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Merkel vence na Alemanha; extrema direita cresce e terá lugar no Parlamento

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O candidato do Partido Social-Democrata (SPD) nas eleições federais da Alemanha, Martin Schulz, reconheceu a derrota na votação realizada neste domingo (24) e afirmou que fará oposição à atual chanceler Angela Merkel, vencedora do pleito, após quatro anos de aliança com a União Democrata-Cristã (CDU). As informações são da Agência EFE. A eleição marcou também o crescimento da extrema direita alemã, que conseguiu entrar no Parlamento.

Já Merkel, admitiu que queria “um resultado melhor”, apesar de conseguir ser reeleita para um quarto mandato nas eleições gerais realizadas neste domingo, e se comprometeu a “reconquistar” o eleitor da ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD). “Atingimos o objetivo estratégico”, afirmou a líder conservadora, na sede da União Democrata-Cristã (CDU), destacando que nenhuma outra formação, fora a sua, poderá tentar formar uma coalizão de governo. De acordo com as primeiras pesquisas de boca de urna, o AfD obteve 13,3% dos votos, entrando pela primeira vez no Bundestag, o parlamento alemão.O candidato da extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), Alexander Gauland, afirmou hoje que devolverá o país aos alemães.

Socialistas têm pior resultado desde a II Guerra

Entrevistado pela emissora pública alemã após um breve pronunciamento para os eleitores, Schulz disse ter “total apoio” da direção do SPD para continuar na liderança do partido e renová-lo.

Para os militantes do SPD, após a divulgação dos primeiros resultados de boca de urna que indicavam que o partido teve 21% dos votos, o pior resultado desde a Segunda Guerra Mundial, Schulz alertou para a “fratura” representada pela entrada no Bundestag da ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD).

“Falhamos no nosso objetivo”, reconheceu Schulz, que avaliou que o SPD não conseguiu convencer a base eleitoral tradicional do partido. Ele também alertou sobre a “impressionante força” da AfD, um fato que “nenhum democrata pode deixar de lado”.

Schulz, que também citou a queda dos votos obtidos pelo partido de Merkel no pleito, indicou que a chegada de mais de 1 milhão de refugiados na Alemanha ainda causa tensão no país.

“Lutaremos veementemente e com todas as nossas forças contra a extrema direita”, prometeu o ex-presidente do parlamento europeu.

O SPD, segundo Schulz, independente do resultado, seguirá lutando por princípios e valores como a democracia, a tolerância, o respeito e o sentimento de comunidade.

O candidato indicou que, no último governo, o SPD conseguiu, dentro da coalizão liderada por Merkel, implantar um salário mínimo interprofissional, melhorar as aposentadorias e conter o aumento dos aluguéis no país.

Boca de urna mostra 32,7% dos votos

A aliança conservadora de Merkel impôs-se nas eleições gerais com 32,7% dos votos, 12% a mais que o Partido Social Democrata (SPD), conforme a pesquisa de boca de urna feita pela emissora pública de TV ZDF, enquanto a AfD ficou em terceiro lugar, com 13,4%.

Merkel adiantou que o seu partido fará uma “análise compreensiva” do que aconteceu e que tentará ganhar de volta os alemães que tradicionalmente votavam no seu bloco conservador e desta vez optaram pelos ultradireitistas. Segundo ela, a ideia é entender suas preocupações e seus medos, mas, principalmente, convencê-los com uma “boa política”.

Agora, conforme disse, a aliança buscará “conversas tranquilas” com “outros parceiros” para tentar formar uma coalizão de governo estável.

Extrema direita promete devolver Alemanha para os alemães

O candidato da extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), Alexander Gauland, afirmou hoje (24) que devolverá o país aos alemães. “Esse governo que proteja, porque iremos atrás dele. Recuperaremos o nosso país e o nosso povo. Mudaremos esse país”, alertou Gauland em seu primeiro pronunciamento depois do fechamento das urnas na Alemanha.

O líder da extrema direita afirmou que o partido obteve esses resultados graças ao seu idealismo e que pensa que as pessoas enfim terão de volta um lugar no Bundestag.

“Somos claramente a terceira força política no Bundestag”, afirmou, por sua vez, o copresidente da AfD, Jörg Meuthen.

Protestos nas ruas

Após a divulgação dos resultados de boca de urna, cerca de 100 pessoas se reuniram na praça de Alexanderplatz, onde a AfD celebra o sucesso nesse pleito, gritando palavras de ordem contra o partido de extrema-direita em meio a um forte esquema de segurança.

A AfD, que nasceu em 2013 como um partido contrário à União Europeia, ficou fora do parlamento nas eleições do mesmo ano. Com a crise migratória e a grande chegada de refugiados na Alemanha, a legenda transformou o discurso antieuropeu em xenofobia.

Segundo a boca de urna, a União Democrata-Cristã (CDU), partido da atual chanceler, Angela Merkel, ficou com 32,9% dos votos, mais de 12 pontos percentuais à frente do líder do Partido Social-Democrata (SPD), Martin Schulz.

Tanto Merkel como Schulz, aliados no último governo, lamentaram, em seus primeiros discursos, a chegada da AfD ao parlamento.

A chanceler comprometeu-se a reconquistar os eleitores que hoje optaram pela AfD, enquanto Schulz fez alertas sobre a “fratura” gerada pela entrada dos ultradireitistas no parlamento.

As informações são da Agência Brasil.

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