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A alta dos juros é motivo para preocupação no curto prazo

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Na sexta-feira os mercados derreteram, com o receio de que o banco central dos EUA, o Federal Reserve, assuma uma postura mais agressiva na elevação dos juros básicos. O mercado esperava que ele subisse os juros em 0,75% nesse ano, mas, com a divulgação de dados mais fortes da atividade econômica, disseminou-se o receio de que ele suba mais. Como os juros mais longos estavam bem baixos, desde que os bancos centrais iniciaram seus programas de estímulos, chamados Quantitative Easing, os preços de ações, moedas e títulos estavam bem valorizados em todo o mundo. A perspectiva de uma elevação mais forte disparou um movimento de corrida dos agentes econômicos para a proteção de suas carteiras de investimentos.

Veja o gráfico dos juros dos títulos de dez anos do tesouro dos EUA:

Juros

A média dos juros de dez anos, de 2011 para cá, ficou em 2,15%, com uma máxima de 3,05% e uma mínima de 1,45%. Em todo esse período os agentes econômicos passaram a estimar seus riscos levando em conta a manutenção dos juros muito baixos por muito tempo. Os efeitos dessa percepção são poderosos tanto na definição dos patamares de preços das ações, dos títulos e das moedas, como na mensuração dos riscos percebidos em cada uma dessas posições. As carteiras dos bancos, dos fundos e dos países em títulos dos tesouros são enormes e bastante sensíveis à mudanças de perspectiva na trajetória de seus preços.

Portanto, se o banco central dos EUA sinaliza uma alta dos juros mais forte do que os agentes imaginavam, os preços dos títulos podem mudar e isso impulsiona os gestores a uma corrida para proteger suas posições. A realização dos mercados, iniciada na semana passada, que colimou com a queda de mais de 2% do índice acionário Dow Jones foi motivada por esse “gatilho”. Até que nível as ações vão cair e até que pregão esse movimento continua é difícil responder, mas fastos novos não são esperados na semana. Os balanços corporativos já saíram com vigor e as decisões dos bancos centrais dessa semana (Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Brasil e outros) não devem trazer notícias tão boas que possam reverter uma realização no curto prazo.

O melhor que podemos esperar para os próximos pregões é que a realização siga seu curso normal e termine o mais rápido possível. Com os tamanhos das posições otimistas, quanto mais tempo os mercados ficarem azedos, maiores as quedas.

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