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Pesquisa mostra que 45% dos brasileiros não controlam orçamento; aplicativo dá orientação financeira

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Pesquisa realizada junto a consumidores de ambos os sexos e todas as classes sociais nas 27 capitais do país mostra que lidar com o orçamento doméstico ainda é um grande desafio para os brasileiros. O estudo, elaborado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), indica que quase metade das pessoas (45%) não controla as próprias finanças. Uma fatia de 31% é insegura para lidar com dinheiro e 34% deixam de cuidar das finanças por indisciplina.

“Foco e esforço são essenciais para se alcançar uma vida financeira equilibrada”, destaca a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Mas, mesmo tendo a poupança como um objetivo importante, em vez juntar dinheiro e comprar à vista, a pesquisa mostra que 45% dos consultados optam por parcelar compras e 57% não planejam os gastos do mês com antecedência.

Descontrole sobe para 48% nas classes C/D/E e para 51% entre os homens

A economista explica que 45% dos brasileiros admitem não fazer um controle efetivo do próprio orçamento, percentual que sobe para 48% entre as pessoas das classes C/D/E e para 51% entre os homens. Entre os que fazem uma administração precária do orçamento, 21% confiam na própria memória para gerir os recursos financeiros.

Já os que fazem um controle de fato do orçamento somam 55% dos consumidores, sendo o caderno de anotações (28%), a planilha em Excel (18%) e aplicativos no celular (9%) as práticas mais adotadas. Kawauti afirma que não importa a ferramenta utilizada para anotar os gastos, mas reforça que o método precisa ser organizado. Algumas pessoas, destaca, têm facilidade com planilhas ou aplicativos, outras preferem o velho caderninho de anotações. “O importante é anotar e, principalmente, analisar os registros, de forma a identificar onde há sobras e onde o orçamento deve ser ajustado”, aconselha a economista.

SPC Brasil e CVM lançam aplicativo para melhorar finanças pessoais

De olho nessa situação e buscando orientar o brasileiro a melhorar a gestão do seu orçamento, o SPC Brasil, em parceria com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), lançou um aplicativo para celulares e tablets, o “SPC Consumidor”.

A ferramenta ajuda o internauta a fazer um diagnóstico sobre o seu bem-estar financeiro. Após o resultado, o consumidor passa a receber, periodicamente, dicas personalizadas para melhorar o seu desempenho com as finanças. O aplicativo está disponível gratuitamente para celulares Android e iOs.

Maioria dos consumidores se diz ‘autodidata’ no orçamento

Segundo o levantamento, a maior parte dos consumidores brasileiros garante ser autodidata para gerir o próprio dinheiro. Entre aqueles que acreditam ter um bom grau de conhecimento para gerenciar suas finanças pessoais, 45% aprenderam sozinhos, enquanto 34% tiveram ensinamentos desde cedo com a própria família. Os que aprenderam a gerenciar as finanças com o marido ou esposa são 14%, outros 9% fizeram um curso e 6% recorreram a algum especialista.

De modo geral, 51% dos consumidores avaliam ter um grau ótimo ou bom para gerenciar seu dinheiro e 48% consideram esse conhecimento ruim ou regular. Além disso, três em cada dez (31%) brasileiros admitem insegurança para gerenciar o próprio dinheiro, contra 46% que se consideram seguros. Outros 23% mostram-se indiferentes.

Seis em cada dez pessoas que controlam suas finanças acham tarefa difícil 

Mesmo entre os que controlam orçamento, 59% sentem dificuldades na tarefa; falta de disciplina é o maior vilão dos que não têm educação financeira. De acordo com a pesquisa, em cada dez consumidores que controlam seu orçamento, seis (59%) sentem alguma dificuldade ao executar essa tarefa. As principais queixas são a falta de disciplina em anotar os gastos e rendimentos com regularidade (26%); falta de tempo (12%); dificuldade em encontrar um mecanismo simples de controle (11%) e dificuldade em fazer cálculos (5%). Os que não sentem dificuldades somam 41% da amostra.

Falta de disciplina é a principal dificuldade para o brasileiro

A falta de disciplina também é a principal justificativa para aqueles que não controlam o próprio orçamento, com 34% de menções. Outros 15% não veem necessidade em registrar gastos, fazendo as contas apenas de cabeça, enquanto 11% justificam o fato por terem uma renda que varia de um mês para o outro. Há ainda 10% que admitem preguiça e 10% que não sabem como fazer.

92% registram as despesas básicas da casa e 85%, ganhos e rendimentos

Entre os consumidores que fazem um controle adequado do seu orçamento, os gastos de primeira necessidade e de valores mais elevados são os que recebem um tratamento mais cuidadoso. A pesquisa aponta que 92% anotam despesas básicas, como mantimentos, produtos de higiene, mensalidades escolares e contas da casa como água, luz, condomínio e aluguel.

O mesmo percentual (92%) também anota as prestações contraídas no carnê, crediário e cartão de crédito que vencem nos meses seguintes. Outros 85% sempre anotam os rendimentos, como salários, pensões e aposentadorias.

Pequenas despesas e compras não planejadas ficam de lado

Entretanto, o controle dos pequenos gastos cotidianos e compras não planejadas ainda são deixadas de lado por parte expressiva dos entrevistados. O dinheiro que poupam dos salários ou investem (24% que não controlam), gastos esporádicos com lazer e beleza (30% que não controlam) e pequenos gastos do dia a dia, como estacionamento, despesas com taxi e com idas para bares e restaurantes, por exemplo (36% que não controlam), ficaram nos últimos lugares do ranking das principais anotações.

Entre os que controlam, apenas 43% planejam o mês com antecedência

No momento de lidar com o controle dos gastos mensais, os perfis dos brasileiros que controlam seu orçamento se dividem: enquanto 43% planejam o mês com antecedência, anotando os rendimentos e o que esperam gastar, outros 35% preferem anotar os gastos no decorrer do mês, verificando posteriormente como ficou o orçamento. Os que só anotam os gastos depois que o mês termina são 21% da amostra, percentual que sobe para 25% entre os consumidores da classe C.

Dica é planejar desde o início do mês

Orientadores financeiros lembram que anotar as despesas apenas no fim do mês é um grande risco, pois não há um controle real do quanto se gasta. Ou seja, quando chega a hora de fazer as contas, pode ser que o consumidor tenha ultrapassado o limite do orçamento, ficando no vermelho. “Uma boa estratégia para evitar que isso aconteça é reservar uma quantia fixa todo mês para as compras menores e respeitar esse limite”, diz o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, lembrando que, para tanto, é preciso que o planejamento das contas seja feito no início de cada mês.

Sete em cada 10 pechincham, mas 45% preferem parcelar

Ainda de acordo com o levantamento, 84% dos consumidores têm o hábito de fazer pesquisa de preço e 69% costumam pechinchar em busca de valores mais em conta. Mas uma das principais dificuldades do brasileiro é se esforçar para adquirir algum bem a vista: 45% admitem não ter o hábito de juntar dinheiro para realizar uma compra de valor mais elevado à vista, optando na maior parte das vezes pelo parcelamento. A falta de paciência para esperar a quantia ser alcançada (51%) é o principal motivo para quem nunca faz esse esforço.

77% passaram por aperto em 2017 e 40% mudaram hábitos de consumo

A pesquisa mostra que 77% dos brasileiros passaram situação de aperto financeiro em 2017 e 29% fizeram cortes no orçamento, sendo os principais focos gastos em supermercados, lazer, beleza, alimentação fora de casa e pacotes de TV e internet. O percentual dos que tiveram dificuldades cresce para 87% entre os consumidores que têm entre 35 e 49 anos. Dos que vivenciaram essa situação, 40% mudaram hábitos de consumo, passando a comprar coisas mais baratas e fazer pesquisa de preço.

Estratégias diferentes para enfrentar dificuldades e cobrir despesas

O estudo mostra, entre as adequações feitas pelo brasileiro para enfrentar dificuldades, os seguintes itens: parar de comprar roupas e sapatos (20%); sacar dinheiro de uma reserva que possuíam (16%) e reduzir pacotes de TV por assinatura, internet e celular (15%). Entre os que optaram por “uma postura mais arriscada”, segundo os pequisadores, 14% passaram a usar mais o cartão de crédito para cobrir despesas; 14% tomaram dinheiro emprestado a amigos e familiares e 12% recorreram a empréstimos em bancos e financeiras.

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