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Mercado vê Copom mantendo juros em 6,5% esta semana e até dezembro; juro real líquido é de 1,6% ao ano

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O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne hoje e amanhã para definir a taxa de juros básica da economia brasileira. A expectativa geral do mercado para a decisão, que sairá no início da noite de quarta-feira, é que o juro básico Selic seja mantido em 6,5% ao ano, o menor da história recente do país, mesmo depois de toda a pressão do mercado para que o BC elevasse a taxa para segurar a alta do dólar e compensar o diferencial entre os juros locais e as taxas americanas, que devem subir este ano. A queda do dólar neste mês ajudou a reduzir a aposta dos mercados na alta dos juros, como mostra o relatório Focus do Banco Central desta semana, que mostra expectativa de Selic em 6,5% neste mês e no fim do ano.

Ganho líquido real de 1,6% ao ano

Com a manutenção dos juros e a inflação em alta por conta do dólar e da greve dos caminhoneiros, o juro real, descontada a inflação, de 3,7% pelo IPCA nos próximos 12 meses, segundo projeções do Boletim Focus, seria de 2,7% ao ano, sem contar a tributação. Já considerando o ganho líquido do investidor, com uma alíquota de imposto para um ano, de 17,5%, o rendimento cairia de 6,5% para 5,36% ao ano. Descontando a inflação, o ganho líquido real seria de 1,6% ao ano.

Isso se ele conseguir 100% da taxa Selic. Como sempre há cobrança de taxas de administração em fundos ou no Tesouro Direto, além de custódia, o rendimento líquido real efetivo é menor.

Inflação permite manter juros, diz Itaú

Segundo o Itaú em seu Cockpit do Copom, observando as leituras recentes de inflação, há evidências de que a paralisação dos caminhoneiros resultou em pressão apenas temporária sobre os níveis de preços e que a depreciação do real não está provocando efeitos secundários relevantes até o momento. Com o choque se dissipando, o que permanece como pano de fundo para o cenário de inflação é o ritmo de recuperação da economia, que se tornou mais lento após os acontecimentos recentes, em especial o aperto das condições financeiras.

Para o banco, as projeções de inflação do Copom devem subir ligeiramente em ambos os cenários de mercado (que inclui câmbio e taxa de juros de acordo com a pesquisa Focus) e referência (que considera câmbio e juros constantes) com relação às divulgadas em junho, no relatório de inflação e na ata da última reunião de política monetária, mas devem seguir consistentes com a trajetória das metas.

Juro estável até o fim do ano

Assim, o cenário base do banco é de que a taxa Selic permanecerá estável em 6,5% até o fim do ano. Com projeções que não devem mudar significativamente e um balanço de riscos relativamente estável, a equipe chefiada pelo ex-diretor do BC Mário Mesquita acredita que o quadro atual é consistente com a manutenção da taxa Selic na próxima reunião.

Sem dar pistas

Para as reuniões seguintes, em um contexto de crescimento lento, elevado nível de capacidade ociosa na economia e expectativas de inflação estáveis em níveis consistentes com as metas, aumentos de juros são improváveis e só ocorreriam em caso de novos e significativos choques que alterem o balanço de riscos e a trajetória prospectiva para a inflação. “Ainda assim, diante do grau de incerteza pouco usual que prevalece sobre a economia, o Copom deve manter a cautela em sua comunicação, abstendo-se de uma sinalização clara sobre seus próximos passos” diz o banco em relatório.

O BTG Pactual continua acreditando que o comitê deve manter a taxa Selic em 6,5% ao ano. na reunião desta quarta-feira. Com baixa inflação e expectativas ancoradas, bem como muita folga com relação à meta, os efeitos dos ajustes de preços relativos da economia após a alta do dólar se dissiparão, e isso não deve mudar a atual natureza benigna do processo inflacionário, não trazendo riscos significativos para o próximo ano.

Interregno benigno?

O banco, porém, se diz ainda cauteloso. Apesar dos sinais de que o cenário básico do Copom não precisa de nenhuma emenda e do fato de que a depreciação do câmbio tenha arrefecido nos últimos dias, o BTG alerta que o país pode estar enfrentando neste momento apenas um “interregno benigno” na frente doméstica. “De fato, o nível de incerteza permanece atipicamente alto nos próximos meses”, alerta o banco.

Tom cauteloso

Diante desse cenário, o Banco Central deve manter o tom cauteloso de sua comunicação, abstendo-se de fornecer indicações sobre os próximos passos da política monetária. Nas próximas reuniões, com mais clareza sobre os efeitos dos recentes choques e o caminho das reformas e ajustes necessários na economia brasileira, o comitê estaria em melhor posição para avaliações mais claras. “Tal medida seria compatível com a recente comunicação e com os objetivos do comitê dentro de seu horizonte de política relevante”, diz o BTG.

No Bradesco, com os indicadores de atividade dos últimos meses impactados pela greve, dificultando uma leitura mais assertiva sobre a velocidade da retomada, com a manutenção da ancoragem das expectativas de inflação e a recente apreciação do real, a projeção segue sendo de manutenção da taxa básica de juros em 6,5%.

Alckmin ajuda a manter os juros

No mercado de juros, o movimento preponderante foi de baixa das taxas na semana passada por conta da percepção de que o Banco Central não elevará a taxa Selic na semana que vem, dado o seu cenário favorável para a inflação, avalia a LCA Consultores. A confirmação do acordo do candidato Geraldo Alckmin com “Centrão” para formar uma coalização eleitoral também contribuiu positivamente neste sentido. É quase consenso entre os analistas do mercado que o Banco Central deve manter a taxa de juros estável em 6,50% e também que não são esperadas grandes mudanças em seu cenário base.

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