Em 2017, a indústria automotiva foi impulsionada pelas exportações, que tiveram alta de 53,2% nos primeiros 11 meses do ano. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de veículos Automotores (ANFAVEA), a produção cresceu 26,6% e as vendas subiram 9,8%, no acumulado até novembro.
Para este ano, o aumento das vendas no exterior deve ser acompanhado pelo crescimento da demanda doméstica. A melhora na confiança de empresários e consumidores, assim como a retomada do mercado de trabalho e a facilidade de crédito causados pela baixa nos juros, devem servir como base para o fortalecimento do setor.
A expectativa é que a produção total suba 15,3% em 2018, com alta de 29,1% na fabricação de caminhões e de 18,7% na de ônibus. As vendas devem subir quase 16%, enquanto as exportações poderão avançar quase 8%. O sindicato nacional da indústria de componentes (SINDPEÇAS) também aponta um faturamento de até US$ 25,1 bilhões, alta de quase 5%. Por outro lado, as importações no segmento devem causar um déficit de US$ 7,6 bilhões.
Há também o programa do governo Rota 2030, que substituirá o Inovar-Auto, deve criar incentivos para preparar carros nacionais para competir em escala global. A ideia é relacionar o nível de poluição com o Imposto sobre produtos Industrializados (taxa do IPI), para melhorar a eficiência energética até 2033. Porém, a proposta deve deixar de recolher R$ 1,5 bilhão de impostos por ano, o que está dificultando as negociações com o Ministério da Fazenda, por causa da situação fiscal delicada do país.
*As projeções dos relatórios foram feitas pela Tendência Consultoria