversos cenários possíveis, o especialista segue sugerindo prudência nas aplicações e criteriosa escolha dos ativos para compor carteira. “Sugerimos aplicações conservadoras na renda variável, acreditando que existem situações potencialmente complicadas que podem acontecer, principalmente nos desdobramentos da Lava Jato”, conclui.

Deixe um comentário