ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for alerts Cadastre-se para alertas em tempo real, use o simulador personalizado e observe os movimentos do mercado.

Inflação oficial, IPCA sobe 0,42% em outubro e 2,21% no ano, menor variação desde 1998

LinkedIn

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, subiu em outubro 0,42%, ficando 0,26 ponto percentual acima do 0,16% de setembro. Apesar da aceleração sobre o mês anterior, o número fechou ligeiramente abaixo do 0,47% da mediana das estimativas dos analistas. Em outubro de 2016, o IPCA havia registrado variação de 0,26%. Energia elétrica e gás pressionaram a inflação em outubro, enquanto alimentos continuaram puxando o índice para baixo.

Nos dez meses do anos, a alta acumulada é de 2,21%, a menor para o período desde os 1,44% de outubro de 1998. O resultado é 3,57 pontos percentuais inferior à alta acumulada (5,78%) de janeiro a outubro do ano passado.

Os dados relativos à inflação oficial foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação acumulada pelo IPCA nos últimos 12 meses ficou em 2,7%, resultado superior aos 2,54% registrados nos 12 meses encerrados em setembro. A variação em 12 meses está abaixo do piso da meta de inflação do Banco Central (BC), de 3%, e da meta em si, de 4,5%, o que mostra que há espaço para o BC continuar reduzindo os juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro. Hoje a taxa básica Selic está em 7,5% ao ano e a estimativa do mercado é que ela caia para 7%.

Energia puxa e alimentos seguram

Segundo o IBGE, a aceleração entre setembro e outubro é decorrente do custo da energia elétrica, que subiu, em média, 3,28% no mês, em razão da adoção da bandeira vermelha por parte do governo federal. Também o aumento do gás de cozinha ajudou a puxar a inflação. Já os alimentos seguem favorecendo a inflação baixa, com a sexta queda mensal consecutiva, o que não acontecia desde 1997.

Em outubro, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, somente Alimentação e Bebidas (-0,05%) e Artigos de residência (-0,39%) apresentaram sinal negativo. Nos demais, destaca-se o grupo Habitação, com 1,33% de variação e 0,21 p.p. de impacto no índice do mês.

Alimentos caem por seis meses pela 1ª vez desde 1997

Pelo sexto mês consecutivo, o grupo dos alimentos apresentou queda (-0,05%), porém bem menos intensa do que a registrada em setembro (-0,41%). Essa sequência de variações negativas só havia sido vista no período de abril a setembro de 1997, diz o IBGE. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada do grupo é de -2,14%. No ano, a queda está em -2,02% sendo que, dos dez meses já transcorridos, sete apresentaram variação negativa. O acumulado no ano é o menor registrado para o período desde a implantação do Plano Real em 1994.

Os alimentos para consumo em casa passaram de -0,74% em setembro para -0,17% em outubro, com destaque para a batata-inglesa (que passou de -8,06% em setembro para 25,65% em outubro) e o tomate (de -11,01% em setembro para 4,88% em outubro). Por outro lado, vieram em queda: o feijão-mulatinho (-18,41%), o alho (-7,69%), o feijão-carioca(-3,29%), o açúcar cristal (-3,05%), o leite longa vida (-2,99%) e o arroz        (-1,14%). As regiões pesquisadas apresentaram variação entre -1,08%, em Recife, e 0,61%, em Curitiba.

Já a alimentação fora apresentou alta de 0,16%, com as regiões pesquisadas indo de -1,46%, no Rio de Janeiro, até 2,55%, em Belém.

No grupo Artigos de residência, a queda de 0,39% foi impulsionada, principalmente, pelos eletrodomésticos (-1,10%).

Metade da alta veio de energia elétrica

Pelo lado das altas, o grupo Habitação, com variação de 1,33% e impacto de 0,21 p.p., dominou o IPCA do mês, sendo responsável por metade dele. Isso por conta da energia elétrica, em média 3,28% mais cara. A partir de 1º de outubro, entrou em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, representando uma cobrança adicional de R$ 3,50 a cada 100 Kwh consumidos. Em setembro, a bandeira tarifária vigente era a amarela, incidindo um adicional de R$ 2,00 a cada 100 Kwh consumidos.

Nas regiões pesquisadas, o item variou de -2,27%, em Vitória, até 18,77%, em Goiânia. Nesta, além do reajuste médio de 15,70% no valor das tarifas (a partir de 22 de outubro), houve aumento na alíquota do PIS/COFINS. Já em Vitória, a queda foi em função da redução da alíquota do imposto. Cabe também destacar os reajustes médios de 6,84% em Brasília(em vigor desde 22 de outubro) e de 22,59% em uma das empresas pesquisadas em São Paulo a partir de 23 de outubro.

Gás também ajudou

Ainda no grupo Habitação, o gás de botijão registrou variação de 4,49%, reflexo do reajuste médio, nas refinarias, de 12,90% no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13 quilos, em vigor desde 11 de outubro.

Registre-se, também, a variação de 4,71% no gás encanado em Curitiba. Tal variação reflete o reajuste de 5,19% em vigor desde 1º de outubro.

Vitória tem deflação e Goiânia lidera a inflação

Por região, os resultados ficaram entre -0,10%, registrado em Vitória, e 1,52%, em Goiânia. Nesta, o aumento foi impulsionado pela energia elétrica (18,77%) e pelos combustíveis (7,75%), com destaque para o preço da gasolina, em média 7,87% mais cara. Em Vitória, o movimento foi inverso, com a energia elétrica em queda de 2,27%, e a gasolina registrando redução de 1,22%.

IPCA – Variação e Impacto por Grupos – Mensal
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Setembro Outubro Setembro Outubro
Índice Geral 0,16 0,42 0,16 0,42
Alimentação e Bebidas -0,41 -0,05 -0,10 -0,01
Habitação -0,12 1,33 -0,02 0,21
Artigos de Residência 0,13 -0,39 0,00 -0,02
Vestuário 0,28 0,71 0,02 0,04
Transportes 0,79 0,49 0,14 0,09
Saúde e Cuidados Pessoais 0,32 0,52 0,04 0,06
Despesas Pessoais 0,56 0,32 0,06 0,04
Educação 0,04 0,06 0,00 0,00
Comunicação 0,50 0,40 0,02 0,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preço

Vitória tem deflação e Goiânia lidera a inflação

Por região, os resultados ficaram entre -0,10%, registrado em Vitória, e 1,52%, em Goiânia. Nesta, o aumento foi impulsionado pela energia elétrica (18,77%) e pelos combustíveis (7,75%), com destaque para o preço da gasolina, em média 7,87% mais cara. Em Vitória, o movimento foi inverso, com a energia elétrica em queda de 2,27%, e a gasolina registrando redução de 1,22%.

IPCA – Variação por Regiões – Mensal, Acumulado no ano e 12 meses
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Setembro Outubro Ano 12 meses
Goiânia 3,59 0,04 1,52 2,28 2,01
Curitiba 7,79 0,14 0,71 2,99 3,30
São Paulo 30,67 0,19 0,50 2,40 3,02
Brasília 2,80 0,22 0,48 2,68 4,12
Salvador 7,35 0,24 0,46 2,30 2,58
Fortaleza 3,49 0,16 0,41 1,89 2,63
Belo Horizonte 10,86 0,24 0,34 1,78 2,19
Porto Alegre 8,40 0,07 0,32 1,68 2,01
Campo Grande 1,51 0,33 0,32 1,45 2,60
Belém 4,65 0,33 0,31 1,26 1,32
Recife 5,05 -0,26 0,13 2,60 3,67
Rio de Janeiro 12,06 0,13 0,10 2,21 2,51
Vitória 1,78 0,54 -0,10 2,17 3,12
Brasil 100,00 0,16 0,42 2,21 2,70
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O IPCA calcula a inflação para famílias com renda até 40 salários mínimos, com preços coletados de 1º a 30 ou 31 do mês de referência.

Com informações da Agência Brasil.

 

Deixe um comentário