Os analistas das corretoras de valores se dividem sobre as ações da Petrobras (BOV:PETR4). Alguns consideram que a empresa vai sofrer com as mudanças na política de preços, mesmo com a promessa do governo de compensar as perdas.
Outros acham que o papel caiu demais e já pode ser uma oportunidade para o investidor. O grande receio é com a eventual saída de Pedro Parente do comando da empresa.Na semana passada, a corretora do Itaú Unibanco (ITUB4) mudou a recomendação para a ação da Petrobras de compra para manter depois de a empresa anunciar a redução de 10% do preço do diesel e seu congelamento por 15 dias. O preço justo do papel preferencial foi revisto de R$ 32, 00 para R$ 27,00.
Hoje, a Guide Investimentos retirou Petrobras PN de sua carteira sugerida para a semana, colocando em seu lugar a ação PNB da Braskem (BRKM3).
Guide troca Petrobras por Braskem
Segundo a Guide Investimentos, a retirada de Petrobras da carteira se justifica pelas incertezas de uma interferência do governo na atual política de preços da estatal, além dos rumores sobre uma eventual saída do presidente da companhia, Pedro Parente. “Tais fatores podem pressionar ainda mais os papéis no curtíssimo prazo”, diz a corretora.
Magliano considera queda exagerada
“Esperamos uma continuidade no processo de desalavancagem operacional e ganhos de margens operacionais ao longo dos próximos anos”, diz a Magliano.
Goldman lembra que apesar de a Petrobras ter sido a empresa mais diretamente impactada pela greve, vários outras empresas e setores acabaram sofrendo também, principalmente em função do risco de desabastecimento. Com o acordo fechado entre Governo e caminhoneiros na quinta- feira à noite, a dúvida que fica é se, no futuro, outros setores tentarão forçar negociações de mudanças de regra com o governo.