Mesmo que as companhias procuram outras fontes de financiamento a longo prazo, após a pausa nos desembolsos do BNDES, as debêntures aparecem como uma das promessas para este ano. Por oferecer mais ofertas, a estimativa é que os investidores consigam um bom reembolso.
Debêntures, Títulos de rendas fixas são modelos que as companhias adotam para arrecadar recursos no mercado. Há pouco tempo, as empresas encontravam taxas bem atrativas oferecidas no BNDES, mas com o alto custo de capital de giro cobrado pelos bancos, alguns especialistas cogitam que as debêntures possam oferecer um peso maior – como oportunidade para quem deseja investir em diversos setores.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima), em 2017, as emissões de debêntures atingiram R$ 88,2 milhões – um aumento de 45% em comparação a 2016. No total, 10% foram debêntures incentivadas por cobrirem projetos de infraestrutura, ficaram isentas do Imposto de Renda.
A gerente de Representação Institucional da Anbima, Érika Lacreta, conta que o retorno desses títulos está atrelado ao risco, ao prazo de vencimento e ás garantias oferecidas pelas companhias. Entretanto, a alta na quantidade de emissores deve trazer concorrência, obrigando as empresas à pagarem juros absurdos. Em 2017, a remuneração média de debêntures foi de 106,4% do CDI, mas alguns desses títulos disponibilizaram lucro de 150% da taxa.
Marcio Cardoso, presidente da Easynvest, explica que o investidor terá que ser cauteloso. A plataforma começou a oferecer debêntures em 2016, quando as aplicações foram de R$ 350 milhões.
*Com informações do Estadão