Mercados Globais

Dia de queda nas bolsas asiáticas e europeias após a divulgação, surpreendentemente negativa, de alguns indicadores da China e Japão; o que se soma ao peso que o discurso de Powell deixou sob os mercados globais, que agora contemplam uma quarta alta da taxa de juros nos Estados Unidos.

Os mercados se surpreenderam somente no período de perguntas e respostas ao presidente do Fed, que em um tom mais hawkish, se mostrou bastante otimista com o crescimento econômico e com a meta da inflação. Veja as bolsas globais:

Um dos principais motivos para as quedas, como já mencionado, foi o desempenho dos indicadores asiáticos. O Japão registrou sua maior queda da produção industrial desde 2011 (devido ao tsunami, em março), uma variação negativa de 6,6%. As vendas no varejo também caíram, registrando uma queda de 1,8% (três vezes pior do que o esperado). Na China, tanto o PMI industrial como o de serviços decepcionaram. Veja no gráfico abaixo, o efetivo vs expectativa:

Nos Estados Unidos, os futuros registram uma leve alta, exprimindo o sentimento otimista com o crescimento econômico. Lembrando que o PIB americano será divulgado ainda hoje às 10:30.

Brasil

No mercado local, além do resultado da Vale, o destaque fica por conta da PNAD contínua. A taxa de desemprego do Brasil encerrou o trimestre de novembro de 2017 a janeiro de 2018 em 12,2%, o que equivale a 12,7 milhões de desempregados. A taxa de desemprego apresentou uma estabilidade, assim como o rendimento médio real habitual (R$ 2.169). Veja o quadro do IBGE, apresentando taxas anteriores de desemprego:

No mercado abriu em linha com o exterior, e sente ainda a queda da Vale. O resultado da Vale, afetado por ajustes contábeis (ou impairment) e variações cambiais, veio próximo, mas levemente abaixo, das expectativas do mercado.