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Pre-market: Semana começa em ritmo lento

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Os próximos dias prometem ser intensos para os mercados financeiros, diante dos eventos políticos e econômicos que estão por vir no Brasil e no exterior, seja em termos de decisão sobre taxas de juros, seja por causa de denúncia por organização criminosa. Mas a segunda-feira ainda começa em ritmo lento e os investidores aproveitam a agenda esvaziada do dia para recuperar o fôlego, o que deve inibir novos ralis – por ora.

Nesta manhã, os índices futuros das bolsas de Nova York estão em alta e o dólar sustenta os ganhos recentes, em meio à expectativa pela definição de que será o presidente do Federal Reserve em 2018. O presidente norte-americano Donald Trump estaria dividido entre a atual comandante, Janet Yellen, o economista John Taylor e o diretor do Fed Jerome Powell. Mas não se sabe exatamente quais critérios Trump usará para julgar os candidatos.

Se pesar mais a questão da desregulamentação financeira do que a da alta de juros, ganham força os concorrentes com viés mais duro (“hawkish”), como Taylor. Ao mesmo tempo, o presidente norte-americano pode escolher um nome de perfil mais suave (“dovish”), como Powell, sinalizando uma continuidade no processo de normalização do custo de empréstimo.

Nesse ambiente, os investidores estão certos em permanecer relativamente cautelosos. Até porque a proposta de corte de impostos para empresas e famílias nos Estados Unidos, que vem ganhando força, traz um risco inflacionário e ameaça intensificar o ritmo gradual de aperto monetário. Logo cedo, o rendimento (yield) dos títulos de 10 anos do  país estavam de lado, em 2,38%.

Na Ásia e na Europa, são os desdobramentos políticos que chamam atenção, após a Espanha anunciar medidas contra a região independência da Catalunha e diante da vitória do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, nas eleições, que garantiu um terceiro mandato. A Bolsa de Tóquio subiu mais de 1% e alcançou o maior nível desde 1996, com a vantagem no pleito abrindo caminho para uma reforma na Constituição.

Nas demais praças asiáticas, o comportamento foi lateral, com viés negativo. No Velho Continente, os separatistas reúnem-se em Barcelona para formular uma resposta, após o primeiro-ministro Mariano Rajoy anunciar no sábado medidas a fim de manter o controle sobre a região. A Bolsa de Madri caía cerca de 0,5% nesta manhã, contaminando o desempenho dos demais índices acionários e impactando também o euro.

Já o petróleo avança e é negociado perto do maior nível desde abril, após o cartel de países produtores e exportadores (Opep) conseguir cumprir as metas de corte de produção, definidas em setembro. O barril do WTI é cotado acima de US$ 52.

O calendário desta segunda-feira está fraco e traz apenas, por aqui, a Pesquisa Focus (8h25) e os dados semanais da balança comercial (15h), além da confiança do consumidor na zona do euro em outubro. Mas a região da moeda única está mesmo à espera da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. Amanhã, saem dados de atividade nos setores industrial e de serviços do bloco.

Também é destaque lá fora a primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) nos Estados Unidos no terceiro trimestres deste ano, na sexta-feira. Antes, saem indicadores do setor imobiliário e sobre as encomendas de bens duráveis. Na Ásia, serão conhecidos dados de inflação e atividade no Japão.

No Brasil, as atenções se dividem entre a decisão de juros e a votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, ambos na quarta-feira. Para o encontro deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom), estão consolidadas as apostas de desaceleração no ritmo de cortes na taxa Selic para 0,75 ponto, depois da indicação na reunião anterior, de que seria adequada uma redução moderada, após cinco quedas seguidas de 1 ponto.

Diante desse consenso, o foco dos investidores vai para o comunicado que acompanhará o anúncio da decisão, em busca de novas pistas sobre o passo a ser adotado no último encontro de 2017. Seja qual for o tamanho do corte em dezembro, o governo deve encerrar o ano com a marca emblemática de um novo piso recorde dos juros básicos, inferior à taxa de 7,25% registrada entre 2012 e 2013.

Trata-se de mais uma importante conquista de Temer no plano econômico, mas a dúvida é se o presidente terá força política para colocar a reforma da Previdência na pauta do Congresso. O placar da votação na Câmara servirá de termômetro, mas já há sinais de que nem mesmo os parlamentares que votarem pelo arquivamento da denúncia irão se comprometer com mais uma votação tão impopular, diante da proximidade das eleições.

Por isso, a votação da segunda denúncia de Temer será central para medir o apoio à Previdência. Se os votos contra ele forem superiores a 230, será um mal sinal. Até porque a janela para o governo Temer aprovar as novas regras para a aposentadoria está se fechando com o fim do ano e seria importante passar alguma medida – ainda que desidratada.

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