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Pré-Market: Juros nos EUA e eleições no Brasil mantêm incerteza

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A disposição da Coreia do Norte em encerrar testes balísticos e desativar seu arsenal militar, combinada com a trégua dos Estados Unidos à China sobre as ameaças de uma guerra comercial, até que poderia embalar os mercados financeiros neste início de semana, mas o processo de alta dos títulos norte-americanos (Treasuries) inibe o apetite dos investidores por risco. Com o esfriamento da tensão geopolítica, o temor é de que o papel de 10 anos (T-note) consiga romper o nível psicológico de 3%, trazendo mais aversão aos negócios pelo mundo.

E as Treasuries americanas iniciaram a semana empurrando os rendimentos (yield) para uma taxa mais próxima dessa barreira, com os investidores continuando a avaliar as perspectivas globais de comércio e crescimento, bem com o cenário de inflação nos EUA. Por enquanto, porém, é difícil imaginar um movimento sustentável da T-note acima de 3%.

Ainda assim, as principais bolsas recuam nesta manhã, com a sessão na Europa seguindo o sinal negativo na Ásia e apontado pelos índices futuros das bolsas de Nova York. Já o dólar se fortalece marginalmente em relação às moedas rivais, enquanto o petróleo recua, diante dos sinais do cartel da Opep em rebalancear as condições de oferta. O ouro também cai.

É bom lembrar que rodadas de abertura das taxas de juros nos EUA são seguidas de movimentos de acomodação, trazendo um alívio – passageiro – nos mercados globais e abrindo espaço para alguma nova alocação ao risco. Mas enquanto os negócios com bônus não se estabilizam, esse processo de busca por ativos mais seguros afeta o humor global, diante da percepção de um caminho mais íngreme a ser percorrido pelo Federal Reserve no ciclo de alta da taxa de juros norte-americana.

Ao mesmo tempo, as atenções dos investidores seguem voltadas aos possíveis efeitos dos conflitos comerciais sobre a economia mundial no decorrer deste ano. Afinal, a dinâmica positiva da atividade global nos três primeiros meses de 2018 dá sinais de que não terá continuidade no período à frente, com os indicadores de abril mostrando uma perda de tração.

Os dados de atividade nos setores industrial e de serviços no exterior recheiam o calendário econômico já nesta segunda-feira, com os números dos índices dos gerentes de compras (PMI) na zona do euro e nos Estados Unidos, ao longo da manhã. Também hoje e amanhã saem indicadores do mercado imobiliário norte-americano.

Mas o destaque no exterior fica dividido entre a decisão de política monetária do Banco Central da região da moeda única (BCE), na quinta-feira, e a primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no início deste ano, na sexta-feira. No mesmo dia, sai o sentimento do consumidor na zona do euro em abril.

Já no Brasil, o calendário econômico ganha força no fim da semana. Na quinta-feira, será conhecido o índice de preços ao produtor (IPP) e, no dia seguinte, é a vez da taxa de desemprego no país, ambos referentes a março. Também na sexta-feira, sai o IGP-M deste mês. Ainda são esperados os dados do mês passado sobre a arrecadação federal.

Na safra de balanços, a temporada de resultados das empresas nos três primeiros meses deste ano ganha força e traz como destaques os números dos bancos Santander (amanhã) e Bradesco (quinta-feira), das fabricantes de papel e celulose Fibria (quarta-feira), Klabin e Suzano (ambos na quinta-feira), além da gigante de aeronaves Embraer (sexta-feira).

No cenário político, merece atenção a primeira pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial feita desde a prisão do ex-presidente Lula. O levantamento, realizado desde a sexta-feira passada, deve ser divulgado amanhã, mas o instituto foi a campo apenas no Estado de São Paulo e consultou cerca de 1 mil eleitores, também para os cargos de governador e senador.

Uma nova pesquisa eleitoral, divulgada no último sábado, seguiu sem mostrar mudanças relevantes no quadro e a corrida segue aberta e sem mudanças. Jair Bolsonaro e Joaquim Barbosa se mostram bastante competitivos, seguidos, com menos ímpeto, por Marina Silva, Geraldo Alckmin e Ciro Gomes.

O levantamento, feito pelo DataPoder360 por meio de ligações telefônicas entre 16 e 19 de abril, contou com 2 mil entrevistas em 278 cidades. A pesquisa não considerou Lula entre os presidenciáveis, o que ajuda a manter o cenário indefinido, uma vez que a maioria dos eleitores do ex-presidente ainda aguarda uma posição dele próprio e do  PT para saber em quem votar.

A cúpula do partido discute nos bastidores o que fazer, caso o ex-presidente seja impedido de disputar o pleito em outubro. A estratégia, por ora, é aguardar uma decisão da Justiça Eleitoral, entre agosto e setembro, ao mesmo tempo em que a defesa tenta reverter a prisão do líder petista, mais uma vez no STF, após o STJ enviar o pedido à Suprema Corte do país.

Ao agir desse modo, as forças à esquerda buscam classificar como injusta a prisão de Lula, ao mesmo tempo em que mantém fora da linha de fogo outros prováveis candidatos, deixando-os blindados da artilharia político-judicial dos adversários. Não é, por oras, o momento de falar em plano B, caso o nome do ex-presidente fique mesmo de fora das urnas.

Quando for chegada a hora, a ideia é mostrar o capital político de Lula, seja livre ou atrás das grades, com o PT encabeçando ou não a chapa presidencial. Aí, então, será possível saber se a disputa sem Lula deve ser decidida entre Bolsonaro e Barbosa em um segundo turno, como apontou o DataPoder360. Nesse caso, o jurista venceria o ultraconservador, no único cenário em que o deputado perderia.

No vizinho Paraguai, o conservador Mario Abdo Benítez foi eleito presidente, derrotando o liberal Efrain Alegre, com pouco mais de 46% dos votos válidos, em uma disputa de turno único, que contou com a participação de 65% dos eleitores. Seu oponente, da coalizão de centro-esquerda, recebeu quase 43% da preferência do eleitorado. “Marito”, como é conhecido, é do partido Colorado e seu pai foi braço-direito do ditador Alfredo Stroessner.

Em discurso a apoiadores logo após a vitória, Marito pediu a união dos paraguaios e disse que a eleição foi um exemplo de que as instituições do país estão fortes. Qualquer semelhança não é mera coincidência.

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