ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for alerts Cadastre-se para alertas em tempo real, use o simulador personalizado e observe os movimentos do mercado.

Ibovespa ignora Trump e China e sobe 2,3% enquanto juros recuam na véspera do Copom; dólar se ajusta

LinkedIn

Os mercados brasileiros tiveram um dia de trégua no pessimismo, apesar do forte aumento da aversão ao risco no exterior por conta da ameaça de guerra comercial entre Estados Unidos e China. O Índice Bovespa fechou em alta de 2,26%, aos 71,394 pontos, depois de superar os 72 mil pontos durante o dia. Os bancos puxaram a recuperação do indicador, com Itaú Unibanco PN ganhando 4,51%, Bradesco PN, 5,18% e Banco do Brasil ON, 7,01%. Petrobras também ajudou na retomada, com o papel PN subindo 6,34%. A forte alta dos bancos é um sinal da presença de estrangeiros na ponta de compra, já que esses papéis são os preferidos desses investidores. O movimento indica uma pausa nas fortes vendas dos estrangeiros, que já retiraram R$ 5 bilhões da bolsa brasileira apenas nos 15 primeiros dias deste mês.

O contraste é grande em relação ao mercado internacional. A onda de baixa das bolsas começou na Ásia de madrugada e foi seguindo pelo  fuso horário até atingir o mercado europeu e americano. Na Europa, o índice Euro Stoxx 600 caiu 0,7%, com o DAX, de Frankfurt, perdendo 1,22% e o CAC, de Paris, 1,10%.

Nos Estados Unidos, o Dow Jones recuou 1,15%, o Standard & Poor’s 500, 0,40% e o Nasdaq, 0,28%. As commodities também sofreram com o receio da guerra comercial e o petróleo tipo WTI negociado em Nova York caiu 1,2%, para US$ 65,06 o barril, e o tipo Brent, de Londres, -0,45%, para US$ 75,00. Os juros de 10 anos do Tesouro dos EUA caíram de 2,92% ao ano ontem para 2,90% ao ano, indicando maior procura por proteção dos investidores.

Para Pablo Stipacinic Spyer, diretor-geral da corretora Mirae Asset, esse movimento de alta da bolsa é um ajuste técnico depois das fortes quedas dos últimos dias, que tornaram o preço das ações atrativos e próximos de pontos gráficos de compra. Até ontem, o Índice Bovespa acumulava queda de 9% no mês e 8,6% no ano. Em dólares, que é como os estrangeiros avaliam a bolsa brasileira, o índice cai 9,7% no mês e 19,5% no ano até ontem. “Claramente houve zeragem de posições esses dias de grandes gestoras internacionais e alguns papéis de qualidade ficaram sobrevendidos, o que cria oportunidades e atrai investidores”, diz.

No mercado de câmbio comercial, das grandes transações,  o dólar ficou praticamente estável em relação ao real, com uma pequena alta de 0,12%, para R$ 3,7443 para venda. No segmento de varejo, ou turismo, a moeda americana também recuou, para R$ 3,89, baixa de 0,26%. O real foi uma das poucas moedas de países emergentes que quase não se desvalorizou diante do dólar hoje. Outro sinal de que os estrangeiros podem estar trazendo recursos para o país novamente.

Juros recuam na véspera do Copom

Já no mercado de juros futuros, as taxas recuaram. Os contratos para janeiro de 2019, que dão a projeção para este ano, fecharam em 7,03%, 0,12 ponto percentual abaixo de segunda-feira e mais perto da taxa Selic atual, de 6,5%. Assim, diminui a pressão sobre o Banco Central, que realiza hoje e amanhã a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Mais que a decisão, que deve ser manter o juro em 6,5%, o mercado aguarda uma sinalização do BC sobre as próximas reuniões e a visão sobre o impacto da alta do dólar sobre a inflação e do cenário externo, de alta dos juros americanos. A sinalização do Federal Reserve (Fed, banco central americano) mudou de três para quatro altas este ano.  Hoje, a segunda prévia do IGP-M de junho mostrou aceleração, especialmente nos preços no atacado.

Nos contratos mais longos, para 2022, a taxa projetada caiu de 10,65% para 10,43% e, para 2025, de 11,95% para 11,71% ao ano.

Juros caem e Tesouro Direto suspende negócios

Os juros dos títulos públicos também caíram, o que levou o Tesouro Direto, sistema de venda no varejo de papéis federais, a suspender os negócios no começo da tarde.

O juro prefixado para 2025 (LTN) caiu de 11,95% para 11,58%. Já a NTN-B, corrigida pela inflação, recuou de 5,96% ao ano mais IPCA para 5,93% ao ano reais.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

As maiores altas do Ibovespa foram de Rumo ON, 7,48%, Localiza ON, 6,45%, Petrobras PN, 6,34% e B2W Digital ON, 5,89%. As maiores quedas do índice foram de Suzano Papel ON, 5,27%, Embraer ON, 2,05% Klabin Unit 1,97% e Fibria ON, 1,92%. As fabricantes de celulose sofreram com a expectativa de queda dos preços das commodities por conta da crise entre China e Estados Unidos.

Deixe um comentário