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Saiba como evitar que a alta do dólar corroa seus investimentos

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Os saltos no valor do dólar – que subiu de R$ 3,26 para R$ 3,66 na cotação comercial desde o início do ano – desafia quem precisa proteger seu dinheiro do risco cambial ou procura oportunidades para investimentos em meio à escalada. A valorização de 12,26% no período pode despertar o apetite dos investidores mais agressivos, mas especialistas em finanças pessoais alertam que é preciso avaliar o cenário daqui para frente – e não sair comprando dólares como se a trajetória necessariamente continuasse sendo de alta. Apenas em maio, até sexta-feira (25), a valorização chegava a 4,56%.

De acordo com Daniela Casabona, Assessora Financeira da FB Wealth, a diversificação é o caminho para diluir o risco de colocar todos os ovos na mesma cesta. Ou seja, deixar todo capital em moeda estrangeira ou fundos cambiais, por exemplo, pode ser um tremendo erro.

“O melhor cuidado que o investidor pode ter no mercado atual é a busca pela alternância dos investimentos, e não apostar somente em um tipo de ativo”, diz Daniela.

Ela também recomenda muita cautela na especulação: quem fica trocando de investimentos, a todo momento, arca com custos operacionais e é inserido nas alíquotas mais altas no Imposto de renda.

“Nesse jogo quase sempre o investidor perde no final”, afirma.

Para André Bona, Educador Financeiro do Blog de Valor, o investidor que tem uma orientação de investimento de longo, médio ou curto prazos não deve se deixar influenciar pelo cenário econômico de um momento, já que ao longo do tempo este cenário se dilui.

“O investidor deve sempre focar seus investimentos em seu planejamento pessoal e não no momento econômico, pois um dos principais erros dos investidores são as movimentações de acordo com as modificações do cenário”, sugere André.

Então onde estão as oportunidades? Os especialistas alertam que a alta do dólar e o impacto na inflação podem levar o Banco Central a adiar por mais tempo a continuidade da redução da Taxa Básica de Juros (Selic). Com a manutenção da Selic em 6,5% ao ano definida na última reunião do Copom, aplicações como CDBs, Fundos de Renda Fixa, Letras de Crédito e Títulos do Tesouro ganham um fôlego em sua rentabilidade, que está sendo dilapidada desde o final de 2016.

“Para quem tem investimentos atrelados ao dólar ou compra a moeda americana propriamente dita, a alta possibilita um aumento de ganhos. O mesmo vale para quem tem ações em grandes exportadoras”, afirma Reinaldo Domingos, doutor em educação financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).

Como explica Reinaldo, a volatilidade do dólar impacta diretamente as vendas internacionais das empresas de capital aberto; no entanto, também impacta diretamente a saúde financeira dessas companhias, em razão do impacto em seu endividamento com moeda estrangeira. Conforme relatório da Economática, 85 empresas de capital aberto na Bolsa de Valores de São Paulo possuíam dívida em moeda estrangeira no primeiro trimestre de 2018. São companhias como JBS, Braskem, Embraer, Eletrobras, BRF e Sabesp. Conforme a consultoria, considerando que as organizações mantenham o mesmo estoque de dívida no segundo trimestre de 2018, os compromissos totais em moeda estrangeira, que eram de R$ 180,79 bilhões em 31 de março, passariam para R$ 203,9 bilhões devido à variação cambial.

O relatório da Economática também mostra em termos práticos o efeito do câmbio na lucratividade.

“O lucro EBIT das 85 empresas no primeiro trimestre de 2018 é de R$ 26,93 bilhões, se a empresa conseguir repetir esse mesmo desempenho no segundo trimestre de 2018, a despesa financeira devido à variação cambial do segundo trimestre de 2018 de R$ 23,19 bilhões representaria 86,1% do lucro EBIT das companhias no primeiro trimestre de 2018”, aponta a Economática.

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