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O que esperar da bolsa em outubro

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O Índice Bovespa terminou setembro em suas máximas históricas, acompanhando os mercados internacionais. A expectativa de recuperação econômica moderada e inflação baixa no exterior devem manter os juros em níveis reduzidos ainda por um bom tempo, o que favorece a liquidez internacional, os mercados de commodities e os países emergentes. Alguma pressão pode vir do movimento do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de começar a devolver ao mercado parte dos títulos que comprou para injetar liquidez na economia americana, mas o ritmo dessa redução também deverá ser moderado.

Um cenário parecido ocorre no Brasil, com a retomada gradual da economia em um ambiente de inflação baixa e de juros em queda, que favorece a melhora da renda e do consumo e a redução do endividamento das empresas. A taxa básica deve chegar neste mês aos 7,5% ao ano, caminhando depois para 7% em dezembro.

Já o cenário político seguirá como fator de incerteza, seja por conta das denúncias contra o presidente Michel Temer e seus aliados, seja pelos números das pesquisas eleitorais e pelo cenário da eleição presidencial de 2018, que dependerá do julgamento de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.

Além de todas essas variáveis, o mercado terá ainda de acompanhar a nova safra de balanços do terceiro trimestre, que começam a sair neste mês e podem mostrar os primeiros efeitos da retomada da economia e da queda dos juros nos números das empresas.

Para a bolsa brasileira, portanto, há espaço para alguma realização depois das fortes altas, mas o mercado não parece estar disposto a isso. “As duas recentes baixas semanais consecutivas, que levaram o Ibovespa a encerrar setembro bem próximo do patamar da anterior máxima histórica, trazem dúvidas em relação a persistência do avanço atual”, avalia a BB Investimentos.

Resumidamente, as divulgações dos indicadores no Brasil deverão denotar uma inflação baixa e sob controle, além de ratificar a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário pelo Banco Central, bem como uma melhor visão sobre o crescimento do País, tanto para este ano, como para o próximo, diz a BB Investimentos. “Contudo, a menos que haja uma surpresa positiva, esses índices favoráveis foram precificados, em nossa visão”, diz.

Internamente, como destaque a ser monitorado a BB cita as divulgações de pesquisas para a Presidência da República, que poderão mexer com o comportamento dos agentes. Externamente, discursos de membros do Fed serão acompanhados de perto pelo mercado e poderão influenciar o humor dos investidores e modificar a percepção sobre a data da próxima definição de elevação da taxa de juros pelo Fed. Os gráficos, segundo o BB, indicam que o movimento de alta do índice ganhou força em setembro, com acentuado incremento do fluxo de estrangeiros, superando as resistências mais altas. No entanto, a realização sofrida no final do mês pode referenciar novas correções futuras, especialmente se o índice perder o nível de 73.000 pontos, de modo consistente. A tendência primária, portanto, continua em configuração de alta, mas os recentes padrões de correção podem motivar maior volatilidade no próximo mês

Segundo a Guide Investimentos, no front micro é preciso atenção ao quadro político local, que ainda conta com incertezas, e o avanço das reformas necessárias políticas/econômicas.” Assim, estamos atentos a despeito de riscos políticos (como a Lava Jato, por exemplo) envolvendo os parlamentares de Brasília, e atentos ao cenário externo. A corretora diz que ainda mantem uma visão construtiva e positiva em bolsa no médio e longo prazo, embora no curto prazo possa continuar a apresentar elevada imprevisibilidade. “Importante ressaltar que seguimos com uma estratégia de diversificação e maior seletividade para a carteira”, diz a corretora.

Para a Guide, o bom momento continua para os ativos de risco. “Não só aqui, mas também no exterior, vemos um maior apetite por risco dos investidores, afinal, continuamos num mundo de juros baixos, e bom crescimento econômico”, diz a corretora. “Isso se dá, em grande parte, porque a inflação segue baixa, no Brasil e em países como os Estados Unidos”, diz. “Em suma: são tempos favoráveis.”

Para a Socopa, a bolsa brasileira seguirá em trajetória de alta no médio prazo, apesar do rally recente do Ibovespa. A trajetória positiva da bolsa brasileira continuará sendo puxada pela melhora dos fundamentos da economia, com destaque para: i) queda da inflação; ii) reação da ocupação em setores como serviços e indústria; iii) crescimento da concessão de crédito à pessoa física, alinhado à queda dos juros; e iv) continuidade do processo de flexibilização monetária.

A rodada de novos indicadores econômicos no exterior e as preocupações com a votação da segunda denúncia contra Temer, porém, podem limitar o comportamento da bolsa brasileira no curto prazo.

Já a Planer Corretora destaca que em outubro se inicia a safra de resultados do terceiro trimestre, cuja expectativa é positiva em relação à maioria das empresas listadas, considerando que a economia já vem mostrando melhores números macroeconômicos nos últimos meses, o que poderá ter alguma influência no comportamento do mercado à medida que estes dados forem sendo divulgados.

Mesmo assim, o mercado de ações não terá a mesma força dos meses anteriores, e recomenda uma carteira equilibrada, com papéis mais defensivos e empresas com representatividade em setores que possam se destacar.

Já a Coinvalores lembra que o rito da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados certamente dificultará a tramitação da tão esperada Reforma da Previdência, além de possivelmente trazer volatilidade para o mercado. No cenário internacional, o início do processo de normalização do balanço do Fed e o congresso do Partido Comunista na China deverão balizar o humor dos investidores globais, além, é claro, dos riscos geopolíticos ao redor do globo, ou seja, Coreia do Norte.

Para o Bradesco, a bolsa brasileira continua atrativa. O banco projeta um ciclo de crescimento muito longo no país, de quatro ou cinco anos, o que deve levar os múltiplos de preço em relação ao lucro, por exemplo (P/L, que dá uma idéia do tempo de retorno do investimento) para um máximo histórico de 14 vezes. Mesmo com o ruído político, o Bradesco segue otimista com as ações brasileiras, devido ao ciclo de queda dos juros e considerando a expectativa de que o Congresso vai aprovar medidas de ajuste macroeconômico, além da aceleração esperada do PIB. O risco para esse cenário é uma mudança política em 2019 que mude a linha da política econômica e deixe de lado as reformas estruturais e o ajuste fiscal. Sobre a estratégia na bolsa, o Bradesco prefere as ações ligadas à economia doméstica, sensíveis à queda dos juros, de empresas que se beneficiam de melhorias regulatórias, como infraestrutura, e empresas com boa capacidade de execução. Empresas endividadas, mas com sinais de recuperação com a queda dos juros, também são alternativas, diz o banco em relatório.

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