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Varejistas esperam aumento de 0,8% nas vendas de fim de ano, mas só 15% devem contratar temporários

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Apesar da melhora gradual nos indicadores econômicos mais recentes, o comércio brasileiro não tem grandes expectativas para este fim de ano. Pesquisa feita com empresários do varejo em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 39% dos comerciantes estimam vendas melhores, uma alta de 16 pontos percentuais frente à sondagem de 2016. Mas para um terço (33%) as vendas se manterão estáveis e 22% esperam vendas piores que em 2016.

Estimativa é vender 0,8% a mais que no ano passado

Segundo Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC-Brasil, a expectativa dos comerciantes para o volume de vendas apresenta leve melhora, de 0,8%, frente ao faturamento do mesmo período do ano passado. “Na sondagem de 2016, nesta mesma época, os varejistas aguardavam uma queda de -1,8% no faturamento”, destaca, mas completa: “Vemos que existe maior confiança dos comerciantes, mas isso não se reflete na intenção de contratações.”

Apenas 15% pretendem contratar mão de obra extra

O levantamento também investigou a intenção de contratar mão de obra para as festas de Natal e Réveillon. O resultado é que apenas 15% dos comerciantes já contrataram ou irão contratar pessoal extra para reforçar o quadro de trabalhadores nesse período – sejam temporários, informais, efetivos ou terceirizados.
Em números absolutos, destacam os coordenadores do estudo, isso significa que pouco mais de 32,2 mil vagas devem ser criadas neste trimestre. Para 79% desses comerciantes, o principal motivo das contratações é suprir a demanda aquecida no período do Natal. Os que não devem contratar somam 81% da amostra.

Quase metade não vê necessidade de reforço das equipes

De acordo com a pesquisa, as principais razões para não contratar funcionários são a falta de necessidade (49%), casos em que o comerciante está satisfeito com a capacidade de atendimento da sua equipe. Para outros 18%, a percepção é de que o movimento no fim de ano não deve se alterar, enquanto 10% declaram falta de verba para realizar contratações. Entre os que não vão contratar, 50% não devem alterar a jornada de trabalho da equipe, mas 13% pagarão horas extras.

48% dos consultados vai contratar com carteira assinada

Entre aqueles que vão reforçar o quadro de pessoal, a média será de duas contratações nesse período de fim de ano. A maior parte desses empresários (48%) irá recorrer a contratações formais, com carteira assinada, o que significa aumento de oito pontos percentuais frente o ano passado. Outros 8% pretendem terceirizar o trabalho extra, e 35% vão contratar de maneira informal.

Média salarial é de R$ 1,4 mil e 29% pretendem efetivar trabalhadores

Os consultados informam que a principal razão para contratar funcionários sem carteira assinada é que a formalização inviabilizaria o emprego de mão de obra para uma situação específica (38%). Outros 27% querem cortar despesas com folhas de pagamento. Entre os que vão contratar, 44% solicitam experiência prévia. A remuneração média informada pelos entrevistados é de R$ 1,4 mil e 29% devem efetivar temporários.

Experiência pesa mais que formação

Marcela Kawauti destaca ainda que, segundo a sondagem, o fato de ter experiência pesa mais do que a formação técnica na área em que o trabalhador busca uma oportunidade. Quatro em cada dez (44%) comerciantes consultados solicitam funcionários que tenham experiência anterior na área. Apenas 2% exigem que o candidato tenha feito algum curso profissionalizante. “Trata-se de uma oportunidade interessante não apenas para quem precisa ganhar um extra, mas para os que buscam possibilidades de se colocar no mercado, principalmente jovens”, destaca a economista.

Busca maior é por pessoas jovens, com ensino médio completo ou não

O levantamento mostra que 55% dos empresários entrevistados procuram para preencher estas vagas profissionais que tenham até 34 anos de idade e 44% esperam que o novo funcionário tenha pelo menos o ensino médio completo. Há também uma preferência por mulheres (52%) em detrimento de homens (17%). Para 27% dos consultados, o gênero pouco importa na hora da contratação.

Oportunidade para vendedores, balconistas e ajudantes de estoque

Quanto aos cargos em oferta, 51% serão preenchidos por vendedores, 15% por balconistas, 15% por ajudantes de estoque, serviços gerais e balconistas e 11% por caixas-registradoras. A jornada de trabalho deve ser de pelo menos oito horas, de acordo com 91% desses empresários.

Mais da metade das contratações seria feita até outubro

Mais da metade (54%) dos comerciantes consultados afirmou que faria as contratações até o último mês de outubro, mas 21% deixariam para preencher as vagas ainda neste mês de novembro e outros 17% em dezembro. Em média, as contratações do final do ano terão durabilidade de três meses e meio.
Foram ouvidos na pesquisa 1.168 empresários de serviços e comércio varejista, de todos os portes, localizados nas capitais e interior do país. A margem de erro é de 3,0 pontos percentuais, com um intervalo de confiança de 95%.

Endividamento pesa na decisão de contratar

A situação de inadimplência, sobretudo das empresas de menor porte, é outro fator que inibe a contratação de mão de obra temporária, segundo a economista Marcela Kawauti.
De acordo com levantamento da Serasa Experian, em agosto de 2017, perto de 4,8 milhões de micro e pequenas empresas brasileiras estavam no vermelho, 13,2% a mais que o registrado no mesmo mês de 2016, sendo a maior quantidade já registrada desde março de 2016, quando a pesquisa começou a ser feita http://www.arenadopavini.com.br/acoes-na-arena/pais-tem-48-milhoes-de-micro-e-pequenas-empresas-inadimplentes-diz-serasa .

A economista lembra que para poder contratar é importante que as empresas não apenas analisem as expectativas da economia e de demanda, mas também que tenham seus balanços limpos, no azul. “Mas o que percebemos é que boa parte delas, principalmente as de menor porte, estão bastante endividadas, muitas vezes tendo recorrido a créditos inadequados como cheque especial ou cartão de crédito, o que também acaba se refletindo em retração das intenções de contratação”, conclui.

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