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Semana curta terá juros de 8,25% e mudança na poupança, TLP, denúncia contra Temer e IPCA

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Apesar de mais curta por conta dos feriados do Dia da Independência aqui, que cai na quinta-feira, e do Dia do Trabalho nos Estados Unidos na segunda-feira, dia 4, a semana promete ser muito agitada. O mercado estará atento à votação no Senado da MP 777/2017, que cria a TLP (Taxa de Longo Prazo), bem como à possibilidade de a Procuradoria Geral da República entregar nova denúncia contra o presidente Michel Temer.

Na economia, saem indicadores importantes, como o desempenho da produção industrial de julho na terça-feira e, na quarta, véspera do feriado, a inflação oficial, o IPCA de agosto, medida pelo IBGE, e o IGP-DI também de agosto, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na segunda, o IPC da Fipe já vai dar uma ideia do comportamento dos preços. Mas o grande evento deve ocorrer na quarta-feira, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para decidir o novo patamar da taxa Selic.

Juro de 8,25% aciona mudança da caderneta de poupança

A grande expectativa é com a reunião do Copom, que começa na terça e termina na quarta-feira no fim da tarde, e que deve anunciar o sétimo corte consecutivo na taxa básica de juros, de 1 ponto percentual. Com isso, a taxa Selic cairá dos atuais 9,25% ao ano para 8,25%. Além do corte em si, que jogará os juros básicos para o menor nível desde 11 de julho de 2013 e um dos menores níveis da história, a nova taxa acionará a mudança no cálculo das cadernetas de poupança.

Sempre que o juro básico cai para 8,5% ao ano ou menos, os depósitos feitos nas cadernetas a partir de 4 de maio de 2012 pagarão 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR). Assim, se a taxa ficar em 8,25% ao ano, isso significará que o rendimento desses depósitos será de 5,775% ao ano mais TR. Já os depósitos feitos antes vão continuar rendendo 6,17% ao ano mais TR. Atenção: o que vale é a data do depósito, não a abertura da conta. E valerá a pena manter os depósitos antigos, que renderão mais até que muitas aplicações como fundos ou CDBs.

Corte de 1 ponto percentual

Como boa parte dos bancos, a Rosenberg espera que o Copom mantenha o ritmo de queda dos juros básicos da economia (Selic), de 1 ponto percentual, para 8,25% ao ano. Os consultores acrescentam que o comunicado pós-reunião do BC, em função do encaminhamento da TLP e da continuidade dos efeitos benignos do choque de alimentos sobre a inflação, até poderá sinalizar manutenção do ritmo para a reunião seguinte.
Para os analistas do Fator a expectativa também é de nova redução de um ponto porcentual na Selic, de 9,25% para 8,25% ao ano. A mesma projeção faz o banco Votorantim, esperando corte de 1 ponto percentual. “Na ausência de novos sinais, isso indicará que a Selic deve terminar o ano abaixo de 8,0%”.
A equipe do Itaú Unibanco destaca a mesma previsão de corte de um ponto. “Mantemos nossa expectativa de um corte de 1 ponto percentual na reunião de setembro, seguido de dois cortes de 0,50 p.p. nas últimas reuniões do ano e um corte adicional de 0,25 p.p. no início de 2018, o que levaria a taxa Selic para o nível final de 7,0%”.
Para os economistas do banco, caso o comitê prefira fazer um resseguro quanto à sustentabilidade da recuperação econômica, poderia contemplar antecipar um pouco a trajetória até a taxa terminal de 7.0%. “Mas, em nossa visão, a continuação do ciclo de cortes para abaixo desse nível requereria novas surpresas baixistas na inflação e/ou na atividade econômica”, completam.

IPCA: leve aceleração sobre julho

Para a equipe de economistas da Rosenberg Associados, a inflação oficial de agosto (IPCA), na quarta-feira, deve registrar desaceleração em relação ao IPCA-15, apesar do impacto relevante do aumento de impostos sobre combustíveis e da bandeira sobre a conta de energia elétrica, em função da continuada retração dos preços dos alimentos.
O banco Fator estima que o IPCA deve registrar uma leve aceleração em relação a julho, dado algum efeito restante da alta dos combustíveis, apesar da queda no crescimento dos preços dos serviços e de diversos bens transacionáveis. “Estimamos 0,26% no mês e 2,74% no acumulado de doze meses.”

IPA e IGP-DI positivos

Já a projeção da consultoria Rosenberg para o IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna), também previsto para quarta-feira, é que a alta do minério de ferro e do diesel devem mais do que compensar a queda de alimentos, levando o IPA (Índice de Preços no Atacado) ao terreno positivo novamente, após quatro meses de queda. Com isso, a estimativa é de inflação de 0,16% no índice geral, com o IPC em 0,13%.
O Fator espera, para o IGP-DI, uma virada na tendência deflacionária registrada desde março, em linha com o recente IGP-M, com projeção de 0,19% para variação mensal de agosto. Em relação à variação anual, a previsão é de uma deflação de -1,66%, aceleração em comparação ao valor de julho, de -1.42%.

Produção industrial: pequeno crescimento

Com relação à produção industrial de julho, que o IBGE divulga na terça-feira, dizem os analistas da Rosenberg Associados, a expectativa é de continuidade da recuperação da produção manufatureira, tanto na comparação interanual como mensal. O banco Votorantim espera que a produção industrial de julho “tenha um pequeno crescimento”. O Fator estima um crescimento de 0,2% para a produção industrial no período.

EUA e Europa: reunião do BCE e encomendas

No cenário externo, a equipe do banco Votorantim avalia que a agenda da semana estará relativamente calma, apesar da reunião do Banco Central Europeu (BCE) fazer sua reunião dos juros na quinta-feira, feriado no Brasil.  “Os dados de vendas no varejo e produção industrial na Europa serão os principais destaques”, dizem os analistas. Também sai na semana o PIB do segundo trimestre da Zona do Euro, na terça-feira.
Destacam-se ainda, segundo o Fator, dados que sairão na terça-feira, do Departamento de Comércio dos EUA, divulgando o comportamento de encomendas à indústria do mês de julho. Em relação a junho, registra-se um aumento de 0,3% nas encomendas. Porém, no mesmo dado, excluindo-se os transportes, ocorreu contração de 0,2%.

Retorno positivo da China

Para Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais, a boa notícia poderá ficar por conta do presidente Temer em sua viagem à China. “Certamente as informações vão chegar positivas, já que a China tem interesse no Brasil, em infraestrutura e investimentos externos no geral”, ressalta.
Na avaliação de Banderia, não é por outra razão que o governo chinês vem fiscalizando melhor as aplicações externas. Igualmente, afirma, é possível estimar que a economia global está definitivamente em recuperação e que isso vai mexer com a precificação dos ativos para melhor.

Bolsa: recuperação e busca dos 74 mil pontos

“Reafirmamos que o momento é para ampliar um pouco o risco das aplicações, até porque a tendência dos juros no Brasil segue em baixa, com piora da remuneração na renda fixa”, sinaliza. “No entanto, é preciso agir com prudência, pois ainda atravessaremos momentos de estresse e volatilidade dos mercados”, diz o economista da Modalmais.
Para ele, é possível a bolsa recuperar o patamar de 73.000 pontos e buscar novo recorde, na faixa de 74.000 pontos, “desde que as reformas sigam bem encaminhadas”.

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