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A lira turca, ainda

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O mercado já melhorou um pouco, com a lira turca reduzindo sua desvalorização no intraday de 7,5% para 5,0%. Apesar da melhora, o mercado local ainda registra queda dos preços de ativos brasileiros, na esteira da corrida global contra o risco. O dólar sobe 0,8%, com o futuro saindo a R$ 3,90, o índice futuro reduziu sua queda a 300 pontos, saindo a 76.080 e os juros longos sobem, com o DI já/27 subindo de 11,99% para 12,10%.

O contágio da crise financeira turca nos mercados globais, em particular no mercado europeu, deve manter os gestores cautelosos ao longo do pregão, mesmo com o anúncio do BC turco de medidas para estabilizar a oferta de moeda no país. Vale notar que os juros dos títulos de dez anos da Itália subiram para 3,09%, de 2,85%, na quinta feira. Nunca é demais falar que a Itália tem uma dívida enorme e sua desvalorização atua para gerar ainda mais desequilíbrio nos fluxos de capitais internacionais. Ainda que os futuros das bolsas americanas tenham zerado as perdas, os sinais de aumento da aversão ao risco estão subindo consistentemente. O índice VIX voltou a subir, saindo de 10,5% para 14%.

A semana terá vários indicadores de atividades no exterior e no Brasil. A China divulgará a atividade industrial, as vendas do varejo e a taxa de desemprego hoje à noite. Dados importantes sairão ao longo da semana para Zona do Euro e EUA, sinalizando o ritmo da economia e permitindo ajustar as expectativas em torno da normalização da política monetária. No Brasil, o destaque é o índice IBC-Br, do Banco Central, que ajudará a medir os impactos efetivos da greve, depois dos dados de indústria e varejo do IBGE. Com esse dado do BC, poderemos realizar uma revisão mais cuidadosa do PIB do segundo trimestre.

A permanência do índice Ibovespa em 76 mil pontos, após sua reação até os 82 mil, parece frustrar as expectativas em torno da recuperação do clima positivo para Brasil, na esteira de indicadores melhores e das promessas eleitorais do candidato do PSDB. Esse “freio” no otimismo, porém, não ocorre apenas no Brasil e mostra que as próximas semanas são importantes para definir o patamar para o mercado acionário e para os ativos de risco, em geral. Após bater duas vezes em suas máximas históricas, o índice Nasdaq ficou de lado, refletindo o mesmo comportamento do S&P500.

Um bom indicador para a aversão ao risco no Brasil é a taxa de juros mais longa, de dez anos. Ela teve negociação a 9,60%, em maio desse ano, espelhando um profundo otimismo em relação à manutenção das políticas monetária e fiscal em trajetórias positivas. Depois da greve dos caminhoneiros, porém, ela explodiu para 13,10%, em meio ao corre corre contra os ativos domésticos.  Voltou a cair 11,10%, diante da melhora da situação da campanha de Geral Alckmin, e agora subiu para os atuais 12,10%. Acreditamos que, pelo menos por enquanto, os agentes devam pedir um pouco mais de prêmio para carregar ativos de risco. Veja o gráfico com a evolução dos juros de 10 anos:

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