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Dólar comercial sobe para R$ 3,66 e turismo, R$ 3,80; juro das NTN-B atinge 5,50%, maior do ano

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Com os juros de 10 anos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos a 3,07% ao ano, nível mais alto em sete anos, e os mercados futuros dos EUA apontando para uma chance de 55% de a taxa básica do país ter quatro ajustes este ano, em vez dos três esperados até a semana passada, o dólar voltou a subir com força diante das moedas dos países emergentes, No Brasil, o dólar comercial, as grandes transações, chegou a R$ 3,69 durante a manhã, a maior cotação desde 8 de abril de 2016, recuando depois para R$ e 3,6653, ainda em alta de 1%. Foi a sétima alta consecutiva da moeda americana em relação ao real.

Com isso, o dólar comercial acumula alta de 1,77% apenas nos dois primeiros dias desta semana, 4,53% no mês, 10,78% no ano e 17,85% em 12 meses. O risco-Brasil, medido pelos juros adicionais dos Credit Swap Defaults (CDS) negociados no exterior, subiu de 1,86 ponto percentual para 1,89 ponto, segundo o BB Investimentos.

Já no mercado turismo, de varejo, das passagens e cartões de crédito, o dólar atingiu R$ 3,89 para venda, ajustando-se depois para R$ 3,80, alta de 0,8%.

A combinação sugere muita incerteza, com o dólar ganhando forte das principais moedas, o petróleo oscilando fortemente e a volatilidade nas bolsas em alta, diz o Banco Fator em relatório.

NTN-B tem maior taxa desde dezembro

A alta do dólar pressionou as taxas de juros longas dos papéis do Tesouro. No Tesouro Direto, sistema de negociação via internet de papéis públicos no varejo, as taxas dos títulos corrigidos pela inflação, as NTN-B, ou Tesouro IPCA+ para 2035 e 2045, passaram de 5,44% ontem para 5,50% ao ano mais inflação futuros. É a maior taxa de juros para o papel 2035 desde 19 de dezembro do ano passado. No papel mais curto, para 2024, a taxa atingiu 4,83% ao ano mais IPCA, maior nível desde janeiro deste ano. Já o papel prefixado, a LTN, ou Tesouro Prefixado com vencimento em 2021, a taxa subiu para 8,41% ao ano, a maior desde 1º de março.

Nos mercados futuros da B3, porém, as projeções recuaram no fim do dia. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019, que dá a taxa Selic projetada para este ano, fechou projetando 6,33%, ante 6,315 ontem. Para 2021, a taxa caiu de 8,46% ao ano para 8,42%.

Números mais fracos da economia brasileira ajudaram a derrubar os juros futuros, mantendo a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai cortar os juros amanhã de 6,5% para 6,25% ao ano. Logo cedo, a pesquisa mensal de serviços do IBGE (PMS) de março trouxe resultado um pouco acima do esperado, isto é, queda de 0,2% no mês e de 0,8% no ano, melhor que a retração de 1,4% esperada para 12 meses. Segundo o Banco Fator, as variações recentes não sugerem recuperação consistente do setor. 

Ibovespa cai 0,12%

Na bolsa, o índice Bovespa caiu 0,12%, para 85.130 pontos, com Petrobras voltando a segurar o índice. A ação preferencial (PN, sem voto) da estatal foi a mais negociada no dia, subindo 2,10% também pela pressão dos preços do petróleo no exterior. As exportadoras também se beneficiaram pela alta do dólar, com Vale ON (papel ordinário, com voto) ganhando 0,70% e Suzano Papel ON, 1,64%.  Natura ON liderou as altas do índice, com 5,21%, seguida de Embraer ON, com 4,24%, BR Malls ON, 4,08%, Braskem PNA, 4,08%, Klabin Unit, 3,93%.

Com o resultado de hoje, o Índice Bovespa acumula queda de 0,11% na semana, 1,14% no mês e alta de 11,42% no ano e 24,32% em 12 meses.

Estrangeiros reduzem saída em maio

O volume negociado na bolsa atingiu R$ 13,24 bilhões, acima da média do ano, de R$ 11 bilhões. Os estrangeiros voltaram a trazer recursos para a bolsa brasileira. Na sexta-feira, segundo o BB Investimentos, houve uma entrada líquida de R$ 504 milhões, reduzindo o déficit no mês para R$ 316 milhões e elevando o saldo positivo no ano para R$ 4,1 bilhões.

Pressão sobre moedas emergentes; Argentina atua no câmbio e segura dólar

A pressão sobre as moedas emergentes reflete o receio de que a alta dos juros americanos atraia mais recursos para os EUA, capitais que sairiam dos países emergentes, especialmente os mais frágeis em termos fiscais e de contas externas.

Hoje, o Banco Central Argentino ofereceu US$ 5 bilhões no mercado de câmbio à vista e futuro, dos quais US$ 791 milhões foram vendidos. Com isso, conseguiu interromper o forte movimento de alta da moeda e o dólar oficial reverteu a alta e fechou em queda de 94 centavos de peso, a 24,05 pesos no mercado oficial.  Além disso, o Tesouro argentino conseguiu rolar o vencimento de 600 bilhões de pesos em títulos Lebacs, equivalentes a cerca de US$ 30 bilhões, e colocou mais 5 bilhões em papéis, mantendo a taxa de juros em 40% ao ano para 30 dias, segundo o jornal argentino Ámbito Financiero.

O país terá de enfrentar ainda os impactos da alta do dólar. Hoje, foi divulgado o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de abril, com alta de 2,7%, acumulando 9,6% nos primeiros quatro meses do ano e 25,5% em 12 meses, com o impacto do reajuste das tarifas públicas

Outros emergentes também sofreram hoje, caso do rand sul-africano, que caiu 1,95% em relação ao dólar. O peso mexicano caiu 0,37%, o dólar australiano, 0,72% e também o euro caiu 0,75%.

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