Com juro baixo, poupança é melhor opção para prazos curtos e valores menores, diz especialista

A queda dos juros básicos para 6,75% ao ano torna a caderneta de poupança vantajosa para prazos mais curtos, de até seis meses, em que a alíquota de imposto de renda é maior nos fundos de renda fixa, CDBs e Tesouro Direto. A avaliação é de Mauro Calil, estrategista para pessoas físicas do Banco Ourinvest. “Para esse prazo, a poupança é o melhor destino, imaginando a pessoa que vendeu o carro ou a casa e está negociado comprar outra coisa, é melhor não deixar o dinheiro comprometido, na poupança mesmo”, diz.

A poupança também é uma alternativa para quem tem quantias menores para aplicar em prazos não tão longos. “A poupança voltou a ser interessante, menos pela rentabilidade e mais pela conveniência”, diz. Além disso, com o juro mais baixo, algumas vezes não compensa fazer grandes malabarismos para ganhar alguns reais a mais. “Um casal de baixa renda, que precisa juntar R$ 10 mil para casar daqui a 12 meses, e vai aplicar R$ 5 mil cada, vai ganhar uma diferença tão pequena em outro investimento que não vale tanto a pena cada um abrir uma conta em uma corretora, transferir valores pequenos”, explica Calil. “Às vezes a pessoa ganha R$ 15, R$ 20, o valor de uma sobremesa em um restaurante.”

Já se o valor é maior, R$ 500 mil, e por um prazo maior, aí já começa a ser interessante buscar uma opção à poupança, explica Calil. E aí entra até a aplicação no exterior, lembra. “Com o juro real caindo para 2,5%, e a América Latina sujeita a populismo e movimentos socialistas, estatizantes, por que não investir lá fora, onde os juros estão subindo?”, diz.