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Juro real de títulos do governo cai abaixo de 5% ao ano com Efeito Lula; NTN-B terá ganhos

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Não foi só a bolsa de valores que reagiu à expectativa de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ficar fora da corrida presidencial este ano. Também os juros dos papéis do governo sofreram o impacto de um cenário de continuidade das reformas fiscal e da Previdência. Os juros reais das Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B) longas caíram, de 5,19% na quarta-feira pela manhã para 4,99% ao ano mais IPCA, tanto no vencimento 2035 quando para o 2045. Já a NTN-B mais curta, para 2024, teve seu juro real reduzido de 4,86% ao ano para 4,66%. A queda, de 0,20 ponto percentual, parece pequena, mas quando aplicada a um papel de 10, 20 anos e trazida a valor presente, traz um ganho expressivo para o investidor.

Também os papéis prefixados, as Letras do Tesouro Nacional (LTN), ou Tesouro Prefixado, apresentaram queda nas taxas. O papel para 2023, que pagava 9,67% na quarta-feira pela manhã, hoje tinha taxa de 9,37%, uma queda também expressiva de 0,30 ponto percentual.

Ganhos para Tesouro Direto, fundos de renda fixa e multimercados

Assim, a queda dos juros deverá beneficiar fundos de renda fixa, especialmente os de longo prazo, ou “duração alta”, e multimercados e investidores do Tesouro Direto que compraram NTN-B e LTN nas últimas semanas. Quando o juro cai, o preço do papel antigo, que paga juros maiores, sobe para se ajustar às novas taxas. E as quedas podem continuar, afirma Joaquim Kokudai, da gestora JPP Capital. “Se se confirmar o cenário que está sendo traçado pelo mercado para a economia brasileira, acho que é só o começo da alta da bolsa e da queda para os juros das NTN-B longas”, afirma o gestor. “Eu na verdade não entendo por que demorou tanto tempo, já que na época da Dilma (Rousseff, ex-presidente), o mercado comprou a convergência dos juros, e ela fazia tudo errado”, lembra. “Agora que o país está no caminho certo em política econômica, o movimento deveria ser mais forte.”

Kokudai lembra, porém, que o cenário está longe de estar definido. “Sempre vale ressaltar que temos o risco das eleições”, diz. A condenação do ex-presidente Lula ainda será alvo de muitos recursos e não há a garantia de que o próximo presidente eleito vai conseguir levar adiante as reformas que o mercado tanto deseja para o país retomar o crescimento sustentável. Caso isso se confirme, porém, os juros das NTN-B longas pode cair para perto de 4% ao ano.

 

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