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Moody's: Discussão sobre regra de ouro deve pesar sobre nota de crédito do Brasil

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A agência de classificação de risco, Moody’s, ressaltou que a busca do presidente Michel Temer em fazer ajustes na regra do ouro das contas públicas já seriam suficiente para engatar na decisão sobre a nota do rating do país.

De acordo com a agência, o governo deve ultrapassar a regra no próximo ano, devido aos debates públicos dos últimos dias.

A norma descrita na Constituição de 1988, proíbe o Executivo a liquidar dívidas para financiar gastos, como salários, aposentadorias e manutenção de máquina pública.

Com o cenário negativo o governo pretende dar atenção á negociação da reforma da Previdência, e deve debater no momento mais adequado as mudanças na regra do ouro, segundo o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Em comunicado, a agência anunciou que o governo solicitará uma licença para não cumprir a regra de ouro.

Para a Moody’s o fracasso em controlar gastos obrigatórios cresceu, e fazerá com que o governo neste ou no próximo ano, comece a emprestar para financiar gastos correntes, fazendo com que o crédito fique no vermelho.

Ainda na semana anterior, a Standard&Poor’s rebaixou a nota de credito soberano do país de BB para BB-, após a prorrogação da votação da reforma da Previdência, que o governo organizou na Câmara no mês passado, porém foi possível dar continuidade, devido ao quorúm insuficiente.

No próximo ano, há descolamento de 150 a 200 bilhões em relação á regra do ouro das contas públicas e o governo não declarou como eliminaria o problema no Orçamento do ano que vem.

Para a Moody’s, a reforma da Previdência pode ser uma oportunidade para o crédito do país,  por que os gastos obrigatórios, excetuados juros, devem continuar a crescer e acabar pendentes, sem a reforma.

*Com informações da Reuters

 

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