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Varejo, comércio e serviços ainda têm 115 mil vagas temporárias; dicas ajudam a conquistar uma delas

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Ainda há tempo para tentar conseguir uma vaga temporária neste fim de ano, principalmente no comércio, setor que concentra mais da metade das ofertas desse tipo de trabalho. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que prevê um Natal pelo menos 5% melhor que o de 2016 em vendas, estima aumento de 5% a 10% na contratação de temporários em dezembro sobre igual período do ano passado. Pesquisa da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) aponta para abertura de 115 mil vagas (comércio, indústria e serviços) em todo o país somente em dezembro, alta de 5,5% sobre igual período do ano anterior, quando foram contratadas 109 mil pessoas.

Foco em supermercados, shoppings, lojas de roupas e calçados

Entre as empresas que ainda têm ofertas no comércio estão principalmente supermercados, shoppings, lojas de roupas e calçados, enquanto na indústria a demanda está mais concentrada em segmentos de alimentos, bebidas, vestuário e brinquedos.

De acordo com a Asserttem, no acumulado dos quatro meses que antecedem o Natal (setembro a dezembro), o total de temporários demandados chegou a 374 mil no país, sendo perto de dois terços dessa demanda no Estado de São Paulo.

Mais de 77 mil oportunidades no Estado de São Paulo

Das 115 mil vagas ainda previstas para dezembro nos principais segmentos de atividade, mais da metade (77,9 mil) estão em São Paulo.

Primeiro emprego e possibilidade de 6 mil efetivações

Perto de 20% destas vagas no país deverão ser para jovens na situação de primeiro emprego, ou seja, 23 mil, e 5%, ou quase 6 mil, poderão se tornar efetivas, segundo o diretor da Asserttem Cristian Giuriato.

“Isso deve ocorrer porque as empresas, devido ao cenário econômico, tiveram que reduzir o quadro de funcionários; com a tímida recuperação do mercado, os empresários devem buscar no trabalho temporário alternativa flexível para atender esta demanda sazonal”, analisa o executivo.

Novas regras e melhora gradual na economia estimulam contratações

Regulado pela Lei Federal 6.019/74, o trabalho temporário tem no fim de ano um momento muito esperado, tanto no comércio quanto na indústria, já que o número de contratações para atender a maior demanda sempre aumenta. Giuriato afirma que este ano também ajudaram a melhorar as expectativas alterações feitas na lei. Ele explica que não se trata de efeito das mudanças trazidas pela recém-aprovada reforma trabalhista, mas pela Lei 13.429, sancionada em 31 de março de 2017, principalmente a regra que ampliou o contrato temporário de até 90 para até 180 dias.

Comércio ainda tem oferta de 63 mil postos no país

A estimativa da Asserttem para contratações para o comércio em dezembro é de 55% do total da oferta, o que representa perto de 63 mil trabalhadores no país.

Os maiores empregadores do varejo, diz Giuriato, são shoppings, supermercados e comércio de rua, que buscam pessoas para funções como atendente, assistente de crédito, embalador e estoquista, etiquetador, caixa, fiscal de loja, promotor de vendas, repositor e vendedor, entre outras. A idade procurada varia de 18 a 45 anos e a escolaridade desejável é ensino médio completo.

Indústrias de alimentos, bebidas, vestuário e brinquedos poderão contratar 41 mil

No segmento industrial, a expectativa de vagas fica em torno de 36% do total (41 mil trabalhadores). As principais empregadoras são empresas de bens de consumo como alimentos, papel, bebidas, brinquedos e vestuário.

Elas procuram pessoas para preencher principalmente funções como auxiliar administrativo, assistente financeiro, auxiliar de produção, auxiliar serviços gerais, estoquista, motorista, operador de empilhadeira e operador de máquinas. Geralmente, exigem ensino médio completo, dando preferência para a qualificação técnica em automação industrial, eletrotécnica, mecatrônica, química, informática, segurança do trabalho, administração e/ou cursos para funções específicas.

Já para a área de serviços, a previsão da Asserttem é de uma fatia menor, de 9% das contratações ( 10,3 mil trabalhadores).

Remuneração entre R$ 1,2 mil e R$ 1,35 mil

A remuneração mensal, de acordo com Giuriato, fica entre R$ 1.200,00 e R$ 1.350,00, mais benefícios como vale-transporte e vale-refeição. A entidade não informa os valores médios dos salários pagos no ano anterior. A avaliação do economista da Fecomercio-SP, Jaime Vasconcellos, é que assim como tem ocorrido em outros tipos de contratação, a crise dos últimos anos ainda deve se refletir em remuneração ligeiramente menor para os temporários neste ano, mas, se confirmado aquecimento das vendas, “isso poderá ser compensado por ganhos em comissão”.

Natal promete ser o melhor dos últimos três anos, mas não recupera perdas

Na avaliação da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que prevê aumento de 5% a 10% nas contratações temporárias entre novembro e dezembro deste ano sobre igual período do ano passado, o principal fator de impulso é a melhora gradual na economia, na confiança do consumidor e nas vendas.

“Esperamos um Natal positivo e isso se confirmou com as boas vendas do Dia das Crianças, que puxou alta de 6,6% no movimento de outubro sobre igual período de 2016”, explica o economista da entidade Emílio Alfieri. “Mas mesmo que esperemos o melhor Natal dos últimos três anos, ainda demoraremos de dois a três anos para ter vendas como as de antigamente, anteriores à crise”, completa.

“Os varejistas têm trabalhado ‘just in time’, acompanhando momento a momento a demanda, pois o cenário ainda é de fragilidade na economia e na política”, analisa o economista, lembrando as dificuldades para aprovação da reforma da Previdência e incertezas com as eleições de 2018.

Já as novidades da reforma trabalhista, como possibilidade de trabalho intermitente e por tempo parcial, regulamentação do home office e outras, explica Alfieri, também poderão ter reflexos positivos na medida em que reduzem custos para o empregador, mas não antes de 2018. “Os resultados práticos disto só devem ser sentidos mais fortemente conforme a reforma se consolide”, destaca.

Comércio paulista: oferta de mais de 25 mil vagas 

Segundo a FecomercioSP, o comércio varejista deve recuperar vagas formais e, neste fim de ano, a estimativa para a contratação de temporários no Estado é de 25 mil posições, ante 19 mil em igual período de 2016.

A previsão de Vasconcellos é que vestuário, tecidos, calçados e acessórios concentrem metade dessas vagas; supermercados, outros 25%, e o restante delas sejam oferecidas em lojas de eletrodomésticos, eletrônicos, lojas de departamentos, casas de móveis e decoração, farmácias e perfumarias. Alfieri, da ACSP, lembra que também o segmento de turismo, que vem reagindo com o pagamento da primeira parcela do 13º salário, poderá precisar de mão de obra extra em estabelecimentos como hotéis, pousadas e restaurantes.

Direitos são garantidos por legislação específica

Segundo a Asserttem, o trabalhador temporário tem garantidos quase todos os direitos trabalhistas de um efetivo, com exceção do aviso prévio, multa do FGTS e seguro desemprego, justamente por se tratar de uma contratação transitória.

Segundo a Lei 6019/74, Artigo 12º, ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente; b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 50%; c) férias proporcionais; d) 13º salário proporcional; e) repouso semanal remunerado; f) adicional por trabalho noturno; g) FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (8%); h) seguro contra acidente do trabalho; i) proteção previdenciária; j) registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social do trabalhador na condição de temporário.

A legislação determina ainda que a contratação temporária somente pode ser feita por meio de uma Agência de Empregos (APTT – Agência Privada de Trabalho Temporário), devidamente autorizada pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, e nunca diretamente com o trabalhador. A Carteira de Trabalho receberá, na parte de Anotações Gerais, a anotação da sua condição de Trabalhador Temporário, para fins previdenciários, e isso nunca deverá ser feito na parte de registros.

Dicas ajudam a se preparar e evitar dor de cabeça

O diretor da Asserttem Cristian Giuriato dá ainda algumas orientações práticas para quem está disposto a buscar uma das vagas oferecidas pelo mercado. Confira:

– Procurar por vagas que se encaixem no seu perfil
– Elaborar um currículo objetivo;
– Preparar-se para as entrevistas, com atenção especial para documentos e aspectos como postura e vestimenta;
– Ser comprometido, pontual, atencioso, saber trabalhar em equipe. Isso ajudará a ter mais possibilidades de sucesso, caso a vaga temporária venha a se tornar efetiva;
– Procurar as agências de trabalho temporário devidamente registradas no Ministério do Trabalho, para garantir que a contratação siga a forma correta estabelecida na Lei 6.019/74. O interessado pode acessar o site da Associação www.asserttem.org.br para verificar as agências que são devidamente cadastradas e associadas.

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