Nesta quarta-feira (4), o jornal Folha de S. Paulo informou que após meses de negociação, governo finalmente deu aval para o acordo entre a Boeing e a Embraer (BOV:EMBR3). Segundo as expectativas do mercado, as duas gigantes irão enviar ao mercado um comunicado em conjunto, com mais detalhes, para finalmente formalizar a criação de uma terceira empresa, que cuidará da linha de aviação regional da brasileira.
O controle da nova empresa será 80% americano e 20% brasileiro. No entanto, o negocio ainda não está certo, uma vez que terá de ser informado ao governo, que procederá auditorias que podem levar de três a quatro meses. Caso o processo avance, o acordo passará novamente pelo Conselho da empresa e pela União — em uma ação que terá direito a veto — e terá um mês para a deliberação final.
Os papéis da Embraer saltavam +3% cotado em R$ 26,82 às 12h33min. Mais cedo chegaram a subir 8%.
Em esclarecimento à Comissão de Valores Mobiliários ontem, a Embraer afirmou que junto com a Boeing “continua mantendo entendimentos, inclusive por meio do grupo de trabalho do qual o governo brasileiro participa, com vistas a avaliar possibilidades para potencial combinação de negócios, que poderá envolver a segregação das atividades de aviação comercial das demais atividades da Embraer (especialmente área de defesa e aviação executiva)”, explicou.
“Neste contexto, os entendimentos entre as partes continuam avançando e, quando e se definida a estrutura para combinação de negócios, sua eventual implementação estará sujeita à aprovação não somente do Governo Brasileiro, mas também dos órgãos reguladores nacionais e internacionais e dos órgãos societários das duas companhias”, esclareceu a Embraer.