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Palavra do Gestor: Como ficamos em maio?

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No mês de março a Bovespa encerrou com alta de 0,88% a 86.116 pontos (máxima atingida em 27/04/18 de 87.179 pontos). O dólar no mês continuou pressionado subindo 4,73% fechando a R$ 3,48. No mês de abril/2018, os investidores estrangeiros voltaram a ingressar com R$ 4,343 bilhões, após forte saída de recursos em março.

No mês, as bolsas nos EUA encerraram com pequena alta (Dow Jones +0,25% e S&P +0,27%). Este desempenho mais fraco deve-se às várias informações de resultados do 1º trimestre/2018, discurso do presidente Donald Trump e indicadores econômicos no período. Tivemos ainda, o modelo de negócio da empresa Facebook sendo duramente questionado na Câmara e no Senado, pressionando suas ações em quase US$ 50 bilhões. Porém, o dado mais importante ao nosso ver em abril/18, é a forte valorização dos Treasuries americanos, sendo fator importante para a valorização do dólar frente às outras moedas.

Além disso, os EUA apresentou PIB de 2,3% no 1º trimestre/2018, mais fraco em relação aos 2,9% do 4º trimestre/17, entretanto, acima das estimativas de 2,1% dos analistas. O relatório de emprego, Payroll, veio abaixo das estimativas do mercado, mas acima do mês anterior. A taxa de desemprego ficou em 3,9%, sendo o nível mais baixo desde 2000.

No Brasil, a entrada de recursos estrangeiros em bolsa de R$ 4,3 bilhões, ajudou a bolsa atingir a máxima de 87 mil pontos, apesar da forte valorização do dólar Ptax de R$ 3,55. Além disso, podemos relacionar outras notícias ao longo do mês:

1) O IBC-br dos primeiros meses de 2018 mostram que o nível de atividade está muito aquém das expectativas (janeiro -0,56% e fevereiro +0,09%).

2) A Produção Industrial  cresceu 0,50% em fevereiro e 0,20% em março. Destaque ficou com o setor de extração mineral com crescimento de 3,9%. Entretanto, podemos perceber que houve o enfraquecimento no nível de atividade.

4) Baixo IPCA em março de 0,09% e acumulando 2,68% nos últimos 12 meses.

3) A Petrobras divulgou antecipadamente a distribuição de dividendos trimestrais.

5) Raízen Combustível, empresa da Cosan, adquiriu a rede Shell por US$ 950 milhões na Argentina.

6) Vale divulgou a distribuição de dividendos de US$ 1 bilhão.

7) BRFS – anúncio do Pedro Parente, atual presidente da Petrobras, para ser o presidente do Conselho de Administração da companhia, acalmando o impasse entre Abílio Diniz e as Fundações (Petros e Previ).

8) Resultados de bancos acima das expectativas, mas com qualidade pior segundo os analistas.

9) Resultados de empresas industriais, na média, ligeiramente abaixo das expectativas, mostrando que o nível de atividade continua fraco.

10) Eternit recuperação judicial aceito.

11) Os ministros da 2ª turma aprovaram que as provas da Odebrecht seriam transferidas para São Paulo, tirando do juiz Sergio Moro as mesmas.

12) A Policia Federal fechou a delação com ex-ministro Antonio Palocci, onde dizia ter novas notícias de grandes bancos.

13) Operação Rizoma – fraude próximo de R$ 1,3 bilhão nos fundos de pensão da Postalis e Serpros, lesando muitas pessoas que trabalharam a vida inteira para se aposentar.

14) Operação câmbio, Desligo – suspeita de movimentação de US$ 1,6 bilhão envolvendo vários países. Tudo indica que está ligado ao ex-governador Sergio Cabral.

No mês de abril/18, como pudemos verificar foram muitas notícias para o mercado. Mesmo assim, a Bovespa resistiu com uma alta de 0,88%, apesar da forte queda dos bancos. O mês de maio/18 começou com alta volatilidade. O dólar atingindo as máximas e o Banco Central irrigando o mercado com SWAP cambial, que pode ter acalmado o estresse momentaneamente. A nosso ver, as notícias dos EUA foram importantes para o resto do mundo e infelizmente, deverão continuar neste mês.  Destaque para a reunião do FED em maio, onde pode ser anunciado 4 aumentos da taxa básica, ao invés de 3, fato sinalizador para mais estresse, pois os títulos americanos deverão continuar pressionados.

Aqui no Brasil, a valorização do dólar pode colocar maior pressão na próxima reunião do Copom (15 e 16/05/18), já que vários produtos importados deverão pressionar a inflação, caso o dólar continue nesses níveis. Entretanto, conforme o discurso do Banco Central na última ATA, pode ter mais uma redução de 0,25%, baseado no baixo índice inflacionário de março/18. A nosso ver, o dólar não deverá recuar aos níveis anteriores, nos parece cômodo para o Banco Central, um dólar mais forte favorecendo as nossas exportações, principalmente, a nossa safra agrícola. A situação do país é bastante tranquila, pois possuímos reserva internacional de US$ 381,9 bilhões. Estoque de contrato de SWAPs cambial de US$ 23 bilhões, nível baixo olhando o seu histórico. Podemos acreditar que o Banco Central terá muita munição para um dólar mais pressionado.

Outra preocupação, que vale a pena acompanhar, a variação cambial do 2º trimestre/18, que pode reverter o lucro para prejuízo em várias empresas com estoque de dívida elevada, já que a valorização do dólar incide diretamente sobre a dívida e na receita das companhias, somente ao longo dos próximos meses.

Na área política, ainda temos muitas indefinições. O ex-ministro Joaquim Barbosa acaba de desistir de sua candidatura. Ainda é muito cedo, mas por enquanto, o candidato Jair Bolsonaro continua liderando as pesquisas para o 1º turno, os demais candidatos continuam brigando pelo 2º lugar. 15 de agosto é a data limite para os partidos e coligações registrarem os seus candidatos na Justiça Federal. Talvez a escolha de um candidato fique para o prazo limite.

Ainda, se faz necessário acompanhar os Treasuries americanos, cujos recursos internacionais poderão ser redirecionados aproveitando a alta destas taxas. Ainda, o preço do petróleo atinge acima de US$ 70/barril com a polêmica política do discurso do presidente Trump e o Irã. No início de maio, as várias notícias indicavam um mercado mais fraco ou de realização, entretanto, coincidência ou não, após a publicação do bom balanço da Petrobras e a alta do petróleo, a bolsa voltou a subir com melhora nos volumes negociados em vários papeis, principalmente nas ações da Petrobras.

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