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Dólar fecha em R$ 3,93 mesmo após BC vender US$ 3,2 bi de swap; mercado projeta juro de 7,5% este ano

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O dólar voltou a subir com força hoje, atingindo R$ 3,96 para venda no mercado comercial. No fim do dia, a moeda americana para grandes transações fechou em R$ 3,93 para venda, em alta de 2,3% no dia e de 4% na semana. No mercado turismo, de varejo, das viagens e passagens aéreas, a moeda chegou a ser vendida a R$ 4,18, mas recuou no fim do dia para R$ 4,08, em alta de 2%. A alta se manteve mesmo depois de o Banco Central (BC) reforçar a oferta de contratos de swap cambial com um leilão extra de 40 mil contratos, ou US$ 2 bilhões. Somados os leilões já previstos no dia com o extra, o BC vendeu US$ 3,190 bilhões em swap cambial ao mercado, sem que o dólar desse sinais de perder força.

O dilema do BC

A desvalorização do real tem sido maior que a de outras moedas, apesar de o país ter uma situação de contas externas equilibrada, observa Evandro Buccini, economista-chefe da Rio Bravo Investimentos. “Ainda não conseguimos entender o porquê disso”, diz. Ele defende a posição do Banco Central (BC) de não querer subir os juros, lembrando que isso teria um impacto muito negativo na economia, que ainda não está se recuperando, e pouco resultado sobre o dólar. “Além disso, seria um sinal muito ruim para o mercado, de que a política não é de metas de inflação, mas de dólar”, diz.

Já José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, vê o dólar caminhando para R$ 4,00 com o mercado testando o Banco Central. “A dificuldade cresce porque a curva de juros indica alta de 50 pontos na Selic”, diz em relatório. “O risco é que, se o Copom sanciona a alta da Selic que o mercado deseja hoje, vai precisar de uma longa, firme e convincente história sobre o pass through da variação cambial para a inflação esperada”, alerta. “Em não assim sendo, não havendo a história, vai ser difícil convencer o mercado de que a meta é de inflação. Ou, não havendo a alta, convencer o mercado a não carregar mais a curva de juros.

Juro de 7,6% este ano

No mercado de juros, as taxas de curto prazo voltaram a subir com o mercado apostando que o BC vai acabar subindo os juros. O contrato futuro de DI para janeiro de 2019 fechou o dia projetando 7,60% ao ano, mais de um ponto percentual acima da Selic atual, de 6,5% ao ano. Ontem, o juro projetado era de 7,15% ao ano. Também para janeiro de 2020 a taxa subir para 8,85%, ante 8,26% ontem. Já o juro mais longo, para 2025, caiu forte, de 12,40% para 12,13% ao ano após o BC fazer os leilões de venda compromissada de títulos públicos, aliviando a pressão dos mercados futuros longos. O juro de 10 anos, para janeiro de 2028, caiu de 12,67% para 12,51% ao ano.

Tesouro Direto fora do ar

Já no Tesouro Direto, os negócios passaram praticamente o dia todo suspensos, com pequenos intervalos de negociação logo após a abertura, das 9h30 às 9h48 e depois das 12 horas às 12h40. À tarde, o Tesouro decidiu suspender definitivamente os negócios até amanhã, para aguardar uma estabilização dos juros dos títulos federais.

Ibovespa cai mais de 5% e depois volta

Na B3, as ações também tiveram fortes oscilações, chegando a cair mais de 5%, para 71.161 pontos, recuperando-se depois para fechar em baixa de 2,98%, aos 73.851 pontos. Papéis importantes como Petrobras e Itaú Unibanco tiveram fortes baixas, indicando a saída de investidores estrangeiros do mercado. Petrobras PN caiu 3,49%, Vale ON, 3%, Itaú Unibanco PN, 2,91%, B3 ON, 6,59% e Banco do Brasil ON, 4%.

Até dia 5 de junho, os estrangeiros retiraram da B3 R$ 2,053 bilhões no mês e R$ 6,065 bilhões no ano, o que explica a queda do índice, já que esses investidores representam 50,7% dos negócios no ano.

No exterior, as bolsas europeias fecharam em sua maioria em baixa, com o Índice Euro Stoxx 600 recuando 0,24%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones subiu, 0,38%, mas o Standard & Poor’s perdeu 0,07% e o Nasdaq, que vinha batendo recordes na semana passada, caiu 0,70%. O dólar perdeu valor diante do euro e do iene e os juros de 10 anos do Tesouro americano recuaram 0,04 ponto percentual, para 2,924% ao ano.

O petróleo voltou a subir, com o barril do tipo Brent, negociado em Londres, ganhando 2,57%, para US$ 77,30.

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